Jesus Cristo ocupa toda
a História Universal. Mesmo sem nada escrever, muitos são os escritos sobre sua
vida e os seus ensinamentos. No livro Titãs
da Religião, há várias
referências, tais como, o Cristo dos Evangelhos Apócrifos, o Cristo dos
Heterodoxos, o Cristo do Milenarismo, o Cristo, "Mito Pitagórico",
Cristo, Líder de Partido, o Cristo de Celso, o Cristo das Catacumbas, o Cristo
dos Montanistas, o Cristo dos Adocionistas, o Cristo dos Monarquistas, o Cristo
do Arianismo, entre outros. Anotemos alguns deles.
O Cristo dos Evangelhos
Apócrifos. Eis alguns deles: Evangelho da Infância de
Jesus, Evangelho de Maria, dos Doze Apóstolos, de São Pedro, de São Bartolomeu
etc. Em geral, esses Evangelhos refletem a imagem de "Cristo
folclórico". O Evangelho da Infância de Jesus é um
dos mais “folclóricos”. Observe estas duas passagens: 1) um menino, por
brincadeira, pula sobre as costas de Jesus. Aí, Jesus zangou-se e, olhando-o,
lhe disse: — Não chegarás aonde ias — E o menino caiu fulminado e morto no
chão; 2) estava Jesus ainda no berço: e um dia olhou para sua mãe e falou com
ela, declarando-lhe os mistérios da encarnação: — Eu sou Jesus, o Filho de
Deus, o Verbo que tu engendraste, segundo to anunciou o arcanjo. São Gabriel.
Enviou-me o Pai para redimir o mundo dos seus pecados.
O Cristo dos
Heterodoxos. Defende a presença dos heterodoxos, pois segundo o apóstolo, Oportet haeresses esse, ou seja, foi conveniente que houvesse hereges, porque da
contradição saiu a luz. Entre tais hereges, Tertuliano ou Orígenes, deduzidos seus erros,
foram grandes luminares da Igreja.
O Cristo do Milenarismo. Baseando em passagens
evangélicas como, por exemplo, "preparai-vos, porque o reino de Cristo
está para chegar" (Paulo), surge a teoria segundo a qual Cristo estava para voltar, e estabeleceria
o seu reino, que duraria na terra 1000 anos de paz e tranquilidade. Nesses 1000
anos, o diabo seria preso no centro da terra. Após esse período, estaria livre,
seduziria os fiéis e enfrentaria Cristo. Cristo, porém, o reduziria a pó. Só
depois disso, começaria o seu reinado.
O Cristo, Líder de
Partido.
No século I, a ideia
professada entre políticos e escritores oficiais era: a nova seita
"político-social" tinha um líder chamado Cristo, supliciado na cruz. Spengler
(1880-1936) também aceitava essa teoria, ou seja, de que João Batista seria o
líder dos essênios. Uma vez degolado por Herodes, Cristo receberia a liderança
do partido.
O Cristo de Celso. Celso foi um porta-voz eminente do Império Romano e o
acusador de Cristo e dos cristãos. Devido aos seus ataques desmedidos, Orígenes
acabou escrevendo o Contra Celsum para mostrar-nos a
verdade sobre Cristo. Um dos ataques de Celso: "Como podemos ter por Deus
um homem que nada fez do que prometeu? — escrevia Celso. — Perseguido para ser
aprisionado e supliciado. E quando preso, por fim, viu-se abandonado por
quantos se diziam seus discípulos!..."
Fonte
de Consulta
Titãs da
Religião. Tradução J. Coelho de Carvalho. Rio de Janeiro: Ateneo, s.d.p.
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