"Dificilmente, à distância de séculos, poderá alguém perceber, com exatidão, a sublimidade do Cristianismo primitivo." (Ave, Cristo!)
O Espírito Emmanuel, em Ave, Cristo!, copyright 1954, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, narra alguns episódios do Cristianismo do século III. Nesse romance, trata das lutas e sacrifícios dos cristãos, sempre perseguidos pelo poderio romano. Mas, o enredo fundamenta-se na conversão de Taciano ao Cristianismo.
Os adeptos do cristianismo primitivo, experimentados pelo dor, tratavam todos como irmãos de fé. Cada crente orava para servir e dar, em vez de orar para ser servido e receber. "Os cristãos eram conhecidos pela capacidade de sacrifício pessoal, a bem de todos, pela boa vontade, pela humildade sincera, pela cooperação fraternal e pela diligência que empregavam no aperfeiçoamento de si mesmos. Ao invés de fomentarem discórdia e revolta, entre os companheiros jungidos à canga da escravidão, honravam no trabalho digno a melhor maneira de amparar-lhes a libertação".
Nota-se o esforço de Quinto Varro, que reencarnou duas vezes, no intuito de auxiliar o seu filho Taciano no que tange à aceitação dos princípios evangélicos disseminados por Jesus Cristo. Numa encarnação Quinto Varro é pai de Taciano, que por ter aderido ao cristianismo, perde a esposa e, posteriormente, acaba sendo morto por defender as ideias cristãs. Reencarna alguns anos depois, agora como Quinto Celso, e torna-se filho adotivo de Taciano. Presos com os cristãos, morrem juntos. Dá-se por concluída a sua tarefa.
Eis a frase colhida no final do romance: "— Meu filho! meu filho!... — soluçava Taciano, feliz, tateando o corpo de Celso, cujas mãos de carne não mais poderiam acariciá-lo — eu senti o poder do Cristo em mim!... agora, eu também sou cristão!...
— Ave, Cristo! os que vão viver para sempre te glorificam e saúdam!
Detalhe: nas mais diversas dificuldades em que se encontravam os seguidores de Cristo, sempre havia uma mão amiga para socorrer.
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