Allan Kardec, na introdução de O Evangelho
Segundo o Espiritismo, esclarece-nos a respeito das diversas seitas que
havia na época de Jesus: Samaritanos, Nazarenos, Publicanos, Peageiros,
Fariseus, Escribas, Saduceus, Essênios e Terapeutas. Por seita, entendemos a
separação de um corpo doutrinário, tido como ortodoxo. Daí a heresia no
campo da religião.
Samaritanos.
Depois do cisma das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente
de Israel. Para não ter que ir a Jerusalém celebrar as festas religiosas, os
Samaritanos construíram um templo particular, em que só admitiam o Pentateuco
de Moisés, tornando-se heréticos aos olhos dos judeus ortodoxos. Por isso, eram
desprezados, anatematizados e perseguidos.
Nazarenos.
Nome de uma seita herética nos primeiros séculos da era cristã. Os Nazarenos se
obrigavam à castidade, à abstinência de álcool e à conservação de sua
cabeleira.
Publicanos. Eram
os coletores de impostos.
Peageiros. Eram cobradores
de baixa categoria, encarregados principalmente da arrecadação dos direitos à
entrada nas cidades.
Fariseus.
Esta palavra deriva do grego pharisaios, “separados” ou “isolados”.
Refere-se à seita judaica existente na Judeia nos dois últimos séculos antes de
Cristo. Para eles, acostumados à controvérsia, a religião era muito mais de
fachada, pois queriam apenas ostentar que a possuía em grau elevado de virtude.
Escribas.
Designação aplicada aos doutores que ensinavam a lei de Moisés. Sua causa era a
mesma dos fariseus, totalmente contrários à inovação
Saduceus. Pertenciam a uma
seita judia, fundada por Sadoc. Não acreditavam na imortalidade da alma, nem na
ressurreição e nem nos bons e maus anjos. Eles eram os materialistas, os deístas
e os sensualistas da época.
Essênios.
Seita do judaísmo fundada no século II a.C. Distinguiam-se pelos costumes
brandos e virtudes austeras. Seu modo de vida aproxima-se dos primeiros
cristãos, levando algumas pessoas a crer que Jesus fazia parte desta seita.
Terapeutas.
Ordem monástica judaica anterior à era cristã, estabelecida ao sul de
Alexandria, no Egito. Tinham grande afinidade com os essênios, professando os
seus costumes e virtudes.
No Novo Testamento, são frequentes o uso dessas palavras. Desconhecer a sua procedência histórica dificulta o real entendimento dos textos evangélicos.
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