Natal —
do lat. natale, relativo ao nascimento; dia em que se comemora o
nascimento de Cristo (25 de dezembro). Propaganda —
publicidade de bens e serviços através dos meios de comunicação, principalmente
a televisão.
A repetição, a intensidade e
a clareza dos estímulos de propaganda têm o objetivo de criar
no consumidor um "reflexo de compra". Embora as condições sejam
diferentes, segue as mesmas regras estabelecidas por Pavlov na criação de
"reflexos condicionados". Fazendo coincidir várias vezes um sinal
luminoso com a apresentação de alimento ao cão, Pavlov observa que, após a
repetição de muitas experiências, provocam-se emissão de suco gástrico mediante
a simples exposição do sinal luminoso.
Papai Noel, símbolo do Natal, é usado pelos comerciantes, a
fim de incrementar as vendas dos seus produtos no final de cada ano. O espírito
do natal, segundo a propaganda, está relacionado com a fartura da mesa, a
quantidade de brinquedos e outros produtos que o consumidor possa ter em seu
lar. Será esse o verdadeiro espírito do natal? Qual é esse espírito?
O espírito do natal deve
ser entendido como a revivescência dos ensinos de Cristo em cada uma de nossas
ações. Não há necessidade de esperarmos um ano para comemorá-lo. Se em nosso
dia-a-dia estivermos estendendo simpatia para com todos e distribuindo os
excessos de que somos portadores, estaremos aplicando eficazmente a "boa
nova" trazida pelo mestre Jesus.
"Não se pode servir a Deus e a
Mamon", diz o Evangelho. A perfeição moral exige distinção entre espírito
e matéria. As riquezas existem para auxiliar o homem no seu aperfeiçoamento
espiritual. Se lhes dermos demasiado valor, poderemos obscurecer nossa
iluminação interior. Útil se torna, conscientizarmo-nos de que somos
usufrutuários e não proprietários dos bens terrenos, se quisermos penetrar na
profundidade das máximas deixadas pelo Cristo.
Observemos, ponderemos e analisemos o
teor das propagandas televisivas. Um comportamento refletido nos ensinos de
Cristo estimula-nos a despender esforços constantes, a fim de renunciarmos ao
desordenado desejo de possuir. Vençamos o egoísmo e o orgulho, se quisermos
usufruir da felicidade plena e perene.
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Papai Noel (c. 300 d.C.) [São Nicolau]
Patrono tradicional do Natal, conhecido como portador de presentes para crianças
A figura de Papai Noel, o velhote benevolente que viaja ao redor do mundo na véspera de Natal doando presentes para as crianças boas (e, se os seus pais dizem a verdade, carvão para as más), teve origem na lenda de São Nicolau, o bispo católico romano de Mira (270-345 d.C.), na Lícia (atual Turquia). Com o passar do tempo a lenda dos dotes combinadas com elementos do deus nórdico Odin e contos folclóricos nórdicos de um mágico que premia as crianças más e recompensa as boas com presentes, levou à caracterização de São Nicolau como a figura que conhecemos atualmente. O nome do santo foi modificado para Santa Clauss em países da língua inglesa.
Papai Noel é invariavelmente representado como um homem grande, velho e com uma barba branca, vestindo um casaco vermelho com colarinho e barbas brancas, um chapéu vermelho e um cinto e botas pretas. Essa representação se originou em imagens desenhadas pelo cartunista Thomas Nast para a Harper’s Weekly em 1863. Uma tradição que começou em 1822 com um poema de Clement Clarke Moore “Uma visita de São Nicolau” coloca Papai Noel residindo no Polo Norte (acredita-se que a região era habitada por Odin). Também é dito que ele vive na companhia de elfos (na mitologia nórdica, elfos são espíritos ancestrais) que passam o ano montando brinquedos.
A popularidade de
Papai Noel continua em alta. Ele é
protagonista de inúmeros filmes, canções e comerciais com temas natalinos.
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander,
Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
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