Em se tratando dos vários mundos habitados, Allan Kardec, enumera cinco tipos: mundos primitivos; mundos de expiação e provas; mundos regeneradores; mundos felizes; mundos celestes ou divinos. As suas características podem ser, assim, resumidas: Os mundos primitivos servem para as primeiras encarnações das almas humanas; os mundos de expiação e provas são lugares de exílio dos Espíritos rebeldes à lei de Deus; os mundos regeneradores são pontes de transição para os mundos felizes; nos mundos felizes não há mais provas nem expiações; os mundos celestes ou divinos são as moradas dos Espíritos purificados.
Refletindo com mais cuidado sobre este item do Evangelho, notamos que o mundo de regeneração é um divisor de águas entre o bem e o mal. Nos mundos de expiações e provas, o mal predomina sobre bem. Nos mundos celestes, só existe o bem. Nesse, o Espírito é convidado a deixar de vez o seu passado delituoso e se embrenhar na nova fonte de luz e harmonia celeste, que é a prática exclusiva do bem.
Embora experimentando as sensações e desejos que são característicos dos mundos de provas e expiações, já consegue se libertar das paixões desordenadas que escravizam, do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que tortura e do ódio que sufoca a alma. É a aurora da felicidade. Mesmo assim, comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos. Não sendo completamente desmaterializado, o indivíduo neles inserido tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Ainda falível, sabe que não avançar é recuar.
A caracterização desses diversos mundos mostra a magnanimidade da sabedoria divina. Como o objetivo do Espírito, criado simples e ignorante, é alcançar a perfeição, Deus, na sua infinita bondade, faculta-lhe as mais diversas oportunidades.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. (capítulo 3)
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