18 junho 2015

Hipnotismo: Notas Extraídas do Curso de Ciências Herméticas

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Hipnotismo é processo pelo qual uma pessoa, dotada de grande força de vontade, exerce influência sobre pessoas de ânimo mais fraco.

Hipnotismo, como ramo do magnetismo, já era conhecido pelos antigos. Em 1841, foi redescoberto por Braid, quando percebeu que os corpos brilhantes tinham a propriedade de produzir sono. Deu-lhe o nome de hipnose (do grego hypnos, "sono"), donde se derivou hipnotismo. Sua intenção foi a de substituir o magnetizador pelo objeto brilhante. Apesar de seus esforços, não conseguiu dar à experiência o foro de cidadania.

Entre 1875 e 1886, o professor Donato e Karl Hansen fizeram diversas representações com sonâmbulos muito bem adestrados, cujo poder fascinava os espectadores e lotava os teatros, produzindo matéria para a imprensa divulgar. A partir daí, os médicos se interessaram pelo assunto e aplicaram os seus métodos para verificar a veracidade de tais experimentos.

Charcot, na Salpêtrière, e Luys, na Caridade, desenvolveram a grande hipnose, de 1879 a 1880, ao passo que, em 1884, aparecia a pequena hipnose, defendida pelos drs. Liébeault e Bernheim.

Para Charcot, o sono hipnótico era uma doença; para Liébeault, a hipnose é o efeito da sugestão.

Liébeault, fundador da escola de Nancy, foi quem descobriu a importância da sugestão na produção dos fenômenos hipnóticos.

Hudson denominou o processo de Braid e da escola de Paris, o hipnotismo físico, e o da escola de Nancy, o hipnotismo sugestivo.

A escola de Nancy, superior à outra, afirma que o método de Braid para produzir a hipnose é prejudicial e desnecessário, porque desorganiza os centros nervosos e transforma o paciente.

Tal não acontece na escola de Nancy porque está só exige a tranquilidade dos seus pacientes para produzir o sono.

Para se tornar um hábil hipnotizador é preciso:

1) Desenvolver, por meio de uma preparação, as forças que agem na influência hipnótica.

2) Exercitar-se no emprego destas forças pela escolha, nas primeiras experiências, de pacientes impressionáveis e fáceis de serem hipnotizados.

3) Antes de hipnotizar uma pessoa, verificar qual o efeito da sugestão sobre ela, e se é pouco suscetível de sofrer a ação hipnótica.

Na ação hipnótica, três coisas têm muita importância: o olhar, a voz e o gesto.

Deve-se treinar olhar diretamente para a raiz do nariz da pessoa que será hipnotizada. Como exercício, sentar-se diante de um espelho e treinar olhar para a raiz do seu próprio nariz.

Os fascinadores servem-se somente do olhar para dominar as pessoas e mantê-las na mais absoluta obediência. 

Os gestos ou passes podem ser considerados quer como emissores de uma força quer como fixadores de ideias. 

Os passes para adormecer devem ser feitos sempre de cima para baixo.  

Fonte de Consulta

LORENZ, Francisco Valdomiro. Hipnotismo. São Paulo: Lorenz, 1997 (Curso de Ciências Herméticas III)



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