Os sinais dos tempos. Para os
incrédulos, eles não têm nenhuma importância; para o maior número dos crentes,
eles têm qualquer coisa de místico e de sobrenatural. Para o Espiritismo, o
nosso globo está sujeito à lei do progresso, físico e espiritual.
O duplo progresso. O progresso se
realiza de duas maneiras: uma, lenta, gradual e insensível; a outra, por
modificações mais bruscas; cada uma delas resulta num movimento ascensional
mais rápido, o qual marca, com sinais nítidos, os períodos progressivos da humanidade.
Ressalte-se que o progresso se realiza em virtude da vontade de Deus, não de
uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável.
Será que Deus, depois de ter
estabelecido as leis, se torna indiferente? Não. Deus vela pela execução de
suas leis. Se o seu pensamento cessar de agir um só instante, o Universo seria
como um relógio sem o pêndulo regulador. Os Espíritos que povoam o espaço são
seus ministros encarregados dos detalhes, segundo as atribuições relativas ao
seu grau de adiantamento.
E as perturbações que observamos dessa ordem
universal? Como se explica? Uma vontade única mantém a unidade por
toda parte. As perturbações são os movimentos parciais e isolados, que só nos
parecem irregulares, porque nossa vista é circunscrita.
Depois do progresso material, devemos
cuidar para fazer reinar entre nós a caridade, a fraternidade e a solidariedade
para assegurar o bem-estar moral. Nesse caso, devemos incluir a destruição do
egoísmo e do orgulho. E marcará uma das fases principais da humanidade. E
envolverá toda a humanidade. O processo se dará pela luta inevitável das ideias. De tal conflito nascerão forçosamente
perturbações temporárias, até que o terreno haja sido desobstruído e o
equilíbrio restabelecido.
Eis a percepção do Espírito Arago: "Quando
se diz que a humanidade chegou a um período de transformação, e que a terra
deve se elevar na hierarquia dos mundos, não vede nestas palavras nada de
místico, mas, ao contrário, o cumprimento de uma das grandes leis fatais do
Universo, contra as quais se quebra a má vontade humana."
Este é um pequeno resumo: para uma visão
mais abrangente, consultar o livro.
Kardec, Allan. A Gênese —
Capítulo XVIII — "Os Tempos Estão Chegados"
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