Por oposição ao infinito,
o finito designa algo que tem limite e pode ser medido.
O infinito, por sua vez, é aquilo que não tem limites, sem
fim.
Tanto na concepção
cristã como no existencialismo, a condição humana é caracterizada pela
finitude. Na primeira, há uma oposição à transcendência e à perfeição divina;
na segunda, pela contingência radical e sentimento do dever-morrer.
O finito e o infinito
podem ser explicados em termos de ato e potência. Finito é
o que encontra limite à potência do ser. Plotino foi o primeiro a entender o
infinito como não limitação da potência. Para Hegel, o infinito é
a própria realidade, enquanto potência ilimitada, de realização, enquanto
Absoluto.
Pergunta 2 de O
Livro dos Espíritos: O que devemos entender por infinito? Resposta:
"Aquilo que não tem começo nem fim: o desconhecido; todo o desconhecido é
infinito". Explicação: os Espíritos se referem ao Universo.
Tudo quanto nele conhecemos tem começo e tem fim; tudo quanto não conhecemos se
perde no infinito, no desconhecido.
Pergunta 3 de O
Livro dos Espíritos: Poderíamos dizer que Deus é o infinito? Resposta:
"Definição incompleta. Pobreza de linguagem dos homens, insuficiente para
definir as coisas que estão além da sua inteligência. Deus é infinito nas suas
perfeições, mas o infinito é uma abstração; dizer que Deus é o infinito é tomar
o atributo de uma coisa por ela mesma, definir uma coisa, ainda não conhecida,
por outra que também não o é".
Pergunta 35 de O
Livro dos Espíritos: O espaço universal é infinito ou limitado? Resposta:
"Infinito. Supõem-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te
confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de
outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina
esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo".
O Espírito Galileu,
no capítulo VI de A Gênese, afirma que o espaço é infinito.
"Dizemos que o espaço é infinito pela simples razão de ser impossível
imaginar-se-lhe um limite qualquer e porque, apesar da dificuldade que temos
para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em
pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais
encontrássemos extensão a percorrer".
Este tipo de reflexão
leva-nos a relacionar o conhecido ao desconhecido, que é um dos princípios
fundamentais da aprendizagem: aprender é passar do conhecido ao
desconhecido.
Fonte de Consulta
ABBAGNANO, N. Dicionário
de Filosofia.
DUROZOI, G. e
ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia.
KARDEC, A. O
Livro dos Espíritos.
KARDEC, A. A Gênese.
http://www.oconsolador.com.br/ano2/58/esde.html (10/05/2016)
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