"Os Mensageiros", pelo Espírito
André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, é o 2.º livro da coleção “A Vida no Mundo
Espiritual”, cuja primeira edição data de 1944. Relata as experiências (e os
malogros) de vários Espíritos que tinham reencarnado com tarefas definidas no
campo da mediunidade. Há, também, instruções sobre o culto do Evangelho no Lar,
os benefícios da prática do bem e a manipulação da energia mental.
Cinco exemplos de fracasso dos que
renasceram com condições de êxito no campo da mediunidade:
1) A queda de Otávio (cap.
7). Depois do preparo para o reencarne, deveria estar solteiro (para fazer
bom uso da mediunidade) e cuidar de 6 órfãos. Afastou-se deles; por uma ação
menos digna, foi obrigado a casar-se pela violência.
2) O desastre de Acelino (cap. 8). Partiu
também de "Nosso Lar". Resolveu cobrar por sua mediunidade. Em vez de
auxiliar o crescimento espiritual com Jesus, fez viciados da crença religiosa,
mutilados da fé e aleijados do pensamento.
3) A experiência de Joel (cap. 10). A tarefa mediúnica de
Joel exigia sensibilidade mais apurada. Deixou-se empolgar pela curiosidade
doentia. Excedeu-se nesse exercício. Na clarividência, ia em busca de
companheiros visíveis e invisíveis, no setor das velhas lutas religiosas,
fazendo questão de reconstituir-lhes as fichas biográficas.
4) Belarmino e as agruras de um
doutrinador falido (cap. 11). Seus propósitos egoístas
atrapalharam a sua boa jornada espiritual. Como os novos amigos queriam
demonstrações de toda a sorte e, ansioso por colher colaboradores na esfera da
autoridade científica, ele exigia dos pobres médiuns longas e porfiadas perquirições
nos planos invisíveis.
5) As ponderações de Monteiro (cap.
12). O seu fascínio comercial com o invisível desviou-o da essência moral
da doutrina. Sentia volúpia na doutrinação aos desencarnados de condição
inferior. Aos sofredores, fazia ver que padeciam por culpa própria. Aos
embusteiros, recomendava, enfaticamente, a abstenção da mentira criminosa.
Lendo este livro, percebemos a grande
distinção entre os Espíritos desencarnados e os que estão ainda encarnados. De
acordo com os discursos dos desencarnados, em tarefa de ensino, os encarnados
têm que melhorar muito as suas faculdades morais e intelectuais. Frequentar um
Centro Espírita ou qualquer religião não mostra que o sujeito é
religioso. Muitas vezes, está ali para mascarar a realidade, principalmente
quando se coloca acima dos seus irmãos de outras crenças.
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