“Não
Acrediteis em Todos os Espíritos”, juntamente com “Conhece-se a Árvore pelos
Frutos”, “Prodígios dos Falsos Profetas”, “Caracteres do Verdadeiro Profeta”... ,
faz parte do capítulo XXI – “Falsos Cristos e Falsos Profetas” de O
Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.
Depreende-se
do texto que, aquelas pessoas que fossem tentadas a explorar os dons da
profecia em proveito próprio, fazendo-se passar por enviadas de Deus, logo
seriam descobertas e desmascaradas.
O Espiritismo
revela, também, outra categoria de falsos cristos – aqueles que se disfarçam
com nomes veneráveis – pertencendo ao grupo dos Espíritos enganadores, hipócritas e
orgulhosos, que não estão entre nós, mas entre os Espíritos desencarnados.
O
Espiritismo não inventou os Espíritos. É apenas uma doutrina que se funda na
crença de existência de Espíritos e nas suas manifestações. Há Espíritos de
todos os tipos. Para que eles se comuniquem com os seres humanos, há
necessidade dos médiuns, os seus intermediários. Na comunicação
dos Espíritos, há a influência do médium, que pode distorcer o conteúdo da
mensagem. Por isso, o cuidado de Allan Kardec, quando dizia que é melhor
rejeitar dez verdades a aceitar uma só como erro.
Para uma
melhor análise deste tema, ser-nos-á útil rever a escala espírita, em que Allan
Kardec classifica os Espíritos segundo o seu grau de perfeição. Nas questões 100
a 112,de O Livro dos Espíritos, veremos que: a 3.ª ordem abarca os Espíritos
imperfeitos (Espíritos Impuros, Espíritos Levianos, Espíritos Pseudo-Sábios,
Espíritos Neutros e Espíritos Batedores), a 2.ª ordem, os Espíritos bons (Espíritos
Benévolos, Espíritos Sábios, Espíritos Prudentes ou de Sabedoria e Espíritos
Superiores); a 1.ª ordem, os Espíritos Puros.
Referindo-se
aos falsos profetas, o Espírito Emmanuel, no livro Levantar e Seguir, diz que falso
profeta não é somente aquele que perturba o serviço da fé religiosa, mas todos nós
quando negamos a execução fiel dos nossos deveres: na maledicência, somos falsos profetas da fraternidade; na discórdia, somos
falsos profetas mistificadores da paz; na preguiça, somos falsos profetas
charlatães do trabalho; na indiferença, somos falsos profetas inimigos do dever.
Não importa a fama do médium nem a envergadura do Espírito. Cabe-nos sempre fazer uma análise serena do conteúdo doutrinal da mensagem mediúnica.
Não importa a fama do médium nem a envergadura do Espírito. Cabe-nos sempre fazer uma análise serena do conteúdo doutrinal da mensagem mediúnica.
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