10 dezembro 2024

Mediunidade — Capítulo V de "O Consolador"

O Espírito Emmanuel, no capítulo V — “Mediunidade”, da Terceira Parte, de O Consolador, instrui-nos acerca do seu desenvolvimento. Este estudo compreende as questões que vão de 382 a 391.

Começa nos dizendo que a verdadeira definição de mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra. Embora tendo os seus percalços, a mediunidade é uma das principais oportunidades de progresso da humanidade.

Em seguida, discute se é justo considerarmos todos os homens como médiuns. Sua resposta é afirmativa, tal qual é também feita por Allan Kardec, em O livro dos Médiuns. Há, contudo, de considerar que no campo imenso das potencialidades psíquicas do homem existem os médiuns com tarefa definida, precursores das novas aquisições humanas.

Depois, analisa se devemos ou não provocar o desenvolvimento da mediunidade. Recomenda-nos que a mediunidade não deve ser fruto de precipitação nesse ou naquele setor da atividade doutrinária, porquanto, em tal assunto, toda a espontaneidade é indispensável, considerando-se que as tarefas mediúnicas são dirigidas pelos mentores do plano espiritual.

Continuando, trata da especialização e da mediunidade mais preciosa para o bom serviço da Doutrina. Quanto à especialização, não resta dúvida, pois é por ela que poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da verdade a realizar. Quanto à mediunidade mais preciosa, afirma que não há uma mediunidade mais importante que outra. Contudo, o médium, com a tarefa definida, deve se encher de espírito missionário.

Comenta, também, se a mediunidade pode ser retirada. Diz-nos que a intermediação com o invisível exige esforços constantes do médium. Optando pela vaidade ou pela exploração inferior, pode se tornar indigno da missão.

Por fim trata do erro grave em provocar alguns trabalhos especiais com o fim de converter os descrentes e a mediunidade nos irracionais. Sobre esse mister escreve: “Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo, através das quais podem indiciar as entidades deliberadamente perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naqueles que os acompanham em determinadas circunstâncias”.

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