A palavra salvação é um
"termo técnico" que tem origem na tradição judeu-cristã e recebe
aplicação geral. Religião de "salvação" é a que oferece um
diagnóstico da condição humana e oferece um caminho para a saúde ou
integridade. Em muitos casos, mas não invariavelmente, necessita de um
salvador. Embora a nossa análise se reporte às grandes religiões, não resta
dúvida que o Totemismo, a mais primitiva das religiões, traz em seu bojo a ideia
de salvação, principalmente nas proibições do culto negativo, como por exemplo,
a abstenção de falar, de distrair-se, de lavar-se.
A Religião Egípcia é identificada
com o culto da morte. A ciência secreta e os mistérios de Isis e Osíris
simbolizam as forças espirituais que se prendiam ao fenômeno da morte. O Livro
dos Mortos dá a conhecer os obstáculos que os defuntos encontram no
outro mundo e os meios de vencer as dificuldades. Às vezes, no momento dos
funerais, representam-se dramas simbolizando o triunfo do morto sobre os
demoníacos adversários. De acordo com o Espírito Emmanuel, em A Caminho
da Luz, os egípcios eram, dentre os Espíritos degredados do Planeta Capela,
os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Por isso,
foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.
O Vedismo, o Bramanismo, o Hinduismo, o Jainismo e
o Budismo são
as diversas religiões da índia. Os cânticos dos Vedas são bem uma glorificação
da fé e da esperança em face da Majestade Suprema do Senhor do Universo. A
faculdade de tolerar e de esperar aflorou no sentimento coletivo das multidões,
que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento sublime da
redenção. A salvação (moksha) consistiria em libertar-se do karman,
em libertar-se de qualquer renascer, pois renascer é participar novamente
"da dor do mundo". No Hinduísmo, por exemplo, a palavra batki (devoção) representa
a salvação nos atos de amor.
A China Milenar foi a nação mais
resistente à ideia cristã. Por isso, estagnou-se na marcha do tempo. Mas mesmo
assim Jesus enviou os seus emissários àqueles agrupamentos de criaturas.
Primeiramente Fo-Hi, depois Confúcio e Lao-Tsé, cinco séculos antes de sua
vinda, no intuito de preparar os novos caminhos do Evangelho no mundo. A
interpretação do Nirvana como sendo sinônimo de imperturbável quietude ou
beatífica realização do não ser e não como a união permanente
da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos, foi o seu grande erro
O Cristianismo coroa a obra de
Cristo, o Governador do Planeta, que veio pessoalmente nos ensinar o caminho do
Reino de Deus. A história de seus exemplos, que são lições vivas para a nossa
salvação, tem origem no seu nascimento – numa estrebaria –, o que revela a
humildade de seu Espírito magnânimo. Nas curas ou nos "milagres" que
realizava, dizia: "Os teus pecados estão salvos; vá e não peques
mais". Em fim, a sua doutrina é uma doutrina que fala das bem-aventuranças
dos que morreram com a consciência tranquila e em plena posse do bem.
Embora haja diversidade de pareceres nas diversas
religiões, a tônica central é uma e apenas uma, ou seja, amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Este é o maior dos mandamentos.
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