A
Doutrina Espírita deve ser conhecida através do estudo das Obras Básicas e das
Complementares. Nosso propósito é apresentá-las de forma sucinta e objetiva.
As Obras Básicas, também, cognominadas
de Pentateuco Espírita, compõem-se dos seguintes livros : O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns - ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno - ou Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1865)
e A Gênese - os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (1868).
As Obras Complementares, que dão extensão às Obras Básicas,
são de cunho mediúnico e não mediúnico. Entre as não mediúnicas, citam-se os escritos de Gabriel Delanne,
Leon Denis, Camile Flammarion, J. Herculano Pires, Edgar Armond e outros. Entre
as obras mediúnicas, estão os livros psicografados por Francisco Cândido
Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros.
A
literatura espírita, sendo vasta e diversificada, acarreta dificuldade na
escolha de bons livros para pesquisa. Do ponto de vista doutrinário, as Obras Básicas e as dos autores encarnados
têm preferência. Os romances mediúnicos são classificados num segundo plano de
importância. As mensagens estariam em terceiro lugar. Essa escala de valores
não deve ser rígida, visto cada Espírito estar num nível de evolução espiritual
distinto, requerendo, portanto, alimentos espirituais diferenciados.
O
contato inicial com a Doutrina dos Espíritos pode ser feito aleatoriamente, ou
seja, via dor, via leitura de um romance, ou mesmo por intermédio de uma
mensagem que nos caia nas mãos. O despertamento para a realidade espiritual
pode vir de mil formas. Importa, uma vez inteirado de que o Espiritismo é uma
vivência válida para nossa vida, estudá-lo de forma racional.
Os
livros espíritas podem ser encontrados nas livrarias e nas bibliotecas. Se
nossas escolhas se prenderem somente aos romances mediúnicos, ou às mensagens
espirituais, não estaremos absorvendo os fundamentos básicos da Doutrina,
portanto criando um viés em nosso modo de pensar. Urge reconhecer que o
Espiritismo é uma filosofia científica de consequências morais. Atendamos,
pois, aos três aspectos de nossa doutrina.
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