24 julho 2020

Mediunidade e Oração

"Mediunidade e Oração" é o título do capítulo 20 do livro "Nos Domínios da Mediunidade", pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier. Faremos, a seguir, um pequeno resumo.

O início do capítulo se dá da seguinte forma: Elisa, de aproximadamente 70 anos, está para desencarnar e o seu infortunado filho, assassinado numa noite de extravagância, apresenta-se ao seu lado. A genitora recorda-se dele como a um herói, e, a evocá-lo incessantemente, retém o infeliz ao pé do próprio leito.

Em face da tristeza de seus parentes, houve necessidade da prece. "À medida que orava (a dona da casa), funda modificação se lhe Imprimia ao mundo interior. Os dardos de tristeza, que lhe dilaceravam a alma, desapareceram ante os raios de branda luz a se lhe exteriorizarem do coração". Foi como acender uma lâmpada na escuridão: "vários desencarnados sofredores penetraram o quarto, abeirando-se dela, à maneira de doentes, solicitando medicação".

Parecer do instrutor Áulus: "São companheiros que trazem ainda a mente em teor vibratório idêntico ao da existência na carne. Na fase em que estagiam, mais depressa se ajustam com o auxílio dos encarnados, em cuja faixa de impressões ainda respiram".

Tema sugerido pelos instrutores do espaço para meditação: "necessidade do trabalho e perdão". Anésia, a esposa de Jovino, recebendo a influenciação dos mentores espirituais falou sabiamente sobre os impositivos do serviço e da tolerância construtiva, em favor da edificação justa do bem. Começa dizendo que estão sozinhas, mas com o passar do tempo, percebem a presença de muitos irmãos desencarnados que acompanham o culto da oração.

Anésia pede socorro aos amigos espirituais. Estes a levam, em sonho, até o marido que está num clube de dança. Teve um choque. O assistente Áulus, no entanto, disse: "Minha irmã, recomponha-se. Você orou, pedindo assistência espiritual, e aqui estamos, trazendo-lhe solidariedade. Reanime-se! Não perca a esperança!"

Sobre o casamento, Áulus nos esclarece: 1) "o casamento não é uma simples excursão no jardim da carne. O lar é uma escola em que as almas se reaproximam para o serviço da sua própria regeneração, com vistas ao aprimoramento que nos cabe apresentar de futuro"; 2) o casamento é como uma luz que brilha mais alto, inspirando a coragem da renúncia e do perdão incondicionais, em favor do ser e dos seres que nós amamos".

Os méritos da oração: "Em todos os processos de nosso intercâmbio com os encarnados, desde a mediunidade torturada à mediunidade gloriosa, a prece é abençoada luz, assimilando correntes superiores de força mental que nos auxiliam no resgate ou na ascensão".

Por fim, o precioso ensinamento sobre a oração. "Anésia, mobilizando-a, não conseguiu modificar os fatos em si, mas logrou modificar a si mesma. As dificuldades presentes não se alteraram. Jovino continua em perigo, a casa prossegue ameaçada em seus alicerces morais, a velhinha doente aproxima-se da morte, entretanto, nossa irmã recolheu expressivo coeficiente de energias para aceitar as provações que lhe cabem, vencendo-as com paciência e valor. E um espírito transformado, naturalmente transforma as situações".
XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979.


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