A necessidade
de uns se nutrirem à custa dos outros, pode ser entendida fazendo uma reflexão
sobre o princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência. Consequentemente,
a verdadeira vida
não se encontra no envoltório corporal; ela está no princípio inteligente, que
preexiste, e que sobrevive ao corpo.
Como Kardec nos ensinou, o
princípio espiritual precisa de um corpo físico para o seu processo evolutivo. No
entanto, o corpo, que serve de morada ao Espírito, desgasta-se nesse processo.
O Espírito, não. Tanto faz mudar de vestimenta, quantas vezes forem necessárias.
De tudo devemos tirar algum
ensinamento. No processo de destruição, Deus ensina aos homens o pouco apreço
que devem dar ao seu corpo físico, ensejando-lhes o desejo de uma compensação.
Além do mais, como Deus é infinitamente justo e sábio, devemos aceitar
humildemente tudo o que ultrapassa nosso conhecimento.
A utilidade da destruição
prende-se ao fato de que os corpos, instrumentos de ação do princípio
inteligente, têm necessidade de ser incessantemente renovados. O Espírito,
contudo, continua intacto.
Importante: tanto o que ataca, quanto o que
se defende para conservar sua vida, fazem uso da habilidade e da inteligência,
e por isso mesmo, aumentam suas forças intelectuais. O que atacou não levou o
Espírito daquele que sucumbiu, apenas a sua veste.
O processo evolutivo da
destruição pode ser visto nos seguintes termos: quando não há senso moral,
luta-se para sobreviver. Nas primeiras idades, o instinto animal domina; depois
se contrabalançam. Porém, à medida que o senso moral predomina, a sensibilidade
se desenvolve, a necessidade da destruição diminui.
Fonte de Consulta
Subitem do Capítulo III — "O Bem e o Mal", do
livro A Gênese, de Allan Kardec.
Nenhum comentário:
Postar um comentário