O Espírito
Emmanuel, no capítulo V — “Mediunidade”, da Terceira Parte, de O Consolador, instrui-nos acerca do seu
desenvolvimento. Este estudo compreende as questões que vão de 382 a 391.
Começa nos
dizendo que a verdadeira definição de mediunidade é aquela luz
que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos
do Consolador, atualmente em curso na Terra. Embora tendo os seus percalços, a
mediunidade é uma das principais oportunidades de progresso da humanidade.
Em seguida, discute se é justo considerarmos todos os homens como
médiuns. Sua resposta é afirmativa, tal qual é também feita por Allan Kardec,
em O livro dos Médiuns. Há, contudo, de considerar que no campo imenso das potencialidades
psíquicas do homem existem os médiuns com tarefa definida, precursores das
novas aquisições humanas.
Depois, analisa se devemos ou não provocar o desenvolvimento da
mediunidade. Recomenda-nos que a mediunidade não deve ser fruto de precipitação
nesse ou naquele setor da atividade doutrinária, porquanto, em tal assunto,
toda a espontaneidade é indispensável, considerando-se que as tarefas
mediúnicas são dirigidas pelos mentores do plano espiritual.
Continuando, trata da especialização e da mediunidade mais preciosa
para o bom serviço da Doutrina. Quanto à especialização, não resta dúvida, pois
é por ela que poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da
verdade a realizar. Quanto à mediunidade mais preciosa, afirma que não há uma mediunidade mais importante que outra. Contudo, o médium, com a tarefa definida, deve se encher de espírito
missionário.
Comenta, também, se a mediunidade pode ser retirada. Diz-nos que a
intermediação com o invisível exige esforços constantes do médium. Optando pela
vaidade ou pela exploração inferior, pode se tornar indigno da missão.
Por fim trata do erro grave em provocar alguns trabalhos especiais
com o fim de converter os descrentes e a mediunidade nos irracionais. Sobre esse
mister escreve: “Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente
ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu
estado evolutivo, através das quais podem indiciar as entidades deliberadamente
perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naqueles
que os acompanham em determinadas circunstâncias”.
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