22 novembro 2023

Mecanismos da Mente (Cap. 16 de Evolução em Dois Mundos)

O Espírito André Luiz, no capítulo 16 “Mecanismos da Mente”, do livro Evolução em Dois Mundos, pretende estudar a alienação mental da maioria dos Espíritos desencarnados, pelo menos durante algum tempo além da morte. Para isso, acha interessante analisar, mesmo que superficialmente, alguns dos experimentos nervosos, para se ajuizar a importância da harmonia entre a mente e seu veículo fisiopsicossomático, no plano físico e extrafísico.

Parte da relação entre alma e corpo. A alma é direção; corpo, obediência. Nesse sentido, é justo que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou. Quer queiramos ou não, nosso comportamento irá determinar o que o futuro nos reserva: fazendo o bem, teremos mais liberdade; praticando o mal, teremos que alocar tempo a sua devida correção. O que existe de concreto é o bem; o mal é sempre a ausência do bem.

Depois de seccionada a medula de um paciente, há uma insensibilidade completa, o relaxamento muscular, a paralisia e a eliminação dos reflexos somáticos e viscerais. Esse desligamento não se verifica de todo, pois isso acarretaria a morte do paciente. Esse fenômeno é atribuível ao contato das células do corpo espiritual com as fibras aferentes que vibram na cadeia simpática, penetrando a medula, acima do ponto molestado.

A recuperação dos reflexos se dá de diversas formas: nos batráquios é rápida; no gato é um pouco mais demorado, levando mais tempo conforme a complexidade do ser analisado.  Na generalidade dos casos, os reflexos reaparecem no curso de semanas, tempo indispensável para que as células do corpo espiritual, vencendo as resistências do corpo físico, a ele se reimponham, quanto possível.

Diz-nos André Luiz que a depressão em estudo é tanto mais perdurável quanto mais complexa a encefalização do animal. Isto acontece porque a complexidade cresce na medida em que solicitam o concurso de maior campo dos neurônios internunciais. Detalhe: Em vista do corpo espiritual, muitas pessoas acabam sentindo, integrados ao próprio corpo, esse ou aquele membro que, fisicamente, não existe mais.

Sincronia dos estímulos entre corpo físico e corpo espiritual. Há uma ligação entre as células do corpo físico e as células do corpo espiritual. Às vezes, a turvação da mente é capaz de obstruir temporariamente esse ou aquele fulcro energético da região diencefálica, no centro coronário da entidade desencarnada.

Mecanismo do monoideísmo. O Espírito desencarnado contemplará tão somente os quadros terríveis que lhe digam respeito às culpas contraídas, sem capacidade de observar paisagens de outra espécie; escutará vozes acusadoras sem possibilidade de ouvir quaisquer outros sons. O pesadelo não é mera criação abstrata, mas resultado do próprio estado mental em que se encontra. 

Resumindo: "É dessa forma que os suicidas, com agravantes à frente do Plano Espiritual, como também os delinquentes de variada categoria, padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações mentais deles mesmos, a ela aprisionados, pela fixação monoideica de certos núcleos do corpo espiritual, em detrimento de outros que se malbaratados e oclusos”.

 

 

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