27 maio 2019

Páscoa

Páscoa (Pessach)O seu significado etimológico é incerto. Alguns procuram-no na raiz egípcia e, nesse caso, significaria "golpe", "ferida". Há quem prefira ligar a palavra ao siríaco e então significaria "ser feliz", "estar alegre". Designaria portanto a festa de júbilo por excelência. Entretanto, o significado geralmente aceite é o que adquiriu no hebraico bíblico. (1)

A Páscoa judaica, cuja comemoração dura entre sete e oito dias, celebra a noite anterior à passagem de Deus pelos fiéis, em que os hebreus foram alertados para prepararem determinados alimentos que os sustentassem na saída, às pressas, do Egito. Para tanto, um cordeiro deveria ser assado e pães ázimos (sem fermento) distribuídos. Em outras palavras, a Páscoa, ou passagem, simboliza a libertação do povo hebreu do jugo egípcio. (2)

As dez "pragas", que Deus mandou contra os egípcios, desempenhou papel importante na libertação do povo hebreu. Segundo o livro Êxodo, Deus vai enviando pragas cada vez mais severas para alertar o faraó a libertar os hebreus. A décima "praga" foi a mais severa de todas, pois mostra Deus passando pelos egípcios e matando todos os primogênitos, que não tivessem sido marcados pelo sangue do cordeiro. Quando o primogênito do faraó foi morto, ele acabou libertando os hebreus. (2)

A Páscoa cristã está relacionada com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Entende-se que Deus liberta o homem dos pecados por meio de Jesus Cristo, o novo cordeiro pascal. Há, também, a simbologia do ovo e do coelho. O ovo representa a vida; o coelho, a fertilidade. Com o tempo, na Alemanha, este símbolo passou a representar uma lebre que põe ovos. Nos Estados Unidos, a partir do século XVII, a lebre passou a pôr ovos de chocolate. (2)

O Espiritismo, embora respeitando a tradição cristã, não comemora a Páscoa. A razão é simples. Allan Kardec (encarnado) e Espíritos já no mundo espiritual, como Emmanuel, trouxeram-nos outra visão do entendimento religioso. Explicam-nos que a ressurreição física não é possível, mas que poderíamos exercitar a ressurreição do espírito, ou seja, as nossas mudanças na prática do bem e da virtude evangélicas ensinadas pelo mestre Jesus.

Resumindo: de que maneira os espíritas deveriam comemorar a Páscoa? Vivenciando diariamente os ensinamentos trazidos pelo mestre Jesus.

Bibliografia Consultada

(1) Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura

(2) ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.




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