09 outubro 2005

Ciência e Espiritismo

ciência é um conjunto de conhecimentos organizados relativos a uma determinada matéria, comprovado empiricamente. Os requisitos fundamentais da ciência são: regularidade, observação, previsão, experimentação, causalidade e testes estatísticos. Ela não aceita soluções provisórias nem tampouco lucubrações literárias. Tudo deve ser colocado à prova dos fatos.

A ciência espírita procede da mesma forma que as ciências naturais. O cientista natural observa, experimenta, faz hipóteses e tira conclusões. As consequências serão aceitas se confirmadas pela experiência sensorial dos fatos. O cientista espírita observa, experimenta, formula hipóteses e tira conclusões. As consequências serão aceitas se comprovadas pela experiência extra-sensorial. O procedimento é o mesmo. A diferença consiste na natureza das percepções consideradas.

Um estudo acurado do Espiritismo mostra-nos que a ciência não pode existir sem o Espiritismo nem o Espiritismo sem ela. Por que? Há no universo dois princípios fundamentais: o princípio material e o princípio espiritual. A ciência incumbir-se-ia de processar a revolução material; o Espiritismo encarregar-se-ia de estimular a revolução moral. O elo entre o Espírito e a matéria está no perispírito. O Espiritismo não inventou o perispírito, nem os Espíritos. Apenas teorizou o fato observado.

A ciência aumentou sobremaneira a capacidade de instrumentalização do homem. Desenvolvendo tecnologias avançadas, liberou a mão de obra para atuar na área de serviços e pesquisas científicas. À medida que a ciência avança, o indivíduo fica com mais tempo livre. O Espiritismo surge para dar uma direção não só ao tempo livre do homem como também à criação e utilização da nova tecnologia. Sem uma clara distinção entre o bem e o mal, podemos enveredar todo o nosso progresso científico para a destruição de nosso planeta.

O Espiritismo surgiu no momento oportuno, quando as ciências já tinham desenvolvido o método teórico-experimental, facilitando a sua aceitação com mais naturalidade. Sabe-se que cada um deve progredir por si mesmo, descobrindo as suas próprias verdades. Porém, a presença de um professor diminui o tempo que levaríamos, caso quiséssemos descobrir tudo por nós mesmos. O Espiritismo é esse professor que nos estimula o pensamento na busca da verdade.

Exercitemos o nosso pensamento científico. Saibamos rechaçar toda e qualquer opinião que não tenha respaldo nos princípios espíritas codificados por Allan Kardec.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.

CURTI, R. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed., São Paulo, FEESP, 1981.

Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/ci%C3%AAncias-e-espiritismo

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Há sempre razão de se conhecer as coisas com mais precisão. As relações entre ciência e fé persistem por muitos séculos. Conta-se que Galileu, que se retratou, para não morrer queimado, é sempre citado na oposição entre fé e ciência. Esse detalhe ocorreu na Idade Média. De lá para cá, a religião refez muitos de seus conceitos e, hoje, a teologia cristã aceita tranquilamente os avanços da ciência moderna, que condiz com a revelação divina.

Observa-se, por outro lado, a ferrenha oposição dos cientistas aos artigos de fé. Isso começou com o advento da ciência moderna e perpetuou-se com o positivismo de Comte e de Littré e o evolucionismo de Darwin. Disto resultou o aparecimento de um materialismo exacerbado, pois a fé foi posta de lado e a ciência quer explicar tudo, inclusive as coisas de Deus. Ela deve limitar-se aos seus casos particulares e não ter a pretensão de ser a verdade total.

"Há dois meios para se adquirir a ciência de além-túmulo: de um lado o estudo experimental, de outro a intuição e o raciocínio, de que só as inteligências exercitadas sabem e podem utilizar-se. A experimentação é preferida pela grande maioria dos nossos contemporâneos. Está mais de acordo com os hábitos do mundo ocidental, bem pouco iniciado ainda no conhecimento das secretas e profundas capacidades da alma". (II - "A marcha ascensional: os métodos de estudo", de "No invisível", de Léon Denis)

 





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