“Não digo
que isso seja possível; afirmo que isso é uma verdade.” (William Crookes)
“Evitar o
fenômeno espírita, deixar de prestar-lhe a atenção a que ele tem direito, é
faltar com o que se deve à verdade.” (Victor Hugo)
François-Marie-Gabriel Delanne (1857-1926) foi cientista, engenheiro, filósofo e espírita, e recebeu o título “Apóstolo do Espiritismo”. Fundador, juntamente com seu pai, da União Espírita Francesa, em 24/12/1882; colaborador e redator da revista bimensal Le Spiritism, em março de 1883; auxiliou na fundação da Federação Francesa-Belgo-Latina, em 1883.
O livro Fenômeno Espírita, de autoria de Gabriel Delanne, foi publicado em 1893. Embora os conhecimentos científicos ali expostos tenham sofrido transformação e progresso ao longo do tempo, os conceitos espíritas, porém, continuam válidos ainda nos dias que correm. O Fenômeno Espírita trata do testemunho dos sábios, do estudo histórico, da exposição metódica de todos os fenômenos, da discussão das hipóteses, dos conselhos aos médiuns e da teoria filosófica.
Na Antiguidade, lembra-nos que os Vedas afirmam a existência de Espíritos, que Saul consulta a pitonisa de Endor e, por seu intermédio, comunica-se com Samuel, e que em todos os tempos houve a evocação dos mortos. Nos tempos modernos, cita o fenômeno de Hydesville, nos Estados Unidos; o convencimento do Sr. Wallace, vencido pela evidência, na Inglaterra; os fenômenos das mesas girantes, na França. Conclui que esse destemor ao Espiritismo alastra-se para o mundo todo.
Quando começa a enfrentar os fatos, depara-se com a força psíquica e sua medição. Indo além, tem que enfrentar também a inteligência da força psíquica, que pode ser vislumbrada na transmissão do pensamento, na telegrafia além-túmulo e nas pranchetas clarividentes.
Eis uma experiência realizada por Robert Hare: "A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança de espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu aumentando assim o peso de algumas libras na balança". (pág. 66)
Gabriel Delanne não se esquece dos estudos sobre os médiuns escreventes, a incorporação ou encarnação, a vidência, a audição, a escrita direta ou psicografia, entre outros. Além disso, escreve também sobre Espiritismo transcendental, recorrendo às materializações, à desagregação da matéria, às experiências de Zöllner, de Wallace, às aparições luminosas e à fotografia espírita. Dá, em seguida, alguns conselhos aos médiuns e aos experimentadores: Recolhimento, homogeneidade de pensamentos, regularidade, paciência, circunspeção em relação aos Espíritos que se manifestam e desconfiança com relação aos grandes nomes.
As grandes vozes de Crookes, Wallace e Zöllner dão-nos a convicção de que a alma é imortal e que ela não só não morre como pode se manifestar aos humanos. Acrescenta-se que todo efeito tem uma causa e todo efeito inteligente faz supor uma causa inteligente.
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