29 junho 2008

Desperdício e Espiritismo

O Planeta Terra, com 510.934.000 kmde área e 149.500.000 km distante do Sol, está localizado na órbita ideal para a manifestação da vida. Se mais próximo do Sol, estaria muito quente; se distante, muito frio. Forma um ecossistema único e finito, imerso no vento solar. Possui, ainda, um campo magnético que o defende de partículas de alta velocidade, vindas do Sol e do Cosmo.

Cientistas do mundo todo vêm se preocupando com o impacto que o homem exerce sobre a natureza. Sua medida está relacionada com o consumo energético de kcal/dia. Na fase de caçador/coletor, consome 2.600 kcal para uma população de três milhões de pessoas. O fator de impacto é igual a 1. Ao longo do tempo, com o crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico, a pressão sobre o meio ambiente aumenta sobremaneira. Dados de 1986 estimam o consumo energético médio em 31.816 kcal/dia, o que nos dá, com a população de cinco bilhões, o escore de 20.394 na tabela de impacto.

A terra, as plantas, os animais e os homens constituem o ecossistema. Somos parte de uma vasta gama de inter-relações, onde uma espécie alimenta-se da outra para sobreviver. O homem encontra-se no final dessa cadeia transformadora. Cabe-lhe a responsabilidade da defesa e preservação ambiental, a fim de manter o equilíbrio do Planeta.

Desperdício é o gasto inútil de bens e serviços que acarreta prejuízos para o indivíduo e a coletividade. Exemplo: luzes acesas sem ninguém no local; mangueira correndo água, enquanto se ensaboa o carro; preparação de alimento superior à quantidade que se pode consumir. Pode ser fruto da ignorância ou da utilização consciente do livre-arbítrio. Se já temos condições de saber o que é o bem, mais severamente punidos seremos se optarmos pelo mal.

Allan Kardec, ao tratar em O Livro dos Espíritos, das Leis de Conservação e de Destruição oferece-nos subsídios para avaliarmos a questão. Diz-nos que toda a destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação das leis de Deus; que a fome é fruto da imprevidência e que o egoísmo cria as necessidades artificiais. Propõem-nos o desapego aos bens materiais como condição fundamental da evolução humana.

A reflexão sobre as Leis Morais amplia a nossa visão de mundo. O poder de interpretar corretamente a realidade é a ideia-força capaz de transformar a sociedade, impulsionando-a para a prática do bem e do amor ao próximo.

Fonte de Consulta

RODRIGUES, S. DE A. O Homem e Equilíbrio. O Homem e o Ambiente no Espaço e no Tempo. 6. Ed., São Paulo, Atual, 1989 (Série meio-ambiente)

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.


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