Mesmo que queiramos, nunca conseguiremos parar de pensar, pois a mente é
um dínamo sagrado ligado à suprema inteligência universal, pela qual flui,
ininterruptamente, a vontade de Deus. Por isso, precisamos vigiar nossas
emissões mentais, lembrando que a mente só cria imagens compatíveis com a sua
própria estrutura espiritual. Cada pensamento molda o eu, revelando nossa
ligação íntima com as forças superiores ou inferiores que buscamos.
Se os pensamentos forem bons, todo o templo do espírito estará em paz. Caso
contrário, sofreremos, mais cedo ou mais tarde, as consequências das
invigilâncias do inquilino do corpo. Daí a importância de cultivar bons
costumes, que tornam a mente límpida e clareiam o verbo, estimulando os
ouvintes e conviventes à prática do bem eterno. Tal disciplina, embora simples,
exige esforço consciente de renovação.
A mente necessita de limpeza tanto quanto o corpo. Higienizá-la não
significa reprimi-la, mas orientá-la com brandura e perseverança. O exercício
da castidade mental fortalece a alma, evitando que se prenda a sugestões
inferiores e incompatíveis com o ambiente evangélico. A verdadeira alegria só
se sustenta na paz da consciência, razão pela qual precisa ser purificada dia a
dia, em harmonia com os ensinamentos do Mestre.
Podemos comparar a mente a uma máquina fotográfica, sempre pronta para
registrar aquilo em que fixa o olhar. Também é uma fornalha de temperaturas
variáveis, ajustadas conforme a evolução da alma, onde se depuram os
sentimentos mais íntimos do espírito. Essa evolução é lei universal, presente
em todos os mundos, sendo guiada pelos instrutores espirituais que auxiliam no
processo de limpeza e reorientação da consciência.
Por fim, lembramos que escrevemos para todos, mas nos dirigimos de forma
especial aos despertos, aqueles que têm consciência dos seus deveres diante da
escalada espiritual. A cada passo, renovamos nossa responsabilidade de
perseverar até o fim, confiando na promessa de salvação. Ao higienizar a mente,
cultivando bons hábitos e pensamentos elevados, encontraremos a paz necessária
para a verdadeira alegria e a certeza de estar em sintonia com a vontade
divina.
Fonte de
Consulta
MAIA, João Nunes. Horizontes da Mente, pelo Espírito Miramez (notas extraídas dos capítulos 6 a 10)
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