O Espírito Emmanuel, no capítulo 134
— “Nutrição Espiritual”, do livro Pão
Nosso, psicografado por Francisco Candido Xavier, comenta a seguinte
citação evangélica: “Bom é que o coração se fortifique com graça e não com
manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.” — Paulo.
(HEBREUS, 13:9.)
Nesta lição, o Espírito Emmanuel elabora
alguns raciocínios acerca dos vícios da alma e os vícios da alimentação corpo, alertando-nos
para cuidarmos tanto do corpo quanto do Espírito. Há necessidade dessa atenção,
pois nossa caminhada neste planeta de provas e expiações está sujeita a altos e
baixos, devido ao grau inferior de nossa evolução espiritual.
Muitas pessoas, iludidas pelo apego à matéria
e aos seus gozos, costumam trocar a água pura pelas bebidas alcoólicas, sem ter
consciência do mal que estão causando ao seu corpo e, por conseguinte, à sua
alma. As recomendações evangélicas enaltecem a nossa mudança comportamental,
pois adquirindo virtudes em vez dos vícios, chegaremos ao porto seguro da
salvação.
O alimento do coração funda-se nas realidades
simples do caminho evolutivo. Observe como os grandes religiosos passavam os seus
dias. Muitos deles, numa cela, rezando em prol da paz e da harmonia entre as
pessoas. Sua comida era parca, tendo o cuidado de ficar mais tempo louvando o
mestre Jesus. “A estrada religiosa deve
se afastar dos deslumbramentos da fantasia que procede do exterior e focar no
esforço mais amplo do aprimoramento interior”.
O crente e o fenômeno. A busca do fenômeno ou
de situações que lhe atendam aos caprichos nocivos é muito prejudicial. Isso acontece
porque “ele ainda não tomou consciência de que as sensações empolgantes da zona
fenomênica se tornam inúteis ao espírito, quando este não possui recursos
interiores suficientes para compreender as finalidades”.
O Espírito Emmanuel conclui:
Inúmeros aprendizes
guardam a experiência religiosa, que lhes diz respeito, por questão puramente
intelectual. Imperioso, porém, é reconhecer que o alimento da alma para
fixar-se, em definitivo, reclama o coração sinceramente interessado nas
verdades divinas. Quando um homem se coloca nessa posição íntima, fortifica-se
realmente para a sublimação, porque reconhece tanto material de trabalho digno,
em torno dos próprios passos, que qualquer sensação transitória, para ele,
passa a localizar-se nos últimos degraus do caminho.
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