02 dezembro 2021

Estudo da Natureza de Cristo

Estudo da Natureza de Cristo é um tópico do livro Obras Póstumas de Allan Kardec.

Anotemos:

A origem das provas da natureza de Cristo deve ser procurada nos Evangelhos, visto que Jesus nada escreveu, e os seus únicos historiadores, os apóstolos, nada escreveram em vida; nenhum historiador profano, seu contemporâneo, falou dele, não existindo sobre a sua vida e a sua doutrina nenhum documento além dos Evangelhos.

Os milagres não provam a divindade de Cristo. Para o Espiritismo os milagres são efeitos do magnetismo, do sonambulismo, do êxtase, da dupla vista, do hipnotismo, da catalepsia, da letargia, entre outros.

Para a Igreja, Jesus e Deus são a mesma pessoa. Isso poderia explicar a divindade de Jesus. Mas, eis um exemplo: Jesus o disse: eu não vim de modo próprio, mas foi Ele que me enviou.

Palavras de Jesus depois de sua morte: "Ora, vós sois testemunhas destas coisas. E eu vou mandar sobre vós o dom, que vos está prometido por meu Pai". (S. LUCAS, XXIV, 48, 49. — Aparição aos Apóstolos).

A dupla natureza de Jesus: o que devia ser humano em Jesus era o corpo;  o que era divino nele era alma o espírito.

Os profetas disseram sobre Jesus: "Eu o verei, mas não agora; eu o contemplarei, mas não de perto. Nascerá uma estrela de Jacó, e levantar-se-á uma vara de Israel, e ferirá os capitães de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete (NÚMEROS, XXIV, 17).

Interpretação de "o verbo se fez carne": Jesus podia, pois, ser encarregado de transmitir a palavra de Deus, sem ser Deus, como um embaixador transmite as palavras de seu soberano, sem ser o soberano.

Se a qualificação de Filho de Deus parece apoiar a doutrina da divindade, o contrário deve supor-se da qualificação de Filho do homem, que Jesus se deu em sua missão e que foi objeto de muitos comentários.


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