Daniel Defoe (1660-1731) nasceu e morreu em Londres,
Inglaterra. Ele inventou o romance de aventura. Autor de panfletos, ensaios e
livros, sendo, por isso, um dos homens mais lidos de sua época. Seu periódico, The Review, revolucionou o jornalismo
inglês. Trabalhou como propagandista e espião em Londres e Edimburgo. Como
economista, foi um dos primeiros a esboçar as bases do Império Britânico do
século posterior.
Robinson Crusoé é um náufrago que fica sozinho numa ilha. Lá
enfrenta os perigos da natureza e da solidão. Certo dia encontra Sexta-Feira,
um outro habitante desta ilha imaginária. Nesta situação, pode-se desenvolver ideia de dinheiro, riqueza, economia, e também bens de capitais. O aspecto social também é relevante, pois não tendo relações com o próximo não pode avaliar a sua situação moral e espiritual.
Nos meses de março e setembro da Revista Espírita de 1867,
Allan Kardec trata desse tema, lembrando-nos que tomou conhecimento da matéria por meio de um dos assinantes da Revista, que o enviou trechos escolhidos, de cunho espírita, para a devida publicação.
O remetente diz que a obra
completa, traduzida da edição original inglesa, compreende três volumes e faz
parte de uma coleção de mais de trinta volumes, intitulada: Viagens
imaginárias, sonhos, visões e romances cabalísticos.
Os dois
primeiros volumes desta coleção contêm as viagens propriamente ditas de
Robinson; o terceiro volume, que o correspondente de Antuérpia evoca, tem por título: Reflexões sérias e
importantes de Robinson Crusoé.
Este
volume compreende duas partes. Na primeira, voltando Robinson à vida calma do
lar, entrega-se a meditações sugeridas pelas peripécias de sua existência
agitada; essas reflexões são marcadas por alta moralidade e profundo sentimento
religioso.
Há citações de diversas páginas. Caso o leitor tenha interesse, basta pesquisá-las. Escolhemos uma apenas como exemplo:
“Página
397 — ‘Em minha opinião, as inspirações não são outra coisa, senão discursos
que nos são soprados imperceptivelmente ao ouvido, ou pelos bons anjos que nos
favorecem, ou por esses diabos insinuantes que nos espreitam continuamente,
para nos fazerem cair numa armadilha qualquer. A única maneira de distinguir os autores desses discursos é guardar-se quanto à natureza dessas inspirações e examinar se tendem a
nos levar ao bem ou ao mal’.
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