Jesus –
de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração
de Jehoxuá, isto é, "Jeová ajuda ou é salvador". Cristo -
do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá,
escolhido ou ungido.
Os Judeus, pelas afirmações dos profetas em seus
livros sagrados, estavam cientes de que se aproximava a vinda do Messias
para salvar o Mundo. A uns e a outros eram fornecidas inspirações, avisos sobre
este fato. A idéia de um messias geralmente atribuída ao Judaísmo, é
historicamente anterior e encontra-se em outras crenças, entre vários povos.
Ela é explicada, porém, com base na concepção de um passado remoto em que os
homens teriam vivido situação melhor e que voltaria a existir pela mediação
entre os homens e a divindade, de um Salvador.
Jesus é Deus? É Filho de Deus? É Filho do
homem? Jesus não pode ser Deus, porque são duas coisas distintas.
Deus é o criador, o ponto de partida. Todos nós somos, juntamente com Jesus,
filhos desse Pai. Filho de Deus é, porque todos nós o
somos. Filho de Deus, contudo, tem outra acepção: no Antigo
Testamento, é todo o povo escolhido que Iavé ama como um pai ama o seu filho.
Em se tratando do Novo Testamento, constitui uma atribuição feita pela Igreja
nascente ao ressuscitado. Filho do homem quer dizer
simplesmente um homem ou alguém. É uma das poucas
designações em que Jesus atribuiu a si mesmo.
A afirmação de que Jesus é filho de Deus não resiste à crítica histórica. Na
atualidade, a ciência histórica moderna quis se desvencilhar da tradição. No
âmbito da religião, Lutero quis isolar-se da tradição para atingir o Solus Christos.
A sua atitude, porém, não é radical, pois admite a tradição dos primeiros
séculos da Igreja. Esta é a questão hermenêutica por
excelência: como conciliar o Cristo histórico, se Ele, no presente, não está
mais integrado na tradição?
Se quisermos adotar, na perspectiva da crítica
histórica atual, o ponto de partida mais sólido, para o conhecimento de Jesus
Cristo, teremos de escolher os acontecimentos ligados à sua prisão, julgamento
e execução na cruz. Daí, tiramos conclusões hermenêuticas para
a sua correta interpretação. Por que aquele desfecho e não outro? A terceira
razão, a execução na cruz, recomenda uma cristologia da cruz: a
cruz permite-nos entender como o significado e ministério de Jesus Cristo é
salvação deste mundo através de um julgamento que abrange todos os responsáveis
pela sua morte e se exerce, não pela força das armas que matam, mas pelo
testemunho da verdade e do amor que leva à doação da própria vida (martyria).
O Espírito Emmanuel, no capítulo I de A
Caminho da Luz, diz-nos que "Na direção de todos os fenômenos, do
nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor
Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de
todas as coletividades planetárias". Acrescenta que Jesus é um dos membros
divinos dessa comunidade de seres angélicos e perfeitos. Em outras palavras,
Jesus é o governador espiritual do Planeta Terra. Todos os outros Espíritos de
luz devem obediência a Ele. É por esta razão que todos os enviados do infinito
falaram na China milenar, no Egito, na Pérsia etc. Entre os judeus
a ideia do Messias Salvador surge entre os séculos IV e III a.C.
pela literatura profética. É o ungido, o enviado de Iavé com a missão de instaurar
o reino de Deus no mundo
Há várias afirmações acerca de Jesus:
"Jesus é o mensageiro divino enviado aos
homens para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação".
"Jesus era médium de
Deus".
"Jesus é o ser mais puro que até hoje se
manifestou na Terra".
"Jesus é o autêntico Redentor da
Humanidade".
"Jesus Cristo é o Príncipe da paz".
"Jesus é a pedra angular do
Cristianismo".
"Jesus é o Mestre por excelência".
"Jesus é a nossa porta: atravessamo-la,
seguindo-Lhe as pegadas".
"Jesus é o nosso Divino Amigo".
"Jesus é o Messias, o Príncipe da Vida, o Salvador
do mundo".
"Jesus é o Verbo, que "se fez carne e
habitou entre nós"". (Equipe da FEB, 1997)
A relação entre Jesus e Deus pode ser expressa nos seguintes termos:
"Jesus sempre esteve com Deus. E Deus, por sua
vez, sempre esteve com Jesus. A vontade de um sempre foi a do outro".
"São um pelo pensamento – uma vez que tudo
quanto o Cristo realizava e realiza ainda é sob a inspiração direta de
Deus".
"A alma puríssima de Jesus é o cristalino
espelho onde a vontade do Senhor dos Mundos se reflete soberana e
misericordiosa".
"Deus é o Pai, Jesus é o Filho".
"Deus é o Soberano Universal, Causa Primária
de todas as coisas, Inteligência Suprema do Universo, como o define o Espiritismo.
Jesus é o seu embaixador na Terra".
"Deus criou o Universo, que é a soma, a
reunião, o conjunto de todos os mundos, galáxias, constelações, sistemas
planetários. Jesus, seu enviado, presidiu a formação do orbe terrestre, daí ter
afirmado: – "Sou o princípio de todas as coisas, eu que vos
falo"".
"Deus governa o Universo, de que a Terra é
minúsculo departamento. Jesus é o mandatário do Pai neste mundo". (Equipe
da FEB, 1997)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z.
Rio de Janeiro: FEB, 1995.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA.
Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]
POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/jesus-cristo
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