Conflito. Designa
contenda entre poderes opostos, muitas vezes marcada pela violência, chegando,
em alguns casos, à luta armada. Conflito de deveres é quando, na sua
moral aplicada, um mesmo ato parece ao mesmo tempo legítimo e ilegítimo. Kant
fala-nos do "conflito da razão consigo mesma", mostrando-nos a
contradição que a razão experimenta no esforço que faz para encontrar nos
fenômenos um incondicional de que dependeriam todos os condicionados. Conflito
específico. Diz respeito às doenças psicossomáticas, reflexos de nossa
estrutura espiritual construída desarmonicamente em vidas passadas.
Na psicologia, o conflito
baseia-se nos fenômenos de recalcamento, principalmente na oposição entre o
consciente e o inconsciente. Freud, nos seus estudos psicanalíticos,
elucida-nos sobre as três forças da personalidade: nossos impulsos biológicos
(o id), as ordens e proibições da sociedade (o superego) e as várias maneiras
em que aprendemos a satisfazer o primeiro enquanto regulamos o segundo (o ego).
Queremos fazer algo, mas sabemos que não podemos ou não devemos. Há um
conflito, e temos que tomar uma decisão.
Nem todos os conflitos são negativos;
eles também podem ser positivos, pois podem contribuir para o crescimento de
pessoas, grupos e coletividades. Desde a Antiguidade, os cientistas e os
filósofos divergem muito sobre essa positividade ou negatividade. Os estudos
realizados ao longo do tempo podem ser postos em dois campos: 1) como fenômeno
patológico (Émile Durkheim e Talcott Parson); 2) formas normais de interação
(Hegel, Marx).
O conceito de conflito é muito amplo,
pois diz respeito a todos os nossos relacionamentos pessoais e interpessoais.
Por isso, devemos conviver com eles, tentando canalizá-los para um fim
altruísta, no sentido de diminuir os custos da vida humana. As sociedades
abertas têm mais chance de chegar a um acordo harmonioso como decorrência de um
conflito. Nas sociedade rígidas, a tarefa é mais árdua e, às vezes, pode
resultar em guerra.
Conflito entre religião e ciência. O Espírito Emmanuel, no capítulo 27 "Os Dogmas e os Preconceitos", de Emmanuel, diz: "A ciência criou a academia, e a religião sectarista criou a sacristia; uma e outra, abarrotada de dogmas e preconceitos, repelindo-se como polos contrários, dentro dos seus conflitos têm somente realizado separação em vez de união, guerra em vez de paz, descrença em vez de fé, arruinando almas e afastando-as da luz da verdadeira espiritualidade".
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