O Espírito Jacob, no capítulo 7 “Incidente em Viagem”, do
livro Voltei, pela psicografia de
Francisco Cândido Xavier, relata-nos o episódio da travessia da ponte e as
observações de Bezerra de Menezes.
Na caravana de recém-desencarnados, em lição de aprendizado
na nova morada espiritual, um dos componentes se lembra de ter cometido um
crime. Foi o suficiente para acordar as almas nefastas que estavam ao derredor
da ponte para tentar atacar os que por ali passavam.
Bezerra de Menezes fala sobre o registro magnético do
psiquismo, classificando-o com “inquietante média de pavor”. “Acrescentou que a
importância da ponte era tão grande que, comumente, muitos habitantes das
regiões perturbadas se aglomeravam na base que deveríamos atingir dentro em
pouco, ameaçando os candidatos ao reino da luz...”
"Bezerra, sereno, mas fundamente preocupado, rompeu a
expectação, cientificando-nos de que deveríamos olvidar os erros do pretérito e
que um dos amigos, em vista de corresponder em demasia à lembrança do mal,
impusera descontinuidade à nossa viagem. Acentuou que as reminiscências de
crimes transcorridos não deveriam perturbar-nos e que bastaria sintonizar-nos
excessivamente com o pretérito para causarmos sérios prejuízos a outrem e a nós
mesmos, em circunstância delicada quanto aquela. Disse que o irmão em crise
realmente fora homicida em outra época, mas trabalhara em favor da regeneração
própria e a bem da Humanidade, com tamanho valor, nos últimos trinta anos da
existência, que merecera carinhosa proteção dos orientadores de mais alto e que
não devia levar a penitência tão longe, pelo menos naquele momento, a ponto de
ameaçar o Êxito da expedição. Necessitávamos reatar o “fio de ligação mental
comum”, a fim de que a nossa capacidade volitante fosse mantida em alto padrão.
De outro modo, a concentração em massa de entidades inferiores, ao pé da ponte,
que se alonga sobre o abismo, talvez nos dificultasse a passagem".
Posteriormente, Bezerra recomendou a oração em voz alta,
para que a nossa corrente de energia espiritual se recompusesse.
No Zoroastrismo, fala-se em ponte do juízo.
No além da vida, baseado no balanço dos pensamentos,
palavras e ações; as pessoas cruzam a ponte do juízo, caindo no reino das
trevas e sofrimento se ímpias ou subindo ao paraíso se justas. No juízo final,
com a destruição do cosmo, do Mal e um juízo final, a criação será redimida
para viver eternamente no reino de Ahura Mazda. (https://ensaiosenotas.com/2018/11/02/zoroastrismo-o-louvor-ao-bem/)
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