29 outubro 2012
Para o Alvo
26 setembro 2012
Situação do Espírito durante a Gestação
O mundo
espiritual, o verdadeiro mundo, é onde se encontram os Espíritos quando não
estão no mundo físico. Lá, eles fazem uma reflexão de sua vida
material e programam, quando for a ocasião, uma próxima encarnação. De acordo
com a literatura espírita, há palestras, cursos e orientações dos mentores
espirituais. Depois de refeitos e bem esclarecidos, são convidados para uma
nova etapa de progresso no mundo material.
Allan Kardec,
em O livro dos Espíritos, instrui-nos sobre os dois tipos de
perturbação (mudança de um plano existencial para outro) que o
Espírito sofre: quando desencarna e vai para a erraticidade; e quando encarna e
vem para este mundo. Para reencarnar, há a miniaturização do perispírito e o
começo do esquecimento do passado, a fim de possa entrar no mundo material sem
os problemas que afligiam a sua consciência.
Resumindo o processo: através da
concepção, um corpo é oferecido ao Espírito. Uma vez oferecido, outro Espírito
não poderá habitá-lo em seu lugar. Como o Espírito está ligado e não unido, ele
tem liberdade para usar as suas faculdades como lhe apeteça. Essa liberdade,
contudo, depende da distância entre o momento da concepção e sua encarnação
propriamente dita. Quanto mais perto, menos liberdade, pois o processo de
esquecimento do passado se agiliza.
Na gestação, devemos considerar
o auxílio que os protetores do espaço oferecem ao Espírito reencarnante, à
futura mãe e ao futuro pai. Nos capítulos 11 e 12 de Missionários da
Luz, o Espírito André Luís relata todo o processo da reencarnação de
Segismundo, um Espírito bastante endividado com relação às leis naturais. Há
apelos e palavras de ânimo, a fim de fortalecer a família diante da justiça
divina.
Há uma troca
incessante de impressões entre a mãe e o filho que está sendo gerado. Quando o
futuro filho é um Espírito inferior ele não traz sensações muito agradáveis. O
Dr. Ricardo Di Bernardi diz-nos que a sintonia depauperada dos campos
vibratórios pode gerar os enjoos e os desejos extravagantes da futura mãe.
Pede, contudo, para não se generalizar, porque o sintoma pode ser meramente
físico.
Um lar equilibrado
fornece o ambiente propício para um reencarne tranquilo. Quando este é
desarmonizado, tanto a mãe quanto o novo rebento sofrem, inclusive com a
influência nefasta de Espíritos imperfeitos.
Allan Kardec,
em O livro dos Espíritos, instrui-nos sobre os dois tipos de
perturbação (mudança de um plano existencial para outro) que o
Espírito sofre: quando desencarna e vai para a erraticidade; e quando encarna e
vem para este mundo. Para reencarnar, há a miniaturização do perispírito e o
começo do esquecimento do passado, a fim de possa entrar no mundo material sem
os problemas que afligiam a sua consciência.
Resumindo o processo: através da
concepção, um corpo é oferecido ao Espírito. Uma vez oferecido, outro Espírito
não poderá habitá-lo em seu lugar. Como o Espírito está ligado e não unido, ele
tem liberdade para usar as suas faculdades como lhe apeteça. Essa liberdade,
contudo, depende da distância entre o momento da concepção e sua encarnação
propriamente dita. Quanto mais perto, menos liberdade, pois o processo de
esquecimento do passado se agiliza.
Na gestação, devemos considerar
o auxílio que os protetores do espaço oferecem ao Espírito reencarnante, à
futura mãe e ao futuro pai. Nos capítulos 11 e 12 de Missionários da
Luz, o Espírito André Luís relata todo o processo da reencarnação de
Segismundo, um Espírito bastante endividado com relação às leis naturais. Há
apelos e palavras de ânimo, a fim de fortalecer a família diante da justiça
divina.
Há uma troca
incessante de impressões entre a mãe e o filho que está sendo gerado. Quando o
futuro filho é um Espírito inferior ele não traz sensações muito agradáveis. O
Dr. Ricardo Di Bernardi diz-nos que a sintonia depauperada dos campos
vibratórios pode gerar os enjoos e os desejos extravagantes da futura mãe.
Pede, contudo, para não se generalizar, porque o sintoma pode ser meramente
físico.
Um lar equilibrado fornece o ambiente propício para um reencarne tranquilo. Quando este é desarmonizado, tanto a mãe quanto o novo rebento sofrem, inclusive com a influência nefasta de Espíritos imperfeitos.
20 setembro 2012
Despedindo-se do Cargo de Presidente do Centro Espírita Ismael
Na despedida do cargo
de Presidente do Centro Espírita Ismael, ocorrida em 15/09/2012, tomamos a
liberdade de resumir os 36 anos de nossa atuação nesta Casa de Espírita.
Começamos em 1976, quando ouvíamos o final das aulas do Curso de Aprendizes do
Evangelho (1.ª Turma), ministrado pela Federação Espírita do Estado de São
Paulo (FEESP). Como tínhamos um problema de saúde, pediram-nos para passar no
Depoe (Entrevista). Depois de algumas assistências espirituais, inscrevemo-nos
no Curso de Médiuns e no Curso de Aprendizes do Evangelho, ainda ministrado
pela FEESP. Logo em seguida, fomos convidados para integrar a Diretoria
Executiva do CEI.
Assim: na gestão
1979/1982 (Sr. Nascimento), exercemos o cargo de 2.º Tesoureiro;
na gestão 1982/1985 (Sr. Gomes), Secretário Geral e diretor do
Departamento de Ensino; na gestão 1985/1988 (Sr. Gomes),
Vice-Presidente e diretor do Departamento de Ensino; nas gestões
1988/1991 e 1991/1994, Presidente; na gestão 1994/1997 (Sr.
Agenor), diretor do Departamento de Ensino; na gestão 1997/2000 (Sr.
Agenor), Vice-Presidente e diretor do Departamento de Ensino; nas gestões
2000/2003 e 2003/2006 (Sr. Gomes), Vice-Presidente e diretor do
Departamento de Ensino; nas gestões 2006/2009 e 2009/2012,
Presidente.
Neste resumo,
lembramos que ainda não tínhamos concluído o 4.º ano do Curso de Médiuns
(denominação antiga) e já nos escalaram para dar aula no 2.º do respectivo
curso. Ao participarmos do ensino, e seguindo o exemplo do Sr. Bismael, que
havia montado a apostila do Curso Básico, começamos a elaborar as apostilas do
2.º, do 3.º e do 4.º ano do Curso de Educação Mediúnica. Depois, complementamos
com as apostilas do Curso de Expositor, do Curso de Introdução à Filosofia
Espírita e do Curso de Introdução ao Evangelho.
Em nossas quatro
gestões (12 anos) como Presidente, surgiu a oportunidade de compra dos fundos
do CEI (1988/1994) e da Unidade II (2006/2009), na Rua Ponta de Pedras, 59,
onde pudemos construir quatro boas salas de aula para o estudo da Doutrina
Espírita e formação de novos colaboradores. Nada disso seria possível, sem os
recursos financeiros arrecadados nas diretorias que nos precederam.
Acompanhando o
progresso da Internet, construímos, em 2001, o site do Centro Espírita Ismael (www.ceismael.com.br), onde fomos
postando artigos e ensaios, apostilas dos cursos e textos sobre administração,
ou seja, todas as experiências que acumulamos no Ismael, o que proporcionou um
estoque de conhecimentos muito útil, e que não poderia ficar oculto. Para
dimensionar, em um mês de férias escolares (07/07/2012 a 06/08/2012), tivemos
78.662 visualizações de páginas.
Tendo esse banco de dados,
postado na Internet, ocorreu-nos juntar todas essas informações em um livro,
“50 Anos do Centro Espírita Ismael: Breve Histórico (1962-2012)”, cujo
lançamento deu-se no dia 19 de agosto de 2012, durante as festividades de
aniversário dos nossos 50 anos.
Por último, só nos
resta agradecer a todos (encarnados e desencarnados) que nos auxiliaram nesta
longa empreitada. Parabéns Ismael! Que os fundamentos doutrinários do
Espiritismo possam ser multiplicados cada vez mais.
19 setembro 2012
Mecânica e Teoria Quântica
1. Mecânica é
a ciência que estuda os efeitos das forças sobre corpos ou fluidos em repouso
ou em movimento. Mecânica quântica é a área da física que
estuda a estrutura do átomo e o movimento das partículas atômicas. A mecânica
quântica refere-se aos estudos mais amplos da quântica. A teoria
quântica, proveniente dos estudos de Niels Bohr, é um termo mais estreito
do que a mecânica quântica e demonstra como os átomos irradiam luz. (1)
2. A mecânica
quântica pode ser assim compreendida: 1) no interior do
átomo, os elétrons – minúsculas partículas de carga elétrica negativa –
movem-se descrevendo órbitas em torno de um núcleo de carga positiva; 2)
cada órbita quantificada tem um valor particular de energia; 3)
esta órbita só pode modificar-se quando o átomo é perturbado. Quando uma força
age sobre o átomo, o elétron pode saltar de uma órbita mais alta para uma mais
baixa, liberando energia sob a forma de luz; 4) esta luz é liberada
sob a forma de um pequeno feixe de energia denominado quantum ou fóton.
A energia de um fóton corresponde à diferença de energia das duas órbitas entre
as quais ocorreu o salto. (1)
3. Em épocas passadas,
os cientistas acreditavam que a luz era uma onda, emitida como um fluxo
contínuo. Na mecânica quântica, a luz é um jato de fótons separados, que têm,
ao mesmo tempo, características de ondas e partículas.
4. O princípio
da incerteza, estabelecido por Heisenberg, tem muita importância para o
estudo da mecânica quântica. De acordo com este princípio, a posição e a
velocidade de uma partícula não podem ser simultaneamente medidas com precisão.
5. O princípio
da sobreposição é outro elemento capital para o entendimento da teoria
quântica. Façamo-lo através de um exemplo: pegue um pedaço de giz e quebre-o em
dois. Para a física clássica, um pedaço estaria “aqui”; o outro, “lá”.
Substituamos o giz por um elétron. No mundo quântico, não há apenas estados de
“aqui” e “lá”, mas uma vasta quantidade de outros estados que são misturas
dessas possibilidades – um pouco “aqui” e outro tanto “lá”, todos juntos. (2,
p. 35)
6. Não nos esqueçamos
do experimento da fenda dupla. Este experimento se resume em se ter
um bombardeador de elétrons que dispara um feixe contínuo de partículas. Essas
partículas colidem com uma tela em que há duas fendas. Depois
da tela com fendas, há uma tela de detecção que pode registrar a chegada dos
elétrons. Este fenômeno é um exemplo da dualidade onda/partícula do elétron. Os
elétrons que chegam um a um têm comportamento corpuscular; o padrão de
interferência coletivo resultante é comportamento ondulatório. (2, p. 36)
7. Os estudos da
física quântica podem ser aplicados em outros campos de interesse: 1) lógica
quântica. Na lógica clássica, havia a suposição do terceiro excluído. Se
dissermos que João é ruivo e que ele se encontra em casa ou no bar, esperamos
encontrá-lo num desses dois lugares. Não há meio termo entre “casa” e “não em
casa”. Com a teoria quântica, que admite a sobreposição, podemos falar em
lógica dos três valores: “verdadeiro”, “falso” e, ainda, a resposta
probabilística do “talvez” (2, p. 51 e 52); 2) a computação
quântica. A computação quântica leva em conta o princípio da sobreposição.
A computação convencional está assentada na combinação de operações binárias
(zero e um). Uma chave está ligada ou desligada. No mundo quântico, a chave
poderia estar em um estado que é uma sobreposição dessas duas possibilidades
clássicas. (2, p. 91 e 92)
8. Para
complementarmos este assunto, valhamo-nos das explicações dadas pelo Espírito
Emmanuel, em O Consolador (perguntas 15 a 26), em que afirma
que a ciência poderá estabelecer as bases convencionais da matéria, mas não a
base legítima, em sua origem divina. Acrescenta: “Sob a diretriz divina, a
matéria produz força, a força gera o movimento, o movimento faz surgir o
equilíbrio da atração e a atração se transforma em amor, identificando-se
todos os planos da vida na mesma lei de unidade estabelecida no Universo pela
sabedoria divina”. (3, pergunta 21)
Bibliografia Consultada
(1) Enciclopédia
Delta Universal
(2) POLKINGHORNE,
John. Teoria Quântica. Tradução de Iuri Abreu. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2011. (Coleção L&PM POCKET Encyclopaedia, v. 985)
3) XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.
12 setembro 2012
Funeral e Enterro
A inumação (enterrar)
e a cremação (queimar, reduzindo a cinzas) são os tipos mais
comuns de sepultamento. Há, também, o costume de se colocar o cadáver num barco
e deixá-lo no mar ou, ainda, de levá-lo para um lugar alto. Além desses, que
procuram descartar o morto, há outros que procuram guardá-lo como se estivessem
ainda vivos. É o caso do embalsamento egípcio (múmias).
Os israelitas tinham
grande apreço em enterrar os mortos. Não era por medo da intervenção deles,
pois quem morreu não vive mais. Não era por causa da celebração funerária, pois
Israel não praticava o culto aos mortos. Tratava-se de uma honra devida a todo
homem, mesmo aos inimigos. Os ritos praticados pelos judeus eram os seguintes:
fechamento dos olhos, lavar o cadáver e, pelo menos em certas épocas
posteriores, envolver o morto em um lençol. Somente por punição é que se podia
queimar o cadáver.
No cristianismo, a
fé na ressurreição se fez viva. O túmulo vazio em que Jesus fora enterrado
indica a ausência do enterrado, que havia passado à presença de Deus. O Novo
Testamento pouco fala da preocupação dos cristãos com o enterro. Jesus
repele o costume de chorar ao caixão. Pedro manda os que choravam embora pois a
morte é uma mensagem de esperança. A sobrevivência dos mortos até
a ressurreição é uma das crenças mais arraigadas na Igreja.
Em nota à pergunta 329 de O
Livro dos Espíritos, J. H. Pires diz: “O respeito pelos mortos não é apenas
um costume, como se vê, é um dever de fraternidade, que a consciência conserva
e para o qual nos alerta. Por pior que tenha sido o morto, não temos o direito
de aumentar-lhe o suplício com as nossas vibrações agressivas. A caridade nos
manda esquecer o mal e lembrar o bem, pois só assim ajudaremos o Espírito
desencarnado a superar as suas falhas e esforçar-se para evoluir. Pensando e falando
mal dele, só podemos prejudicá-lo, irritá-lo e até mesmo voltá-lo contra nós”
Respeitemos todas as cerimônias
e ritos religiosos. O importante é o apreço que todos dão aos seus entes
queridos, que se foram para o além-túmulo.
Fonte de
Consulta
IDÍGORAS, J. L. Vocabulário
Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983.
&&&
Arte Funerária Egípcia (c. 3000 a.C.) [Egito antigo]
Preservação e homenagem àqueles que se foram para a vida após a
morte.
A arte funerária egípcia foi motivada pela crença religiosa e cultural segundo a qual a vida continua após a morte, característica presente naquela sociedade desde aproximadamente 3000 a.C. Práticas como a mumificação, a criação de sarcófagos e a construção de pirâmides e tumbas eram executadas com a intenção de honrar e preservar o cadáver do falecido de forma a facilitar sua transição para a vida após a morte. Além disso, diversos objetos escolhidos com cuidado costumavam ser enterrados junto com o morto, incluindo posses ou itens mais valiosos de acordo com a riqueza e o status da pessoa em vida.
A descoberta e a investigação da arte funerária egípcia se proveram de valor imensurável para arqueólogos que buscam reconstruir a ordem e a estrutura social da civilização no Egito antigo. Procedimentos como a preservação delicada dos órgãos internos do falecido em vasos canópicos durante o processo de mumificação servem para demonstrar a natureza elaborada e complexa dos sistemas de crenças estabelecidos, assim como o poder a importância da crença em uma pós-vida mantida no decorrer de toda a antiga civilização egípcia.
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander,
Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
Cremação e Espiritismo
Os seres humanos sempre pensaram em devolver à natureza o que da
natureza é, pois na Bíblia está escrito que voltaremos ao pó da terra. O mais
comum é devolver o cadáver ao solo, enterrando-o. Contudo, há a cremação, a
colocação do cadáver nos rios ou nos mares e, também, levando-o ao alto de uma
montanha. É como devolvermos o defunto aos quatro elementos dos antigos: terra,
fogo, água e ar.
A morte tem relação com o funeral, o enterro e o cemitério. No funeral,
procuramos homenagear os mortos, obter favores dos deuses e prover os mortos
com atos considerados necessários para a vida no outro mundo. No enterro,
procuramos pôr o cadáver em algum tipo de recipiente, geralmente chamado de
esquife ou caixão. No cemitério, alojamos o cadáver em alguma sepultura.
A cremação é a ação de queimar, de reduzir a cinzas. Em se tratando do
ser humano, destruir, pelo fogo, os seus restos mortais. Isto é feito em fornos
especiais, cuja temperatura deve oscilar entre 1.100 a 1370 graus centigrados.
Como símbolo, é a destruição do inferior para que advenha o
superior, a salvação do e pelo espírito.
Inumação é o mesmo que sepultamento ou enterro. Defendida pela Igreja,
atende à combustão lenta. Para que seja higiênica, deve obedecer às normas
técnicas, como, por exemplo, terras bem porosas e sem rochas.
Estudos médicos mostram que a suposta higiene da cremação não tem
sentido quando se sabe que os terrenos para inumação podem ser bem tratados.
Segundo esses médicos, as doenças não são transmitidas pelos mortos ou mesmo
pelo ar, mas pelo ser vivente.
Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos
cadavéricos? Na resposta à pergunta 151, de O Consolador, o
Espírito Emmanuel faz-nos entender que a espera por mais tempo é preferível,
porque nas primeiras horas, ainda não foram desfeitos todos os laços sutis que
prendiam o Espírito ao corpo físico. Fala-se em esperar pelo menos 72 horas.
Para o Léon Denis, em nota de rodapé, a inumação deve ser preferida à
cremação, devido ainda à inferioridade dos seres habitantes no planeta Terra,
porque a cremação provoca um desprendimento mais rápido, mais brusco e
violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seus hábitos, gostos e
paixões. (Denis, 1995, p. 135)
DENIS, L. O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 18. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 1995
XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/crema%C3%A7%C3%A3o
&&&
Cremação (c. 3000 a.C.) [Origem desconhecida]
Prática de desfazer-se de cadáveres humanos por meio do fogo.
"Ele
é cremado. O cisne da alma enfim alça voo, e escolhe para que lado irá."
(Sir Guru Granth Sahib, Livro
sagrado sikh)
A
prática da cremação — a incineração de um cadáver — começou por volta de 3000
a.C., provavelmente na Europa e no Oriente Médio. A cremação é bem conhecida como
uma característica importante de culturas da Índia, mas sua introdução naquele
subcontinente se deu em tempos relativamente recentes, por volta de 1900 a.C.
Desde
1000 a.C. os gregos antigos queimavam os corpos dos soldados caídos em batalhas
em solo estrangeiro para que as suas cinzas pudessem ser repatriadas. Associada
desta forma com heróis, a cremação passou a ser considerada o término mais
adequado para uma vida bem vivida. Permaneceu como um símbolo de status na Roma
antiga até a expansão, a partir do século I, do cristianismo, que ensinava que
os mortos se reergueriam no fim dos tempos. Isso persuadiu os convertidos a
enterrarem os seus mortos, para que os corpos ainda existissem no Dia do Juízo
Final.
Depois
disso a cremação saiu de moda e foi proibida em alguns países. Uma das
principais objeções não religiosas consistia na possibilidade de utilizar
o método para disfarçar crimes. A atitude global em relação ao conceito
mudou no final do século XIX, em parte devido à publicação, em 1874, de Cremação: O tratamento do corpo após a morte, um livro escrito pelo cirurgião da rainha
Vitória, Sir Henry Thompson. No Japão a cremação foi legalizada em 1875; o
primeiro crematório dos Estados Unidos foi aberto em 1876; e em 1884 as cortes
britânicas declararam que era permissível dispor de cadáveres humanos por meio
desse processo.
Atualmente a cremação está muito bem estabelecida na maior parte dos países: no Japão é praticamente universal; na Grã-Bretanha e na Alemanha mais de 50% dos cadáveres são cremados. Apenas os Estados Unidos são contra a tendência: mais de 90% dos americanos ainda são enterrados.
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander,
Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
29 agosto 2012
Amai-vos e Instruí-vos
Nas palestras espíritas, ouvimos frequentemente a frase: “amai-vos e
instruí-vos”. Quem a proferiu? Onde está situada? Qual o seu alcance? Essa
frase encontra-se no capítulo VI (“O Cristo Consolador”) de O Evangelho
Segundo o Espiritismo e, mais especificamente, nas instruções dos
Espíritos, com o subtítulo “Advento do Espírito de Verdade”.
No quinto parágrafo dessas instruções, há os seguintes dizeres:
“Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos,
eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que
nele se enraizaram são de origem humana, e eis que, além do túmulo, que
julgáveis o nada, vozes vos clamam: Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o
vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade" (O Espírito de
Verdade, Paris, 1860).
Em se tratando do amor, conceito polissêmico, podemos vê-lo
sob o ponto de vista do amor egoísta (tudo nos pertence),
do amor racional (em que a razão tem grande predominância)
e do amor doação ou incondicional (aquele
ensinado por Jesus). Cabe-nos, ao longo de nossa trajetória de progresso,
passarmos do amor egoísta ao amor incondicional, em que daremos tudo sem pedir
nada em troca.
Instruir é fornecer ou adquirir conhecimentos. É educar ou treinar alguém
numa dada atividade. A instrução pode ser do tipo “bancária”, em que o
professor dá importância ao “conteúdo da matéria” e instrução
“problematizadora”, em que o professor procura formar cabeças pensantes. Há,
também, a instrução evangélica, aquela baseada na pedagogia de Jesus,
consubstanciada no ensinamento contido no relato da candeia e do alqueire.
Antes de empreender, necessário se faz definir o objetivo. O objetivo da
instrução espírita é divulgar os princípios doutrinários do Espiritismo, para
que mais pessoas possam entrar em contato com esses ensinamentos de libertação
de consciência. Para tanto, o divulgador deve se debruçar sobre as obras
básicas e complementares da Doutrina Espírita. Sem isso, assemelha-se ao falso
profeta que Jesus denunciava em seu Evangelho.
Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo,
ensina-nos que o amor resume inteiramente a doutrina de Jesus. Diz-nos que
"no início o homem não tem senão instintos; mais elevado e corrompido, só
tem sensações; mais instruído e purificado tem sentimentos; e o ponto delicado
do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol
interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas
as revelações sobre-humanas". (Kardec, 1984, p. 146)
O verdadeiro discípulo do Evangelho deve instruir amorosamente os seus
adeptos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39.
ed. São Paulo: IDE, 1984.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/amai-vos-e-instrui-vos
24 agosto 2012
Situação Inesperada: Teste para o nosso Equilíbrio
Quando menos esperamos,
surge uma dificuldade em nossa vida. Perguntamos: como isso pode acontecer
comigo? O que eu fiz? É dívida do passado? É prova? É expiação? Será que
Deus se esqueceu de mim? O inesperado ocorre com mais frequência do que o
esperado. Se tivéssemos esperado, possivelmente a ocorrência não produziria
tanto impacto. O que seria de nossa evolução sem os contratempos? Como
exercitaríamos a virtude se não aparecesse o vício? De qualquer maneira,
cabe-nos manter o equilíbrio físico e espiritual.
Em meio ao fogo
cerrado, convém refletirmos sobre nossa reação. Se simplesmente reagimos a um
fato, a um problema, não estamos vivenciando plenamente aquele momento. Em
quaisquer situações, devemos manter o domínio do leme. Nesse caso, convém
destacar que é preciso agir e não reagir. A reação mostra que somos escravos da
opinião alheia. O correto é tomarmos consciência do ocorrido e agir segundo os
ensinamentos morais do Evangelho.
Observe a seguinte
história: uma dada mulher era tida como exemplar, pois na infância obedeceu aos
pais, na escola obedeceu aos mestres, quando se casou, obedeceu ao marido,
depois aos filhos. Num dado momento de sua vida, sente uma vontade imensa de se
matar, mas ouve um sonoro NÃO de Deus. A partir daí começou a dizer não a tudo
o que não fosse essencial ao seu projeto de vida. Essa mudança de atitude
causou estranheza aos que estavam acostumados com a sua cega obediência.
Em vista disso,
deixemos as pessoas e não guardemos ressentimento de espécie alguma. Ninguém
nos deve nada, nem mesmo desculpas. O problema não está no outro, mas em nossa
avaliação do ocorrido. Para os indiferentes, tudo é normal, inclusive pisar os
seus semelhantes. Contudo, para aquele que já adquiriu conhecimentos
superiores, o menor dos males ressoa imediatamente em sua consciência, como uma
espécie de remorso
Relanceemos o olhar
sobre nós e guardemo-nos de julgar as ações alheias. Reflitamos, também, sobre
duas frases de Thomas A. Kempis: “Se Deus fora sempre o único objetivo dos
nossos desejos, não nos perturbaria tão facilmente qualquer opinião ao nosso
parecer”. “Aquilo que o homem não pode emendar em si mesmo ou nos demais, deve
ele tolerar com paciência, até que Deus disponha de outro modo. Considera que
talvez seja melhor assim, para provar tua paciência, sem a qual não têm grande
valor nossos méritos”.
Evitemos que o
ressentimento penetre em nossos pensamentos. Lembremo-nos da frase: “Estar com
Deus, mesmo que seja no inferno, é estar no paraíso”.
09 julho 2012
Anencefalia
Encéfalo. Do grego enkephalos,
que está dentro da cabeça. O conteúdo da caixa craniana, isto é, cérebro,
cerebelo, pedúnculo, protuberância e bulbo. Anencefalia.
Monstruosidade caracterizada pela ausência total do encéfalo. É quase sempre
acompanhada de acrania. Anencefaliano. Med.
Monstro privado de encéfalo. Os anencefalianos compreendem dois grupos:
os anencéfalos aos quais falta o cérebro e a espinhal medula,
e os direncéfalos, aos quais falta apenas o cérebro. Entre estas
duas formas há outras de transição: os pseudencéfalos e os exencéfalos.
Na segunda quinzena
de abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal legalizou o aborto do feto
anencéfalo. Embora tenha sido aprovado por 8 votos a favor e dois contra, houve
um viés, pois o Supremo Tribunal Federal legislou, matéria esta que deveria ser
deixada a cargo do Poder Legislativo. Uma vez aprovado, devemos obedecer e
respeitar a lei.
Como o aborto do anencéfalo pode ser visto segundo a Doutrina Espírita? Para o Espiritismo, o acaso não existe. Todo nascimento é uma prova para os pais e para os filhos. Prova essa que ajuda no crescimento espiritual de ambos. Interromper a gravidez porque a lei permite será um inconveniente para o progresso desse ser junto a uma família, mesmo que seja por minutos, horas ou dias.
Para mais informações, assista aos vídeos do programa do Centro Espírita Ismael, denominado "Minutos com a Doutrina":
07 julho 2012
Paixão
Paixão — Do grego pathos, sofrer, suportar.
Significa o estado "passivo" do ser humano, contraposto aos fenômenos
da atividade. Uma das dez categorias de Aristóteles, designa o fato de sofrer a
ação de um agente exterior. As paixões podem ser: a) superiores ou racionais
(busca do saber, do verdadeiro); ) inferiores ou sensíveis (comida, bebida,
sexo).
A paixão é
um fenômeno psicológico complexo, onde a sua caracterização é feita por
comparação com a inclinação e o sentimento. A
inclinação é primitiva e inata, permanente, mais ou menos vaga e geral; o
sentimento é também natural. A paixão é um sentimento, mas que se tornou
tirânico, egoísta e centrado num único objeto de desejo, deixando o seu
possuidor indiferente a tudo que o rodeia.
A base da paixão é biológica,
mas não podemos reduzi-la a uma mecânica fisiológica, pois entram em
cena os aspectos psicológicos (temperamento, vontade e
imaginação, incluindo a exploração do inconsciente) e sociais (educação
recebida, os exemplos, os costumes e o meio frequentado), que ajudam a
desenvolver as predisposições hereditárias. As paixões afetam o homem como
um todo (orgânico e psicológico). É no psiquismo, contudo, que a
influência é mais larga, pois transforma o apaixonado numa espécie de
"possesso", a ponto de dizer: "Viver uma paixão é demais",
"É coisa de louco".
Em se tratando de uma comparação
entre emoção e paixão, podemos dizer que a emoção
é um estado da mesma natureza que o sentimento, porém de maior complexidade,
pois é excitada por um complexo ideológico. A paixão, por seu lado, é a reação
às emoções, produzidas por causas externas e internas. Inicialmente passiva,
torna-se ativa quando espontaneamente a eles adere e passa a cooperar com
eles.
Por falar em paixão,
lembremo-nos da Paixão de Cristo. É a narração desde a agonia de
Jesus no Getsêmani até à sepultura. É o evento central da história da Salvação
e a consumação dos atos salvíficos de Deus. Em linhas gerais, é a conspiração
dos sacerdotes, a traição de Judas, a ceia, o processo diante dos sacerdotes e
de Pilatos, a crucificação, a sepultura etc. Em seu relato, o apóstolo Marcos
quis salientar a eficácia da morte de Jesus, no sentido de libertar o homem do
pecado.
De acordo com a Doutrina
Espírita, a paixão, sendo natural, não é má em si mesma. “A
paixão está no excesso provocado pela vontade, pois o princípio foi dado ao
homem para o bem e as paixões podem conduzi-lo a grandes coisas. O abuso a que
ele se entrega é que causa o mal”. Uma paixão se torna perniciosa
justamente no momento em ela deixa de ser governada e passa a nos governar. A
paixão está no exagero da emoção ou do sentimento. Ela se apresenta como efeito
e não como causa.
O ser humano poderia,
pelos seus próprios esforços, vencer as paixões. Falta-lhe, contudo, a vontade.
Para vencer a “cristalização progressiva” e o “desencadeamento fulminante”,
nada melhor do que a prática da abnegação.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Livro dos
Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995 (perguntas 907 a 912).
ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE
CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]
01 julho 2012
Coração
Coração. Órgão muscular oco,
situado no tórax, e que constitui o elemento motor central da circulação do
sangue. Desde tempos remotos, o coração é apresentado como a sede da alma, do
sentimento, da coragem, da consciência e da razão. Já no antigo mito
mesopotâmico, “o medo da morte se aloja no coração”, e leva Gilgamesh a procurar
pela erva da imortalidade. No embalsamento egípcio, todos os órgãos internos
eram retirados, menos o coração, que permanecia em seu lugar.
Na antiguidade, o
coração era o símbolo da vida mental, da vida afetiva, da vida interior e da
personalidade integral do homem. A partir do século VI a.C., na Grécia, em que
a filosofia deixou de ser mítica para se tornar racional, também começou a
distinguir os campos de ação do intelecto e do sentimento. O coração vai
condividir com o cérebro o privilégio de ser o centro principal do ser humano.
Durante a Idade
Média, o coração, sem deixar de ser símbolo da coragem, passa a ser, sobretudo,
símbolo do Amor. É troca e compenetração dos corações – do amor-sensualidade ao
amor-sensibilidade e deste em amor-idealidade. Mas, “para os poetas provençais,
o coração é o lugar onde o amor se concentra. É nele que penetra a flecha –
o raio luminoso – e é nele que ela se fixa: os sentidos são apenas as portas do
coração. Por isso, o amor recíproco só pode existir quando a mesma flecha
atravessou os dois corações”.
Se tomarmos
verticalmente o ser humano, veremos que há três pontos principais: o cérebro, o
coração e o sexo. Mas o central é o coração e, por esta condição, concentra os
outros dois. Ele adquire o sentido de eternidade (todo centro é
símbolo de eternidade, dado que o tempo é movimento externo da roda das coisas
e, no meio, encontra-se o “motor imóvel” segundo Aristóteles).
Na filosofia, na
religião e no Espiritismo, há muitas frases sobre o coração. Vejamos algumas
extraídas da Doutrina Espírita: “A
amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeito nos corações amigos, sabe
amá-los e entendê-los mesmo assim. A arte de ouvir é, também, a ciência de
ajudar” (Joanna de Ângelis); “A paz
legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia”
(Joanna de Ângelis); “Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo. O
coração que socorremos converter-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso
favor. Ajudando seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a lei Divina” (do
livro: Jesus no Lar).
Todo excesso é prejudicial. Procuremos equilibrar cérebro e coração. Agindo assim, vamos edificando o reino de Deus dentro dos nossos corações e, com isso, acumulando provisões para auxiliar os corações alheios.
08 junho 2012
Útil, Inútil e Espiritismo
O "útil"
caracteriza-se pela intermediação, vale por tudo aquilo a que se dirige,
não por si mesmo. A criação e a renovação constante são seus atributos.
Constroem-se máquinas e equipamentos com a finalidade de aumentar produção
e produtividade. O produzir por produzir gera angústia, pois não se divisa o
"para que" produzir.
O "inútil",
em se tratando de um fim em si mesmo, caracteriza-se pela perfeição e pela
liberdade. Nesse sentido, a existência lúdica, a estética e a
especulação intelectual desinteressada tornam-se uma necessidade,
porque distanciam-nos dos aspectos práticos da vida. A contemplação de
uma boa música ou de uma obra de arte pode levar-nos ao êxtase.
O útil relaciona-se
ao progresso material; o inútil, ao progresso moral. Como podemos vê-los sob a
ótica espírita? Allan Kardec, ao tratar da Lei do Progresso, diz-nos que
os povos não podem ficar eternamente no estado natural. Afirma-nos,
ainda, que conforme as civilizações tornam-se complexas, o homem tem de
descobrir novos meios de produção, a fim de atender às suas
necessidades, que também se ampliam. Portanto, o útil, em si mesmo, não é
fator negativo.
Por outro lado,
esclarece-nos que devemos dosar progresso técnico e progresso
moral. É difícil os dois caminharem juntos. O progresso material vem à frente,
para desenvolver a inteligência. Esta, depois, terá condições de
escolher entre o bem e o mal. Optando pelo bem, sabe-se o que se
produz e para que finalidade. O produzir por produzir deixa de existir.
A Mente, refletida pelos postulados espíritas, cria condições de conduzir nossas ações para o meio-termo. Possuamos a máquina, mas não nos deixemos possuir por ela.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/%C3%BAtil-e-in%C3%BAtil
23 maio 2012
Crianças-Prodígio
Criança é o ser
humano na infância, pessoa jovem. Diz-se, também, das pessoas adultas que agem
como se fossem crianças. Para casos fora do normal, existem terminologias como
“criança autista” (criança extremamente retraída), “criança problema” (criança
cujo comportamento se afasta dos padrões normais aceitáveis) e
“criança-prodígio” (criança que apresenta quociente de inteligência elevado).
Alguns autores
preferem o termo criança bem-dotada em vez de criança-prodígio,
havendo também as discriminações criança-excepcionalmente superior (para
diferenciar da excepcional retardada) e criança precoce.
Léon Denis, no item
15 da 2.ª parte (“As vidas sucessivas. As crianças-prodígio e a
hereditariedade”) do livro O Problema do ser, do Destino e da Dor,
cita-nos alguns exemplos de crianças-prodígio. Entre eles, estão: 1) William Hamilton estudava o hebraico aos 3 anos, e aos
7 possuía conhecimentos mais extensos do que a maior parte dos candidatos ao
magistério; 2) Willy Ferreros, com 4 anos e meio dirigia com maestria a
orquestra do “Folies-Bergêre”, de Paris e depois a do Cassino de Lyon.
Léon Denis explica
esses fenômenos: “O trabalho anterior que
cada Espírito efetua pode ser facilmente calculado, medido pela rapidez com que
ele executa de novo um trabalho semelhante, sobre um mesmo assunto, ou também
pela prontidão com que assimila os elementos de uma ciência qualquer. Deste
ponto de vista, é de tal modo considerável a diferença entre os indivíduos, que
seria incompreensível sem a noção das existências anteriores.”
Qual
é a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo
prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos como as línguas, o
cálculo etc.? (Pergunta 219 de O Livro dos Espíritos). Resposta:
“Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas do que ela mesma não tem
consciência. De onde queres que elas venham? Os corpos mudam, mas o Espírito
não muda, embora troque de vestimenta”.
Deste pequeno estudo, verificamos que o elemento básico para a compreensão do tema “criança-prodígio” é a REENCARNAÇÃO. Raciocinando com este princípio, conseguimos refutar as teses da hereditariedade, entre outras.
11 maio 2012
Parábola dos Lavradores Maus
«Depois começou Jesus a falar-lhes
por parábolas. Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou ali um
lagar, edificou uma torre e arrendou-a a uns lavradores, e partiu para outro
país. No tempo da colheita enviou um servo aos lavradores, para receber deles
do fruto da vinha; mas eles, agarrando-o, o açoitaram e mandaram embora sem
coisa alguma. Tornou a enviar-lhes outro servo; e a este o feriram na cabeça, e
o carregaram de afrontas. Enviou ainda outro, e a este mataram; e enviou muitos
outros, a alguns dos quais açoitaram e a outros mataram. Restava-lhe ainda um,
o seu filho amado; a este enviou por último, dizendo: Terão
respeito a meu filho. Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este
é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e a herança será nossa. Agarrando-o,
mataram-no e lançaram-no fora da vinha. Que fará o senhor da vinha? Virá e
exterminará os lavradores e entregará a sua vinha a outros”. (Mateus 21, 33-42;
Marcos 12, 1-9; Lucas 20, 9-16)
É a
história de um fazendeiro que planta uma vinha e deixa-a a cargo de seus
lavradores, que falham em seu dever.
No
enredo, o proprietário preocupou-se com os mínimos detalhes para que a produção
não se perdesse: sebe, lagar e torre. Em termos religiosos, são as instruções
da boa nova, claras e cristalinas, que não foram absorvidas.
Os lavradores maus
são os fariseus e os sumo-sacerdotes, que falharam na sua missão de expandir os
ensinamentos de Jesus. Foi contada para as pessoas presentes no Templo de
Jerusalém durante a última semana antes da morte de Jesus.
Os servos enviados
pelo senhor são o profetas do Antigo Testamento e os apóstolos que continuaram
suas tarefas. No Velho Testamento, Elias, Eliseu, Daniel e Moisés
sofreram duras provações. No Novo Testamento, João Batista foi
degolado; Estêvão, lapidado; Paulo, Pedro e Tiago, martirizados. Esses
sofrimentos e mortes foram impostos pelas mãos dos “Maus Lavradores”.
Jesus Cristo é o
filho do proprietário. Acabou sofrendo martírio na cruz. E, de acordo com as
previsões da Parábola, os tais sacerdotes se apossaram da herança com a qual se
locupletam fartamente, deixando a Seara abandonada e a Vinha sem frutos para o
Proprietário.
A parábola termina
com uma frase profética: “Que fará o senhor da vinha? Virá e exterminará os lavradores e entregará a sua
vinha a outros”. O que se pode
entender? Quando uma verdade nos é revelada, mas não a divulgamos, e havendo
necessidade de sua propagação, os Espíritos benfeitores da humanidade procuram
outras pessoas para fazê-lo. Exemplo: com a destruição da Palestina,
os judeus tiveram que se dispersar pelo mundo. O Reino de Deus, pelas obras dos
apóstolos, passou a outros povos.
Explicação
de alguns termos:
Vinha -
Nas religiões que cercavam a antiga Israel, a videira passava por ser uma
árvore sagrada, até mesmo divina, e seu produto o vinho, como bebida dos
deuses.
Sebe -
Vedação feita de ramos ou varas entrelaçadas.
Lagar -
Local com todos os petrechos para a fabricação de vinho.
Torre -
Grande edifício com proteção contra os ataques inimigos.
Frutos - Fé e obras caridosas que se esperavam do povo judeu.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/par%C3%A1bola-dos-lavradores-maus
09 maio 2012
Adoção e Espiritismo
Adoção. Do latim adoptio, do verbo adoptare, escolher,
adotar. Dir. Ato jurídico que cria entre duas pessoas vínculo de
parentesco civil semelhante ao da paternidade e filiação legítimas. É o ato de tomar o filho do outro como sendo seu. Em se tratando do Código Civil, os artigos 134 e 375 lembram-nos
de que só os maiores de trinta anos podem adotar e o adotante há de ser, pelo
menos, dezesseis anos mais velho que o adotado. Diz-nos, também, que ninguém
pode adotar, sendo casado, senão decorridos cinco anos após o casamento.
A responsabilidade
moral do casal que adota um filho obriga seus cônjuges a dispensar
amor, educação e cuidados aos filhos adotivos, como se eles fossem nascidos
daqueles que o adotaram.
Os dois lados da mesma moeda.
Pais entregam seus filhos para serem adotados por não poderem sustentá-los
adequadamente; outros não são casados e preferem não criar o filho. Casais
adotam filhos por causa da impossibilidade de ter filhos. No Brasil, um casal
sem filhos há mais de cinco anos pode adotar uma criança. Em alguns lugares
existem leis que proíbem que a identidade dos pais verdadeiros seja revelada, e
vice-versa.
Para a psicóloga Márcia Fuga, a impossibilidade de ter filhos biológicos gera,
no casal, o desejo de adotar uma criança, pois o filho traz a sensação de
valorização, a oportunidade de produzir coisas boas, de poder trocar afeto. Quando
o casal aventa a possibilidade de adotar uma criança, aí começa a gestação
emocional, que é toda a preparação psicológica para trazer ao lar um ser de
outro casal.
Em se tratando do Espiritismo,
o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, diz-nos que o
corpo procede do corpo, mas o Espírito, não. Eis aí uma forte razão para se
adotar uma criança. O Espiritismo ensina-nos, também, que todos somos filhos de
um mesmo Pai. Não somos donos nem do nosso próprio corpo. Por isso, o espírita
que se propõe a adotar uma criança deverá dar-lhe a mesma educação e os mesmos
cuidados que dispensaria ao seu filho natural.
Ao se adotar uma criança, vem à
mente se não é dívida do passado. Isso pode ocorrer, porque o acaso não existe:
pais abandonam seus filhos; maltratam-se
reciprocamente; provocam aborto... Tudo isso fica registrado
na contabilidade divina, e que deverá ser ressarcido. O que não podemos admitir é que toda adoção é dívida do passado. Podemos
também fazê-lo por um gesto de amor incondicional, para o engrandecimento de
nossa alma.
Tendo condições morais e
financeiras, adotemos uma criança, dando-lhe educação adequada, procurando
desviá-la da porta larga das drogas e do crime.
13 abril 2012
Santíssima Trindade
23 março 2012
Esperança e Religião
A esperança consiste no desejo de um bem futuro. Quando
o bem futuro é o Reino de Deus, ela transforma-se numa virtude
religiosa. A esperança é essencial para a vida do homem. Isto porque a vida
humana não se restringe a um dia, mas a um processo, longo e duradouro. A
esperança pressupõe o encontro com o outro. Dentre as esperanças, há a grande
esperança, que é o encontro com Deus, abrangendo toda a nossa vida.
Nós, seres humanos, precisamos sonhar, imaginar o futuro, mesmo sabendo
que muitos desses sonhos não se realizarão. O marxismo critica o cristianismo;
acha que este é o ópio do povo, porque os seus adeptos transferem o gozo
presente pelo gozo futuro, quando estarão no Reino do Céu. Mesmo
recebendo muitas críticas, o cristão verdadeiro continua a ter esperança, pois
sonhar é viver.
Esperança não é segurança. Desalentado, o homem procura substituir a esperança pela segurança: prova disso são o auxílio-doença, o seguro-desemprego e a aposentadoria. Esses auxílios nos fornecem uma garantia financeira, mas não criam a esperança. A esperança é liberdade, é a espontânea aceitação do futuro, com seus riscos, dissabores e, também, alegrias.
Todo o Antigo Testamento constitui uma história da esperança, pois Israel sempre esperou o Deus que lhe desse a salvação universal, que é o reino de Deus. Abraão já abençoava os futuros povos. Os profetas pregavam contra as falsas esperanças: a força, o dinheiro, a riqueza e o poder. Deus viria testemunhar a justiça, trazer-nos a esperança e elucidar-nos sobre a transformação interior.
A mensagem de Cristo também se concentra na esperança,
tendo por base a pregação do Reino de Deus. Ainda: “Jesus, na condição de
mestre divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente,
que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é
um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor” (1).
Fonte de Consulta
IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina.
São Paulo: Paulinas, 1983
(1) XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971. (cap. 75)
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ChatGPT (15/05/2023)
Esperança e religião estão frequentemente relacionadas, pois a religião muitas vezes oferece uma fonte de esperança para as pessoas. A esperança pode ser definida como a crença otimista de que algo desejado acontecerá ou que as coisas melhorarão. A religião, por sua vez, pode fornecer esperança de várias maneiras:
Significado e propósito: A religião muitas vezes oferece respostas e significado para perguntas fundamentais sobre a vida, como a origem, o propósito e o destino do ser humano. Acreditar em uma ordem divina ou em um plano maior pode dar esperança de que existe um propósito para as experiências e desafios da vida.
Vida após a morte: Muitas religiões ensinam a existência de uma vida após a morte ou de uma realidade espiritual além do mundo material. Essa crença pode proporcionar esperança de que a morte não é o fim absoluto e de que há uma continuidade da existência após a morte.
Providência divina: A crença em uma divindade benevolente pode oferecer esperança de que há um ser superior que cuida e se preocupa com as pessoas. Acreditar que um poder superior está envolvido nas circunstâncias da vida e que pode intervir para trazer ajuda e conforto pode trazer esperança em momentos difíceis.
Orientação moral e valores: As religiões geralmente fornecem um conjunto de princípios éticos e morais que orientam o comportamento humano. Esses valores podem oferecer esperança de que, ao seguir um caminho virtuoso e agir de acordo com as normas religiosas, as pessoas possam alcançar a paz, a felicidade e uma vida significativa.
Comunidade e apoio: A participação em uma comunidade religiosa pode oferecer um senso de pertencimento, apoio social e cuidado mútuo. Esse senso de comunidade e conexão pode trazer esperança de que as pessoas não estão sozinhas em suas lutas e dificuldades, e que há uma rede de suporte disponível para ajudar.
É importante ressaltar que a relação entre esperança e religião é complexa e pode variar de pessoa para pessoa. Nem todas as pessoas têm uma fé religiosa ou encontram esperança por meio da religião. A esperança também pode ser encontrada em outras fontes, como relacionamentos, conquistas pessoais, objetivos futuros, entre outros. A experiência de esperança é individual e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a espiritualidade e a fé religiosa.