12 julho 2025

Constantino e o Cristianismo

Em outubro de 312 d.C., o imperador Constantino I estava acampado na ponte Mílvia perto de Roma, esperando o confronto com Magêncio, seu rival, pelo controle do Império Romano do Ocidente (em 285, o império foi dividido em dois, o do Ocidente e o do Oriente, cada um deles governado por um imperador e um substituto).

A tradição evoca a ideia de que nos dias que antecederam o encontro, Constantino teve a visão da inscrição in hoc signo vinces (“com este sinal vencerás). Este fato convenceu-o de que tinha o apoio do deus cristão, e essa crença foi mantida quando seu exército se pôs em marcha para derrotar os homens de Magêncio.

A conversão de Constantino, porém, se deu lentamente; ele só foi batizado em seu leito de morte. Contudo, logo após sua vitória na Ponte Milvia, começou o processo de reabilitação e, em seguida, de exaltação do cristianismo. Em 331 d.C., ele publicou o Édito de Milão, uma proclamação que estabelecia tolerância religiosa para o cristianismo dentro do império.

Em 324, depois de se livrar do imperador do Oriente, Constantino se tornou o único governante do Império Romano e buscou usar o cristianismo como a força unificadora de seu domínio tão diverso e fracionado. 

O cristianismo, no entanto, não era uma religião única e uniforme naquela época, havendo divisões, ou cismas. Em 325, Constantino convocou o Concilio de Niceia — o primeiro concílio universal da Igreja cristã — sobretudo para resolver o cisma ariano, uma disputa teológica sobre se Jesus era da mesma substância de Deus.

Sob o imperador Teodósio I (que reinou entre 379-395), os templos e cultos pagãos foram suprimidos, a heresia virou crime e o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano.

Fonte de Consulta

O Livro da História. Tradução de Rafael Longo. São Paulo: GloboLivros, 2017.

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