Em outubro de 312 d.C., o imperador
Constantino I estava acampado na ponte Mílvia perto de Roma, esperando o
confronto com Magêncio, seu rival, pelo controle do Império Romano do Ocidente
(em 285, o império foi dividido em dois, o do Ocidente e o do Oriente, cada um
deles governado por um imperador e um substituto).
A tradição evoca a ideia de que nos
dias que antecederam o encontro, Constantino teve a visão da inscrição in hoc signo vinces (“com este sinal
vencerás). Este fato convenceu-o de que tinha o apoio do deus cristão, e essa
crença foi mantida quando seu exército se pôs em marcha para derrotar os homens
de Magêncio.
A conversão de Constantino, porém, se deu lentamente; ele só foi batizado em seu leito de morte. Contudo, logo
após sua vitória na Ponte Milvia, começou o processo de reabilitação e, em
seguida, de exaltação do cristianismo. Em 331 d.C., ele publicou o Édito de
Milão, uma proclamação que estabelecia tolerância religiosa para o cristianismo
dentro do império.
Em 324, depois de se livrar do
imperador do Oriente, Constantino se tornou o único governante do Império
Romano e buscou usar o cristianismo como a força unificadora de seu domínio tão
diverso e fracionado.
O cristianismo, no entanto, não era
uma religião única e uniforme naquela época, havendo divisões, ou cismas. Em
325, Constantino convocou o Concilio de Niceia — o primeiro concílio universal
da Igreja cristã — sobretudo para resolver o cisma ariano, uma disputa
teológica sobre se Jesus era da mesma substância de Deus.
Sob
o imperador Teodósio I (que reinou entre 379-395), os templos e cultos pagãos
foram suprimidos, a heresia virou crime e o cristianismo tornou-se a religião
oficial do Império Romano.
Fonte de Consulta
O Livro da História.
Tradução de Rafael Longo. São Paulo: GloboLivros, 2017.
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