Libertação, psicografado por Francisco
Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz, copyright 1949. Composto de 20 capítulos. Na apresentação
deste livro, o espírito Emmanuel faz uma analogia entre o conto do “Peixinho Vermelho” e
o esforço de André Luiz na busca por acender luz nas trevas.
Capítulo I — Ouvindo Elucidações
O Ministro Flácus, saturado de
doce magnetismo, motiva os seus ouvintes a algumas meditações. Diz-nos que, na
Terra, já passaram pela multidão grandes políticos e veneráveis condutores,
sacudindo-a ou arregimentando-a. Cristo, porém, resplandece na demonstração.
Seguindo os seus passos, é indispensável mantenhamos a coragem de amparar e salvar,
descendo aos recessos do abismo.
Capítulo II — A Palestra
do Instrutor
Sobre a arregimentação
inteligente dos espíritos perversos, que para muitos de nós é difícil de
compreender. Lembremo-nos de que nossa mente é uma entidade colocada entre
forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Ainda:
atitudes mentais enraizadas não se modificam facilmente.
Capítulo III — Entendimento
Os que erram não tem consciência
dos cuidados que despertam nos círculos de ação dos benfeitores do espaço.
Neste capítulo, Gúbio recebe um pedido em favor da libertação do infortunado
Gregório, cuja pessoa espera há séculos pela sua renovação. “Internado em
perigosa organização de transviados morais, especializou-se, depois da morte,
em oprimir ignorantes e infelizes. Pelo endurecimento do coração, conquistou a
confiança de gênios cruéis, desempenhando presentemente a detestável função de
grande sacerdote em mistérios escuros. Chefia condenável falange de centenas de
outros espíritos desditosos, cristalizados no mal e que lhe obedecem com
deplorável cegueira e quase absoluta fidelidade”.
Capítulo IV — Numa Cidade
Estranha
André
Luiz e Elói acompanham Gúbio. Objetivo: localizar Gregório. Nesse trajeto,
Gúbio respondia a algumas questões, explicando sobre os fluidos viscosos, as
figuras dantescas, a extensa comunidade de sofredores, a ociosidade desses
Espíritos, etc. Sintetizando: "Somos nós mesmos — completou o instrutor,
paciente — quando nos desviamos, impenitentes, da Lei".
Capítulo V — Operações
Seletivas
A operação seletiva realiza-se
com base nas irradiações de cada um. Os guardas, compondo grupos diversos, são
técnicos especializados na identificação de males numerosos, através das cores
que caracterizam o halo dos Espíritos ignorantes, perversos e desequilibrados.
"O instrumento não é suscetível de marcar a posição das mentes que já se
transferiram para a nossa esfera. É recurso para a identificação de perispíritos
desequilibrados e não atinge a zona superior".
Capítulo VI — Observações
e Novidades
Os Espíritos nessa zona cinzenta,
obcecados pelo desejo de vingança e de fazer mal ao próximo detestam a oração.
Nesse sentido, observe as sugestões dadas a uma pessoa: “— Orações? você está
cega quanto ao perigo que isso significa? Quem reza cai na mansidão. É
necessário espezinhá-lo, torturá-lo, feri-lo, a fim de que a revolta o mantenha
em nosso círculo. Se ganhar piedade, estragar-nos-á o plano, deixando de ser
nosso instrumento na fábrica”.
Capítulo VII — Quadro
Doloroso
Em suas reflexões enquanto
aguardava o atendimento de Gregório, o instrutor teceu alguns comentários sobre
aleijados de todos os matizes, idiotas de máscaras variadas, que ofereciam a
impressão de alienados mentais. Estes, na maioria dos casos, lutam com ideias
fixas. Lembremo-nos de que "todos os Espíritos renascem nos círculos
carnais para destruírem os ídolos da mentira e da sombra e entronizarem, dentro
de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para a eternidade".
Capítulo VIII —
Inesperada Intercessão
Neste capítulo há um interessante
diálogo entre Gúbio e Gregório — relacionado a Matilde (mãe de Gregório) e
Margarida, sua filha. Depois de um intenso debate, em que sua filha estava sob
a direção de um grupo muito perverso, permite que Gúbio possa fazer parte desse
grupo e se aproximar de Margarida.
Capítulo IX — Perseguidores
Invisíveis
Gúbio, depois de obter autorização
de Gregório, deixara o seu perispírito mais denso, para encontrar-se com
Saldanha o chefe do grupo malfeitor. Com certa habilidade, consegue
aproximar-se de Margarida e se depara com um ambiente infestado de espíritos
truculentos e violentos, perseguindo implacavelmente Margarida, inclusive sua
ida à Igreja.
Capítulo X — Em Aprendizado
Neste capítulo, Gúbio dialoga com
Saldanha, que explica o por quê Gregório o o escolheu para obsedar Margarida.
Capítulo XI — Valiosa
Experiência
Dado o quadro clínico de
Margarida, o seu marido é inspirado a procurar um médium para verificar o
problema dela. O médium escolhido não é muito confiável, pois além de receber
dinheiro, não é moralmente elevado. Consequência: a equipe de Saldanha, que
acompanhou a paciente, saiu toda feliz. Entre os que aguardavam a consulta,
havia um investigador de polícia que abusou de seu poder para humilhar e ferir.
Capítulo XII — Missão
de Amor
Gúbio pede
autorização para visitar, junto com Saldanha, o seu filho, que se encontra em
condições deploráveis no mundo espiritual. A mãe e a esposa estavam em
condições mais deploráveis. Gúbio aplicou passes magnéticos em cada um dos três
infelizes e, em seguida, falou ao rapaz encarnado: "— Jorge, levanta-te!
Estás livre para o necessário reajustamento". Em síntese: "— Em todos
os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as
fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa
e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às
culminâncias da vida".
Capítulo XIII — Convocação
Familiar
Gúbio, na casa de Margarida,
convoca os envolvidos na trama da obsessão. Observamos aqui o diálogo entre o
juiz que condenou Jorge injustamente a mudar a sua posição, pois isso ajudaria
a amenizar todo esse processo obsessivo.
Capítulo XIV — Singular Episódio
Depois de convencer Saldanha para
uma volta ao equilíbrio, neste capítulo é a vez de ajudar o familiar de outro
magnetizador, o Leôncio, que não conseguia deter o enfermeiro (irmão de Elói)
que estava vivendo com sua esposa e tentava matar o seu filho, administrando
veneno regularmente.
Capítulo XV — Finalmente, o
Socorro
Depois de ganhar o apoio de
Saldanha e de Leôncio, Gúbio trata de socorrer a Margarida. Para tanto, sugere
ao marido dela que ela possa ser levado a um Centro Espírita. Depois de feito
um trabalho de desvencilhamento a imantação negativa, deve recobrar a
vigilância na casa, pois os trabalhadores de Gregório são implacáveis.
Capítulo XVI — Encantamento
Pernicioso
Depois da reunião, Dona Isaura
Silva apresentava sensível transfiguração. Isaura tinha ciúme doentio do
marido. André Luiz pede autorização para observar naquela noite o conflito
inquietante entre a missionária e os que se lhe prendiam às teias escuras do
sentimento. Foi uma noite terrível para a médium, que se deixou levar pelo
ciúme e o egoísmo. Desprendida da matéria, os seus algozes fizeram de tudo para
que ela acreditasse que tudo o que ela fazia na mediunidade era fantasia.
Capítulo XVII — Assistência
Fraternal
Para montar uma guarda na casa de
Margarida contra o assédio dos apaniguados de Gregório, Gúbio dispôs de forças
magnéticas e espirituais de grande porte. Com isso, alguns necessitados
começaram a frequentar o local, principalmente, alguns dissidentes de
Gregório. Questionado sobre o pensamento, André Luiz disse: "— O
pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isto
mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que
vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no
mal".
Capítulo XVIII — Palavras de
Benfeitora
Gúbio, no meio de uma reunião,
foi interrompido pela chegada da Matilde, dizendo que a sua visita a Gregório
estava próxima. Nesta reunião proferiu algumas palavras aos desencarnados sobre
a responsabilidade dar reencarnação, pois eles não deviam reencarnar por
reencarnar, mas com intuito da própria reencarnação que é o aperfeiçoamento da
alma imortal.
Capítulo XIX — Precioso
Entendimento
Neste capítulo, Margarida é
trazida em Espírito, e tem um encontro com sua mãe Matilde, que lhe orienta
para que dê valor à sua reencarnação, à sua família e ao seu equilíbrio
psicofísico e espiritual.
Capítulo XX — Reencontro
Depois de um discurso vigoroso de
Matilde e ante a rebeldia de Gregório, por fim há um reencontro. Gregório diz:
"Mostra a tua espada. — Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que
sempre te amei! Gregório deixou cair a lâmina acerada e de joelhos se
prosternou, bradando: — Mãe! Minha mãe! Minha mãe!... Matilde enlaçou-o e
exclamou: — Meu filho! Meu filho! Deus te abençoe! Quero-te mais que
nunca!" Verificara-se, ali, naquele abraço, espantoso choque entre a luz e
a treva, e a treva não resistiu...