25 setembro 2019

Jesus Cristo (1-33)

Jesus Cristo ocupa toda a História Universal. Mesmo sem nada escrever, muitos são os escritos sobre sua vida e os seus ensinamentos. No livro Titãs da Religião, há várias referências, tais como, o Cristo dos Evangelhos Apócrifos, o Cristo dos Heterodoxos, o Cristo do Milenarismo, o Cristo, "Mito Pitagórico", Cristo, Líder de Partido, o Cristo de Celso, o Cristo das Catacumbas, o Cristo dos Montanistas, o Cristo dos Adocionistas, o Cristo dos Monarquistas, o Cristo do Arianismo, entre outros. Anotemos alguns deles.

O Cristo dos Evangelhos Apócrifos. Eis alguns deles: Evangelho da Infância de Jesus, Evangelho de Maria, dos Doze Apóstolos, de São Pedro, de São Bartolomeu etc. Em geral, esses Evangelhos refletem a imagem de "Cristo folclórico". O Evangelho da Infância de Jesus é um dos mais “folclóricos”. Observe estas duas passagens: 1) um menino, por brincadeira, pula sobre as costas de Jesus. Aí, Jesus zangou-se e, olhando-o, lhe disse: — Não chegarás aonde ias — E o menino caiu fulminado e morto no chão; 2) estava Jesus ainda no berço: e um dia olhou para sua mãe e falou com ela, declarando-lhe os mistérios da encarnação: — Eu sou Jesus, o Filho de Deus, o Verbo que tu engendraste, segundo to anunciou o arcanjo. São Gabriel. Enviou-me o Pai para redimir o mundo dos seus pecados.

O Cristo dos Heterodoxos. Defende a presença dos heterodoxos, pois segundo o apóstolo, Oportet haeresses esse, ou seja, foi conveniente que houvesse hereges, porque da contradição saiu a luz. Entre tais hereges, Tertuliano ou Orígenes, deduzidos seus erros, foram grandes luminares da Igreja.

O Cristo do Milenarismo. Baseando em passagens evangélicas como, por exemplo, "preparai-vos, porque o reino de Cristo está para chegar" (Paulo), surge a teoria segundo a qual Cristo estava para voltar, e estabeleceria o seu reino, que duraria na terra 1000 anos de paz e tranquilidade. Nesses 1000 anos, o diabo seria preso no centro da terra. Após esse período, estaria livre, seduziria os fiéis e enfrentaria Cristo. Cristo, porém, o reduziria a pó. Só depois disso, começaria o seu reinado.

O Cristo, Líder de Partido. No século I, a ideia professada entre políticos e escritores oficiais era: a nova seita "político-social" tinha um líder chamado Cristo, supliciado na cruz. Spengler (1880-1936) também aceitava essa teoria, ou seja, de que João Batista seria o líder dos essênios. Uma vez degolado por Herodes, Cristo receberia a liderança do partido.

O Cristo de Celso. Celso foi um porta-voz eminente do Império Romano e o acusador de Cristo e dos cristãos. Devido aos seus ataques desmedidos, Orígenes acabou escrevendo o Contra Celsum para mostrar-nos a verdade sobre Cristo. Um dos ataques de Celso: "Como podemos ter por Deus um homem que nada fez do que prometeu? — escrevia Celso. — Perseguido para ser aprisionado e supliciado. E quando preso, por fim, viu-se abandonado por quantos se diziam seus discípulos!..."

Fonte de Consulta

Titãs da Religião. Tradução J. Coelho de Carvalho. Rio de Janeiro: Ateneo, s.d.p.


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