Na biologia, ectoplasma é a camada periférica
hialina do citoplasma que rodeia a zona central do endoplasma. Na
parapsicologia, é a substância que é liberada pelo corpo de alguns médiuns
durante o transe. Para Charles Richet, é a substância fluídica que emana
do corpo do médium e se presta, sobretudo, para a realização de fenômenos de
efeitos físicos. Segundo o Assistente Áulus, ectoplasma é matéria em estado de
condensação intermediário entre a matéria densa e a perispirítica... amorfo,
mas de grande potência e vitalidade... animado de princípios criativos que
funcionam como condutores de eletricidade e à vontade do médium que os
exterioriza ou dos Espíritos encarnados ou não, que sintonizam com a mente
mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser (1).
Numa sessão de efeitos
físicos, constata-se a utilização de três tipos de fluidos: fluido A,
representando as forças superiores e sutis de nossa esfera; fluido B,
que são os recursos dos médiuns e dos companheiros que os assistem; fluido
C, energias tomadas da natureza (1).
Um trabalho de efeitos físicos é realizado
observando-se os seguintes aspectos: proteção
do ambiente, preparação do ambiente, preparação do médium e isolação em relação
aos distúrbios. No que diz respeito à proteção e
preparação de ambiente, fala-se da ionização da atmosfera, combinando recursos
elétricos e magnéticos. Em se tratando da preparação do médium, este é
submetido a operações magnéticas destinadas a socorrer-lhe o organismo nos
processos de nutrição, circulação, metabolismo e ações protoplásmicas, a fim de
que seu equilíbrio fisiológico seja mantido acima de qualquer surpresa menos
agradável. No que toca à isolação, os alcoólatras, por exemplo, são cercados
por diversos operários espirituais, para que os princípios etílicos não
prejudiquem a sessão. (1)
Em termos históricos, destacamos William Crookes,
personalidade científica de sua época, que se tornou famoso pelas pesquisas
realizadas entre 1870 e 1874, quando se sentiu atraído pela materialização a
partir de ectoplasma emanado do corpo do médium. São clássicos os seus estudos
sobre Florence Cook e as materializações de Katie King, onde obteve uma série
de fotografias.
Por que hoje em dia não vemos mais fenômenos de
materializações? Os trabalhos de materialização dependem de médiuns
dispostos a realizá-los. Eles não são feitos para simples passatempo; devem ter
uma utilidade. Antes do surgimento do Espiritismo, precisávamos de fenômenos
ostensivos, no sentido de chamar a atenção para a invasão organizada que viria
em seguida. Presentemente, temos muito mais necessidade de subsídios para a
reformulação de nosso pensamento e da compreensão do mundo espiritual.
Fonte de Consulta
(1) XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 10. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1979, capítulo 28.
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