10 junho 2009

Jesus Cristo

Jesus – de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração de Jehoxuá, isto é, "Jeová ajuda ou é salvador". Cristo - do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá, escolhido ou ungido.

Os Judeus, pelas afirmações dos profetas em seus livros sagrados, estavam cientes de que se aproximava a vinda do Messias para salvar o Mundo. A uns e a outros eram fornecidas inspirações, avisos sobre este fato. A idéia de um messias geralmente atribuída ao Judaísmo, é historicamente anterior e encontra-se em outras crenças, entre vários povos. Ela é explicada, porém, com base na concepção de um passado remoto em que os homens teriam vivido situação melhor e que voltaria a existir pela mediação entre os homens e a divindade, de um Salvador.

Jesus é Deus? É Filho de Deus? É Filho do homem? Jesus não pode ser Deus, porque são duas coisas distintas. Deus é o criador, o ponto de partida. Todos nós somos, juntamente com Jesus, filhos desse Pai. Filho de Deus é, porque todos nós o somos. Filho de Deus, contudo, tem outra acepção: no Antigo Testamento, é todo o povo escolhido que Iavé ama como um pai ama o seu filho. Em se tratando do Novo Testamento, constitui uma atribuição feita pela Igreja nascente ao ressuscitado. Filho do homem quer dizer simplesmente um homem ou alguém. É uma das poucas designações em que Jesus atribuiu a si mesmo.

A afirmação de que Jesus é filho de Deus não resiste à crítica histórica. Na atualidade, a ciência histórica moderna quis se desvencilhar da tradição. No âmbito da religião, Lutero quis isolar-se da tradição para atingir o Solus Christos. A sua atitude, porém, não é radical, pois admite a tradição dos primeiros séculos da Igreja. Esta é a questão hermenêutica por excelência: como conciliar o Cristo histórico, se Ele, no presente, não está mais integrado na tradição?

Se quisermos adotar, na perspectiva da crítica histórica atual, o ponto de partida mais sólido, para o conhecimento de Jesus Cristo, teremos de escolher os acontecimentos ligados à sua prisão, julgamento e execução na cruz. Daí, tiramos conclusões hermenêuticas para a sua correta interpretação. Por que aquele desfecho e não outro? A terceira razão, a execução na cruz, recomenda uma cristologia da cruz: a cruz permite-nos entender como o significado e ministério de Jesus Cristo é salvação deste mundo através de um julgamento que abrange todos os responsáveis pela sua morte e se exerce, não pela força das armas que matam, mas pelo testemunho da verdade e do amor que leva à doação da própria vida (martyria).

O Espírito Emmanuel, no capítulo I de A Caminho da Luz, diz-nos que "Na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias". Acrescenta que Jesus é um dos membros divinos dessa comunidade de seres angélicos e perfeitos. Em outras palavras, Jesus é o governador espiritual do Planeta Terra. Todos os outros Espíritos de luz devem obediência a Ele. É por esta razão que todos os enviados do infinito falaram na China milenar, no Egito, na Pérsia etc. Entre os judeus a ideia do Messias Salvador surge entre os séculos IV e III a.C. pela literatura profética. É o ungido, o enviado de Iavé com a missão de instaurar o reino de Deus no mundo

Há várias afirmações acerca de Jesus:

"Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação".

"Jesus era médium de Deus".

"Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra".

"Jesus é o autêntico Redentor da Humanidade".

"Jesus Cristo é o Príncipe da paz".

"Jesus é a pedra angular do Cristianismo".

"Jesus é o Mestre por excelência".

"Jesus é a nossa porta: atravessamo-la, seguindo-Lhe as pegadas".

"Jesus é o nosso Divino Amigo".

"Jesus é o Messias, o Príncipe da Vida, o Salvador do mundo".

"Jesus é o Verbo, que "se fez carne e habitou entre nós"". (Equipe da FEB, 1997)

A relação entre Jesus e Deus pode ser expressa nos seguintes termos:

"Jesus sempre esteve com Deus. E Deus, por sua vez, sempre esteve com Jesus. A vontade de um sempre foi a do outro".

"São um pelo pensamento – uma vez que tudo quanto o Cristo realizava e realiza ainda é sob a inspiração direta de Deus".

"A alma puríssima de Jesus é o cristalino espelho onde a vontade do Senhor dos Mundos se reflete soberana e misericordiosa".

"Deus é o Pai, Jesus é o Filho".

"Deus é o Soberano Universal, Causa Primária de todas as coisas, Inteligência Suprema do Universo, como o define o Espiritismo. Jesus é o seu embaixador na Terra".

"Deus criou o Universo, que é a soma, a reunião, o conjunto de todos os mundos, galáxias, constelações, sistemas planetários. Jesus, seu enviado, presidiu a formação do orbe terrestre, daí ter afirmado: – "Sou o princípio de todas as coisas, eu que vos falo"".

"Deus governa o Universo, de que a Terra é minúsculo departamento. Jesus é o mandatário do Pai neste mundo". (Equipe da FEB, 1997)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]

POLIS - ENCICLOPÉDIA VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/jesus-cristo


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