O Espírito André Luiz, no capítulo 16 “Mecanismos da Mente”, do
livro Evolução em Dois Mundos, pretende estudar a alienação mental
da maioria dos Espíritos desencarnados, pelo menos durante algum tempo além da
morte. Para isso, acha interessante analisar, mesmo que superficialmente,
alguns dos experimentos nervosos, para se ajuizar a importância da harmonia
entre a mente e seu veículo fisiopsicossomático, no plano físico e extrafísico.
Parte da relação entre alma e corpo. A alma é direção; corpo,
obediência. Nesse sentido, é justo que o homem receba em si mesmo o fruto da
plantação que realizou. Quer queiramos ou não, nosso comportamento irá
determinar o que o futuro nos reserva: fazendo o bem, teremos mais liberdade;
praticando o mal, teremos que alocar tempo a sua devida correção. O que existe
de concreto é o bem; o mal é sempre a ausência do bem.
Depois de seccionada a medula de um paciente, há uma
insensibilidade completa, o relaxamento muscular, a paralisia e a eliminação
dos reflexos somáticos e viscerais. Esse desligamento não se verifica de todo,
pois isso acarretaria a morte do paciente. Esse fenômeno é atribuível ao
contato das células do corpo espiritual com as fibras aferentes que vibram na
cadeia simpática, penetrando a medula, acima do ponto molestado.
A recuperação dos reflexos se dá de diversas formas: nos
batráquios é rápida; no gato é um pouco mais demorado, levando mais tempo
conforme a complexidade do ser analisado. Na generalidade dos casos,
os reflexos reaparecem no curso de semanas, tempo indispensável para que as
células do corpo espiritual, vencendo as resistências do corpo físico, a ele se
reimponham, quanto possível.
Diz-nos André Luiz que a depressão em estudo é tanto mais
perdurável quanto mais complexa a encefalização do animal. Isto acontece porque
a complexidade cresce na medida em que solicitam o concurso de maior campo dos
neurônios internunciais. Detalhe: Em vista do corpo espiritual, muitas pessoas
acabam sentindo, integrados ao próprio corpo, esse ou aquele membro que,
fisicamente, não existe mais.
Sincronia dos estímulos entre corpo físico e corpo espiritual. Há uma
ligação entre as células do corpo físico e as células do corpo espiritual. Às
vezes, a turvação da mente é capaz de obstruir temporariamente esse ou aquele
fulcro energético da região diencefálica, no centro coronário da entidade
desencarnada.
Mecanismo do monoideísmo. O Espírito desencarnado
contemplará tão somente os quadros terríveis que lhe digam respeito às culpas
contraídas, sem capacidade de observar paisagens de outra espécie; escutará
vozes acusadoras sem possibilidade de ouvir quaisquer outros sons. O pesadelo
não é mera criação abstrata, mas resultado do próprio estado mental em que se
encontra.
Resumindo: "É dessa forma que os suicidas, com
agravantes à frente do Plano Espiritual, como também os delinquentes de variada
categoria, padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas
criações mentais deles mesmos, a ela aprisionados, pela fixação monoideica de
certos núcleos do corpo espiritual, em detrimento de outros que se malbaratados
e oclusos”.
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