07 outubro 2025

Titãs da Religião (Notas de Livro)

TítuloTitãs da Religião

TraduçãoJ. Coelho de Carvalho

Rio de Janeiro: Ateneo, s.d.p

Prefácio

É necessário ver neste livro uma variação fértil, fecunda, livre e documentada da história das religiões e da vida dos que as criaram. Esse concerto de vozes surge de um grande fundo humano: a tolerância. À Era Cristã segue-se a Era Atômica. A Religião e a Ciência avançam como que unidas, entrelaçadas. As vidas de santos contidas neste volume demonstram os sacrifícios a que se impôs o homem para que os benefícios da religião atingissem a todos. Se estudarmos a vida dos fundadores e propagadores de religiões, será mais fácil chegarmos à interpretação ideológica dos povos. Pelo conhecimento atinge-se à compreensão, ao amor e à fé. 

Hermes-Ísis-Osíris

Hermes

Os gregos, discípulos dos egípcios, chamavam-no de Hermes Trismegisto, ou seja três vezes grande, porque era considerado o rei, legislador e sacerdote. Caracteriza uma época em que o sacerdócio, a magistratura e a realeza se encontravam reunidos em um só corpo governante. 

"A alma é uma luz velada. Quando a descendamos, se escurece e se apaga, mas quando se veste sobre ela o santo óleo do amor, acende-se como uma lâmpada imortal"

Abraão (2666? a.C.)

Em meio a um mundo desregrado nasceu Abraão em Ur, e seu nome e seus feitos seriam recordados para sempre. 

Assim o patriarca ficou surpreso numa tarde ventosa, quando atravessava sozinho um amarelo campo improdutivo e subitamente ouviu a Voz do Senhor Deus que lhe dizia:

— Abraão, toma a teu filho Isaac, ao qual tanto amas, e vá ao país de Moriá, onde mo oferecerás em holocausto sobre uma montanha que te indicarei. 

Então, a Voz falou:

— Abraão! Abraão!

— Eis me aqui — respondeu o ancião.

— Não ponhais tua mão sobre o rapaz, nem lhe faças nada, pois agora comprovaste que és temeroso a Deus, já que não me recusaste nem teu único filho. 

Moisés (1725? a.C.)

Israel necessitava de um novo líder. A situação dos judeus no Egito tornava-se cada vez mais difícil e insuportável. O último faraó e seus conselheiros viam com receio aumentar, dia a dia, a desobediência dos doze filhos de Jacob. 

Com a superpopulação o Faraó tomou uma medida, de caráter mais drástico: as parteiras deveriam, a partir de então, matar toda criança de sexo masculino que nascesse de mulher hebreia. 

Josebel, a mãe, idealizou um novo plano para salvar seu filho. Colocou-o numa cesta; depois, deixou-o flutuando no rio. Ao nascer do sol, Maria viu a filha do Faraó, a formosa Bita, que o recolheu. 

— Este menino é filho de judeus — exclamou; — chamá-lo-ei de Moisés, porque foi "salvo das águas". 

Ao dizer isto, percebeu entre os juncos da margem o rostinho pálido de Maria que presenciava toda a cena. A menina, timidamente, falou para a princesa:

— Vou buscar uma ama-de-leite judia para criar o menino? 

— Vá — disse Bita; — vá, que pagarei um salário.

A filha do Faraó desafiou as ordens de seu pai e adotou como filho seu o pequenino hebreu, ao mesmo tempo que contratava a própria mãe para que fosse a ama-de-leite que o educou no amor ao verdadeiro Deus de Abraão, Isaac e Jacob. 

O Veda

Neste vasto deserto da história antiga da Ásia existe apenas um oásis: a história do povo judeu. Digamos então, o Veda é outro oásis do mesmo gênero. Aqui há um repositório em que estão depositados os sentimentos, as esperanças, as alegrias e os temores dos homens de uma outra época e onde encontramos, como um quadro vivo da realidade, diante de nós a religião e o pensamento antigos. Muito pouco se encontra de lutas e de  batalhas no Veda, porém lá estão apenas traços gerais do quadro cronológico da história. É sempre melhor ouvir hinos e orações do que os gritos de agonia dos exércitos destroçados. 

Veda significa originariamente "conhecimento" ou "ciência", e esta designação foi dada pelos brâmanes não apenas a uma obra mas a todo o conjunto de sua mais antiga literatura sagrada. Veda é a mesmíssima palavra que no grego encontramos como vida (eu sei), e no inglês wise (sábio), wisdom (sabedoria) e to wit  (saber). Dos quatro hinos o Rig-Veda, Yagur-Veda, Sama-Veda e Atharua-Veda, o único Veda verdadeiro no que diz respeito a esse assunto é o Rig-Veda

Orfeu

Orfeu é filho de Apolo e de um sacerdotisa.

Orfeu foi o gênio que animou a Grécia sagrada, o despertar de sua alma divina. Sua lira de sete cordas envolve o universo. Cada uma dessas cordas corresponde a um aspecto da alma humana, contém as leis das ciências e das artes. 

Zoroastro (660?-538? A.C.)

Dois séculos depois de Moisés, na época de David — diz o conde Volney — Zoroastro rejuvenesceu e moralizou, entre os medos e bactrianos, todo o sistema egípcio de Osíris e de Tífon, sob os nomes de Ormoz e Arimânio; e que, para explicar o sistema da natureza, supôs dois grandes deuses ou poderes: um, ocupado em criar e produzir em um império de luz e doce calor (cujo tipo é o verão), e o chamou Deus da sabedoria, da bondade e da virtude; o outro, ocupado em destruir em um império de trevas e de frio (que é do polo do inverno), chamou-o Deus da ignorância, do mal e do pecado. 

O nome Zoroastro é a forma helenizada de Zaratustra, como o chama o códice iraniano primitivo — e que utilizou Friedrich Nietzsche para seu famoso livro Assim falou Zaratustra — ou de Zardust, como se diz no persa atual.  

Lao-Tse

A mais antiga filosofia chinesa é encontrada no Y-King, o livro das transformações, enciclopédia que alguns supõem ter sido elaborada por Fo-hi, e redigida de uma forma inteligível doze séculos antes de Cristo. O objetivo geral desta obra é demonstrar a origem das coisas e suas transformações ou mutações, que dependem da sucessão das estações. Deus é considerado como o grande complemento de tudo, sobre o qual estariam apoiadas todas as coisas; Deus é Ly Tao, razão e lei, e assim se revela à nossa inteligência. Esta, em seu desenvolvimento, floresceu sob a forma de duas escolas, a de Lao-Tse, sob o aspecto da metafísica, e a de Kung-fu-tseu, sob o aspecto da moral. 

Toda sua sabedoria ele a transportou para um livro intitulado Tao-te-King. O King significa livro clássico e Tao-te são as duas palavras com as quais começam as duas partes de seu livro que, então, toma o seu nome como os livros do Pentateuco. Os dois títulos unidos significam Livro da virtude e do caminho. Sobre a antiguidade e autenticidade deste livro acham-se de pleno acordo os intelectuais e os Taos-ses, podendo assim lê-lo como verdadeiro. 

O Buda (557?-477? a.C.)

Quatro encontros extraordinários — como conta Barthelemy Saint-Hilaire — exerceram sobre a determinação de Buda uma influência decisiva.

— Um velho

— Um enfermo

— Um morto 

— Um mendigo 

O elemento mais importante da reforma budista foi sempre seu código social e moral, não suas teorias metafísicas.

Não vacilou em acrescentar que, salvo Cristo unicamente, não há, entre os fundadores de religião, figura mais pura nem mais simples do que a de Buda. 

Confúcio (550-478 a.C.)

Pouco tempo do regresso a Lu, começou a estender-se sua fama e cresceu o número de seus discípulos. No regresso a Lu, levou quinze anos até conseguir uma boa posição. Enquanto isso, dedicou-se ao ensino e concentrou os seus estudos nos livros santos do passado, o Chi-King (Livro de Poemas Antigos), o Chu-King (Livro de Documentos Históricos), o Yi-Quing (Livro das Mutações), o Li-Qui (Livro de Ritos e Cerimônias Antigas). 

Santo Elias

Santo Ezequiel 

A Virgem Maria

O Anjo Gabriel não a saudou com o nome de Maria. Disse-lhe:

— Saúdo-te, cheia de graça. Cheia de graça significa sem defeitos, perfeita. Era uma expressão nunca usada antes daquele momento. 

São João Batista (m. no ano 31)

Por aqueles dias apareceu João Batista pregando ao povo no deserto da Judeia. De seus longos sermões vinham os novos conceitos que impunham às vidas resoluções imediatas. "Arrependei-vos — exigia — pois o reino dos céus está próximo. O que está por chegar é Aquele que já foi anunciado por Isaías, quando afirmou que era a voz do que clamava no deserto". 

Jesus Cristo (1-33)

Jesus Cristo: grande nome da História, nome qual se dá vida; o único adorado por todos os povos, por todas as raças, através de todos os séculos. Sua vida não é apenas a última cena de um drama nacional, que ocupa quase vinte séculos, desde Abraão até a destruição do povo judeu; Ele ocupa toda a História Universal, da qual é o centro. Ele é Jesus; Nele tudo começa, e tudo Nele termina. 

O Cristo dos Evangelhos

a) Messianidade de Jesus Cristo

b) A divindade de Cristo

c) A realeza de Cristo

d) O Logos, o Verbo, a Sabedoria de Deus

O Cristo do Dogma Católico

O Cristo dos Evangelhos Apócrifos

Os Evangelhos Apócrifos são numerosos e das mais variadas índoles: Evangelho da Infância de Jesus, Evangelho de Maria, dos Doze Apóstolos, de São Pedro, de São Bartolomeu etc... Existe também o Evangelho de Eva, de Zacarias, de Gamaliel e até de Judas Iscariotes.

Em 1945, durante escavações no cemitério greco-romano da aldeia de Naghamadi, 110 quilômetros ao norte de Lúxor, encontraram-se vários manuscritos de inestimável valor, entre eles um Evangelho atribuído ao apóstolo Tomé, “o da dúvida”.

Em geral, o conteúdo dos Evangelhos Apócrifos reflete uma imagem de Cristo que poderíamos chamar de “Cristo folclórico”.

Evangelho da Infância de Jesus é um dos mais “folclóricos”. 

1) Contando Jesus cinco anos, certo dia, após chuva, foi brincar com outros meninos, à beira do riacho. Construiu várias poças de água; nelas amassou o barro, e com o barro amassado, fabricou doze passarinhos. Certo homem que por lá cruzou, foi ter com José, pai de Jesus, denunciando a este por estar fazendo aquilo no dia do Sábado. Veio José para o riacho, e ralhou com seu filho. Este, então, dirigiu-se aos passarinhos de barro e ordenou-lhes: — Ide, passarinhos, voai e lembrai-vos de mim. — E os passarinhos saíram voando e cantando. Nisto, o filho de Ana, a sacerdotisa, estragou, com seu galho de sauce seco, as poças que Jesus tinha construído. Jesus zangou-se, e voltando-se para ele, disse: — Que teu braço se seque, como esse galho com que destruístes minhas poças. E o braço do menino secou-se no mesmo instante. Levado, porém, Jesus, à casa dos pais, e diante da dor geral da família, compadeceu-se do menino e sarou o braço seco, restituindo-lhe o seu vigor.

2) Um menino, por brincadeira, pula sobre as costas de Jesus. Aí, Jesus zangou-se e, olhando-o, lhe disse: — Não chegarás aonde ias — E o menino caiu fulminado e morto no chão.

3) Estava Jesus ainda no berço: e um dia olhou para sua mãe e falou com ela, declarando-lhe os mistérios da encarnação: — Eu sou Jesus, o Filho de Deus, o Verbo que tu engendraste, segundo to anunciou o arcanjo. São Gabriel. Enviou-me o Pai para redimir o mundo dos seus pecados.

O Cristo dos Heterodoxos

Muitos hereges foram — deduzidos seus erros — grandes luminares da Igreja, como Tertuliano ou Orígenes; e alguns outros foram mártires da fé de Cristo, como são Hipólito. Saibamos, pois, detestar o erro, porém admirar seus fautores, quando merecedores. E ainda lembramo-nos das palavras do Apóstolo: Oportet haeresses esse, foi conveniente que houvesse hereges, porque da contradição saiu a luz. 

O Cristo do Milenarismo

Tendo Cristo repetido, em algumas ocasiões, que "não passaria esta geração sem que as vissem cumpridas", a ideia de um próximo, de um imediato triunfo e estabelecimento do reino de Cristo era esperança geral, na primitiva igreja. Paulo: preparai-vos, porque o reino de Cristo está para chegar"...

Desta expectativa surge a teoria segundo a qual Cristo estava para voltar, e esse Cristo triunfante estabeleceria seu reino, e esse reino duraria na terra 1000 anos, vivendo as gentes num banquete nupcial infindável. O diabo seria agrilhoado, no centro da terra, durante 1000 anos. Após esses 1000 anos, o Maligno sairia das prisões, seduziria muitos fiéis e declararia guerra a Cristo. Este os reduziria a pó. E então começaria seu reinado celestial. 

O Cristo, "Mito Pitagórico"

O neo-platonismo e o neo-pitagorismo floresceram no século I. Daí, surge uma teoria audaciosa: Cristo não teria existido realmente, e sim seria um mito continuativo de Pitágoras, naquela época já semi-divinizado. O Cristianismo seria um "neo-pitagorismo": os Evangelhos, simples paródias ou continuações da incerta e fantástica biografia de Pitágoras. O Cristo seria, então, o Pitágoras da lenda místico-prodigiosa difundida na Palestina, fato histórico bastante documentado na atualidade. 

Em resumo: o neo-pitagorismo era um eco dos cultos do Oriente, peneirados na Grécia com o platonismo, e misturados com as elucubrações do orfismo e de Elêusis. 

Cristo foi confundido ou identificado com Pitágoras. 

Buda também fora identificado com Cristo. 

O Cristo, Líder de Partido

Entre as camadas do âmbito político, no século I, a ideia mais comum professada a respeito da "nova seita", entre políticos e escritores oficiais, era esta: tratava-se simplesmente, de uma seita "político-social", com um líder que "se chamou Cristo e que fora supliciado na cruz". 

Cristo, como líder político-social, esteve muito na moda durante o primeiro e o segundo quadrante do nosso século: Até Spengler aceitava, com arbitrariedade infantil, esta teoria: segundo ela, João Batista seria o líder dos essênios; degolado por Herodes, Cristo receberia a liderança do partido. 

O Cristo de Celso

O porta-voz mais eminente das altas camadas áulicas do Império foi este terrível e brutal acusador de Cristo e dos cristãos. Por sua fama, lançou ataques de forma desmedida. Precisou que Orígenes escrevesse Contra Celsum para tirar o Cristo que Celso nos pinta. 

"Como podemos ter por Deus um homem que nada fez do que prometeu? — escrevia Celso. — Perseguido para ser aprisionado e supliciado. E quando preso, por fim, viu-se abandonado por quantos se diziam seus discípulos!..."

O Cristo ressuscitado é uma fábula absurda, fruto da imaginação de uma mulher e alguns fanáticos. 

O Cristo das Catacumbas

A Lenda da Cabeça de Adono

Cristus, "Sol  Invictus"

Os Diferentes Cristos do Gnosticismo

a) O Cristo reencarnado em Simão Mago

b) O Cristo, "aparente", dos Doquetes

c) O Cristo diferente de Jesus

d) Cristo, o "Arconte"

e) O Cristo valentiniano

f) O Cristo marcionita 

O Cristo dos Montanistas

O Cristo dos Adocionistas 

O Cristo dos Monarquistas

O Símbolo de S. Ireneu

O Cristo do Arianismo

Poderíamos começar afirmando que todas as disputas ariano-católica, a mais árdega e violenta que defrontou a Igreja até o aparecimento da Reforma, versou, no fundo, sobre duas palavras; e mais exatamente: sobre uma só letra: homoúsios (da mesma substância) e homoiúsios (de parecida substância). 

As Várias Modalidades do Arianismo  

As Novidades de Donato 

Cristotocos e Teotocos 

O Cristo do Racionalismo Histórico 

O Cristo de Renan 

"O Mito de Jesus" — (de Drews)

 Origem e Evolução do "Mito de Jesus" 

Conclusão

Cremos ter proporcionado aos nossos leitores um panorama, além de variado, instrutivo sobre o tema mais sublime da história e do pensamento: Jesus Cristo, como foi concebido e entendido através dos séculos e das escolas. 

Nem defendemos, nem debitamos nenhuma das mil variedades aqui lembradas e expostas, porque não era esse o intento. E, porque, se agora, após ter conhecido todos esses Cristos, o leitor se pergunta conosco: Quem foi Cristo, na realidade? — convidamo-lo para abrir os santos Evangelhos e, no silêncio de uma leitura espiritual, descobri-lo, tal qual é, e tal qual será adorado até a consumação dos séculos: o Cristo que nós adoramos e que, com Pedro confessamos: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo". 

Angel Herrera Bienes

São Paulo (m. 67)

Perseguidor dos cristãos. De repente, uma luz saída do céu envolveu o viandante. Rolou por terra e ouviu uma voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E o homem, atemorizado e trêmulo, murmurou: "Senhor, que queres que eu faça?" E chegou a resposta: "Levanta-te e entra na cidade; lá se te dirá o que hás de fazer!"

Paulo, cidadão romano, gozou do privilégio de não ser torturado nem submetido à morte ignominiosa. O único suplício que lhe puderam infligir foi a decapitação. Conduziram-no pela Via que levava ao mar, fora da cidade, e um guarda lhe ceifou a cabeça com um golpe de espada. Obedecera ao seu Mestre, semeara na terra o grão da Boa Nova, o primeiro dos missionários, o apóstolo dos Gentios. 

São Benedito (480-553)

São Benedito ou São Bento. Fora enviado a Roma por seus pais, para estudar ciências liberais. Mas, ao ver que muitos deixaram-se arrastar, no estudo, pelos precipícios do vício, retirou seu pé, que quase pusera já no umbral do mundo, por temor de que, ao conseguir um pouco de sua ciência, também fosse cair, depois de tudo, no fatal precipício. 

Benedito, tendo abandonado os estudos literários, resolveu retirar-se para a solidão, seguido apenas pela sua ama de leite, que o amava com ternura. 

Reconhecido por um milagre. Diante de uma peneira quebrada, ora e pede a Deus e a peneira ficou como se fosse nova. 

Maomé (570-632)

São Bernardo (1090-1153)

Pedro, o Eremita (m. 1115?)

São Francisco de Assis (1182-1226)

Santa Clara (1193-1253)

São Tomás de Aquino (1225-1274)

João Huss (1373-1415)

Sua família era camponesa, mas ele abandonou as tarefas do campo pelo estudo. Tinha afã insaciável de conhecer e saber a verdade. Em Praga viveu a vida dos estudantes pobres até que, em 1393, conseguiu o título de licenciado em artes e, em 1394, o de bacharel em teologia. 

Desprovido de recursos não pode aspirar ao doutorado. Mas abriu caminho, graças à sua inteligência. Nomeado professor em 1398, foi decano da faculdade de filosofia em outubro de 1401 e reitor em 1402 da capela de Belém. 

Huss, como professor da Universidade de Praga, distinguiu-se nas discussões mais abstratas e no conhecimento de Aristóteles, da Bíblia e dos Santos Padres. Buscou nos escritos de Matias Janov e Chititny a solução para as suas inquietudes religiosas. Matias Janov e Chititny propagavam a consideração da Bíblia como única fonte de verdade e de fé. Essa influência afastou Huss da doutrina católica e sua heterodoxia se reforçou na leitura das obras de Wiclef, particularmente do Dialogus e Trialogus, trazidas de Oxford por Jerônimo de Praga.

Huss apresenta o duplo aspecto de reformador religioso e de caudilho nacional, papel muito semelhante ao desempenhado, um século mais tarde, por Lutero na Alemanha. O herege alemão foi o herdeiro espiritual do herege tcheco. 

Negou a necessidade da confissão auricular, atacou como idolátrico o culto das imagens, da Virgem Maria e dos Santos, a  infalibilidade papal... 

Lutero (1483-1546)

Zuínglio (1484-1431)

S. Ignácio de Loiola (1491-1556)

João Knox (1505-1572)

João Calvino (1509-1564)

Santa Teresa de Jesus (1515-1582)

S. Vicente de Paulo (1581-1660)




 

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