Hipnotismo é processo pelo
qual uma pessoa, dotada de grande força de vontade, exerce influência sobre
pessoas de ânimo mais fraco.
Hipnotismo, como ramo
do magnetismo, já era conhecido pelos antigos. Em 1841, foi redescoberto por
Braid, quando percebeu que os corpos brilhantes tinham a propriedade de
produzir sono. Deu-lhe o nome de hipnose (do grego hypnos,
"sono"), donde se derivou hipnotismo. Sua intenção foi a
de substituir o magnetizador pelo objeto brilhante. Apesar de seus
esforços, não conseguiu dar à experiência o foro de cidadania.
Entre 1875 e 1886, o
professor Donato e Karl Hansen fizeram diversas representações com sonâmbulos
muito bem adestrados, cujo poder fascinava os espectadores e lotava os teatros,
produzindo matéria para a imprensa divulgar. A partir daí, os médicos se
interessaram pelo assunto e aplicaram os seus métodos para verificar a
veracidade de tais experimentos.
Charcot, na
Salpêtrière, e Luys, na Caridade, desenvolveram a grande hipnose, de 1879 a
1880, ao passo que, em 1884, aparecia a pequena hipnose, defendida pelos drs.
Liébeault e Bernheim.
Para Charcot, o
sono hipnótico era uma doença; para Liébeault, a hipnose
é o efeito da sugestão.
Liébeault, fundador
da escola de Nancy, foi quem descobriu a importância da sugestão na produção
dos fenômenos hipnóticos.
Hudson denominou o
processo de Braid e da escola de Paris, o hipnotismo físico, e
o da escola de Nancy, o hipnotismo sugestivo.
A escola de Nancy,
superior à outra, afirma que o método de Braid para produzir a hipnose é
prejudicial e desnecessário, porque desorganiza os centros nervosos e
transforma o paciente.
Tal não acontece na
escola de Nancy porque está só exige a tranquilidade dos seus pacientes para
produzir o sono.
Para se tornar um
hábil hipnotizador é preciso:
1) Desenvolver, por
meio de uma preparação, as forças que agem na influência hipnótica.
2) Exercitar-se no
emprego destas forças pela escolha, nas primeiras experiências, de pacientes
impressionáveis e fáceis de serem hipnotizados.
3) Antes de
hipnotizar uma pessoa, verificar qual o efeito da sugestão sobre ela, e se é
pouco suscetível de sofrer a ação hipnótica.
Na ação hipnótica,
três coisas têm muita importância: o olhar, a voz e o gesto.
Deve-se treinar olhar
diretamente para a raiz do nariz da pessoa que será hipnotizada. Como
exercício, sentar-se diante de um espelho e treinar olhar para a raiz do seu
próprio nariz.
Os fascinadores
servem-se somente do olhar para dominar as pessoas e mantê-las na mais absoluta
obediência.
Os gestos ou passes
podem ser considerados quer como emissores de uma força quer como fixadores de
ideias.
Os passes para
adormecer devem ser feitos sempre de cima para baixo.
Fonte de Consulta
LORENZ, Francisco
Valdomiro. Hipnotismo. São Paulo: Lorenz, 1997 (Curso de Ciências
Herméticas III)
Nenhum comentário:
Postar um comentário