Pragmatismo. É um pensamento
filosófico criado, no fim do século XIX, pelo filósofo americano Charles
Sanders Peirce (1839-1914), pelo psicólogo William James (1844-1910) e pelo
jurista Oliver Wendell Holmes Jr (1841-1935). Valoriza mais a
prática do que a teoria. Seus idealizadores defendem o
empirismo no campo da teoria do conhecimento e o utilitarismo no campo da
moral. O critério da verdade deve ser encontrado nos efeitos e
consequências de uma ideia, ou seja, em seu êxito.
O pragmático age em
função da lógica, tendo sempre um objetivo definido. Quer dizer, as ideias e os
atos só são verdadeiros se servirem para a solução imediata de seus problemas.
Vejamos dois exemplos: 1) o bem é aquilo que tem êxito; 2) o verdadeiro é
aquilo que é útil, eficaz, coisa que funciona. Ele adota o postulado básico do
pragmatismo, ou seja, o significado de uma doutrina é idêntico aos efeitos práticos
que resultam de sua adoção.
Em se tratando do Espiritismo, a relação
entre teoria e prática tem grande relevância, pois o verdadeiro espírita deve
nortear suas ações em função dos princípios básicos codificados por Allan
Kardec, a partir de 1857. Seus livros preferidos devem ser: O Livro dos
Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Acrescentemos, também, os livros complementares e as obras mediúnicas da
atualidade.
Primeiro o estudo, depois a prática. Nesse
caso, o pragmatismo espírita não deve ser analisado em virtude de uma solução
imediata das dificuldades encontradas. Há muitos problemas envoltos em diversas
encarnações. É o caso, por exemplo, de se querer eliminar um obsessor de uma
vez por todas. Pode ser uma associação que vem de muitas encarnações passadas.
Por isso, todo cuidado é pouco, no sentido de que problema seja resolvido em
sua essência, na sua causa e não somente nos efeitos presentes.
Comparemos o Espiritismo prático e o Espiritismo
praticado. O Espiritismo prático refere-se, geralmente, aos trabalhos de
intercâmbio com o mundo espiritual, principalmente nas seções mediúnicas de
desobsessão, em que o doutrinador tem a oportunidade de auxiliar os Espíritos
menos felizes. O Espiritismo praticado tem um alcance maior: há
necessidade da mudança de comportamento, pois o espírita sincero deve ser
espírita tanto dentro de um Centro Espírita quanto no seu convívio com próximo,
independentemente das circunstâncias. Nesse caso, pode haver discrepância entre
o Espiritismo prático e o Espiritismo praticado.
Estudemos o Espiritismo, reflitamos sobre os seus postulados básicos e, sempre que possível, acionemos a nossa força interior para por em prática esses ensinamentos.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/pragmatismo-e-espiritismo
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