Neste texto,
faremos um resumo da “Conclusão”, de O Livro
dos Espíritos, de Allan Kardec.
Fenômeno das mesas girantes. Observando
atentamente o fenômeno das mesas girantes, Allan Kardec pode, com a aplicação do
método teórico-experimental, descobrir os princípios fundamentais da Doutrina
Espírita.
O
maravilhoso e o sobrenatural. Allan Kardec mostra que os
fenômenos sobre os quais se apoia só tem de sobrenatural a aparência. Todos os
fenômenos espíritas, sem exceção, são consequências de leis naturais.
Fé no
futuro. Demonstrando a imortalidade da alma, Allan Kardec reaviva o
futuro, reergue os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes
da vida.
A lei de
justiça, amor e caridade. Essa lei se funda sobre a certeza do futuro.
Tirai essa certeza e tirareis a sua pedra angular. Dessa lei deriva todas as
outras, porque ela encerra todas as condições da felicidade humana.
Os três
períodos do desenvolvimento da ideia espírita. O desenvolvimento dessas
ideias apresenta três períodos distintos: o primeiro é o da curiosidade
provocada pela estranheza dos fenômenos; o segundo é o do raciocínio e da
filosofia; o terceiro, o da aplicação e das consequências.
Sobre a oposição
às ideias espíritas, os Espíritos têm dito: “Não vos inquieteis com a oposição, tudo o que fizerem contra se
tornará em vosso favor e os vossos
maiores adversários servirão à vossa causa sem o querer. Contra a vontade
de Deus a má vontade dos homens não poderá prevalecer.”
Força do
Espiritismo. A força do Espiritismo não está no fenômeno, mas na sua
filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom senso. O Espiritismo não é obra de
um homem. Ninguém se pode dizer seu autor porque ele é tão antigo quanto a
Criação; encontra-se por toda parte, em todas as religiões...
Três aspectos
diferentes da manifestação do Espiritismo. O Espiritismo se
apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios
de filosofia e moral que delas decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí
as três classes ou antes os três graus de adeptos: 1.º) os que creem nas
manifestações e se limitam a constatá-las: para eles é uma ciência de
experimentação; 2.º) os que compreendem as suas consequências morais; 3.º) os
que praticam ou se esforçam por praticar essa moral.
A moral
do Espiritismo. A moral do Espiritismo não é superior à moral do Cristo. O que o
Espiritismo nos proporciona é maior clareza desses ensinamentos, muitas vezes
obscurecidos pelos dogmas que se foram criando ao longo do tempo.
Divergências de opinião sobre certos aspectos
da Doutrina.
De acordo com Allan Kardec, os Espíritos sempre o aconselharam a
não se inquietar com essas divergências, pois que a unidade se faria: ora, a
unidade já se fez sobre a maioria das questões e as divergências tendem a
desaparecer cada dia.
Escutemos sobre este assunto, para
terminar, os conselhos de Santo Agostinho:
—
“Durante muito tempo os homens se estraçalharam e se anatematizaram em nome de
um Deus de paz e de misericórdia, ofendendo-o com um tal sacrilégio. O
Espiritismo é o laço que os unirá um dia porque lhes mostrará onde está a
verdade e onde está o erro. Mas ainda por muito tempo haverá escribas e
fariseus que o negarão, como negaram o Cristo. Quereis, pois, saber sob
influência de que Espíritos estão as diversas seitas que se repartem o mundo?
Julgai-as pelas suas obras e pelos seus princípios. Jamais os bons Espíritos
foram instigadores do mal; jamais aconselharam ou legitimaram o assassínio e a
violência; jamais excitaram o ódio dos partidos nem a sede de riquezas e
honrarias, nem a avidez dos bens terrenos. Somente os bons, humanos e
benevolentes para com todos são os seus preferidos, como são também os
preferidos de Jesus porque seguem a rota indicada para levar a Ele. — Santo
Agostinho.
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