03 julho 2021

Penas e Gozos Futuros

 "Penas e Gozos Futuros" é o título do capítulo II do Livro Quarto - "Esperanças e Consolações" - de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Nele são tratados os seguintes temas: O Nada. A Vida Futura, Intuição das Penas e dos Gozos Futuros, Intervenção de Deus nas Penas e Recompensas, Natureza das Penas e dos Gozos Futuros, Penas Temporais, Expiação e Arrependimento, Duração das Penas Futuras, Ressureição da Carne, Paraíso, Inferno, Purgatório. Paraíso Perdido. 

Na questão 959, Allan Kardec indaga sobre a origem do sentimento instintivo a respeito da vida futura. Recebe a seguinte consideração: "Antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual". Sobre a crença de todos os povos nas penas e recompensas, recebe a seguinte resposta: "Pressentimento da realidade, dado ao homem pelo seu Espírito".

Será que Deus tem necessidade de se ocupar de cada um dos nossos atos, para nos recompensar ou punir? Não. As leis de Deus foram escritas em nossa consciência. A punição resulta na infração dessas leis. Não é Deus quem nos recompensa ou pune, mas as suas leis, chamadas por nós de Leis Divinas ou Naturais. Nesse sentido, quando alguém nos faz um mal, é muito mais sábio deixar a punição pela própria lei divina e não pelas nossas próprias mãos. 

As penas da alma no mundo espiritual não têm nada de material, pois a alma não é de matéria. Os quadros tenebrosos que se nos apresentam da vida após a morte são o resultado da inteligência ainda não muito desenvolvida. Há, também, o problema da linguagem.  "Vossa linguagem é muito imperfeita para exprimir o que existe além do vosso alcance. Por isso foi necessário fazer comparações, sendo essas imagens e figuras tomadas como a própria realidade. Mas à medida que o homem se esclarece, seu pensamento compreende as coisas que a sua linguagem não pode traduzir".

Em linhas gerais, há a felicidade dos bons e a tortura dos maus. A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas; não ter ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que fazem a infelicidade dos homens. O sofrimento dos maus, que muitas vezes têm dificuldade de nos dar uma ideia, caracteriza-se por um sentimento horrível e o pensame3nto de serem condenados para sempre. 

Conclusão: as penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. 

Consultando este tema em O Livro dos Espíritos, poderemos extrair outros detalhes sumamente importantes. 

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/penas-e-gozos-futuros


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