O texto bíblico acima pode ser sintetizado da seguinte forma: Havia um rico (mau) e um pobre (Lázaro), que ficava à porta do rico. O rico não distribuía ao Lázaro nenhuma das migalhas que lhe sobravam. Passou-se o tempo: Lázaro desencarna; o rico também. No mundo espiritual, Lázaro foi acolhido no seio de Abraão; o rico foi para o Hades (Inferno). O rico pedia para Lázaro molhar a sua língua. Abraão diz ser impossível, pois há uma barreira entre ambos. Tenta outro pedido: manda o Lázaro ir lá na Terra avisar os meus familiares sobre esses tormentos. Abraão fala que eles já têm Moisés e os profetas.
O rico, que atendia aos seus desejos de festa e luxúria, foi condenado a sofrer no fogo eterno. Há contradição com os ensinamentos de Jesus? Não. O rico foi condenado não por ser rico e desfrutar da sua riqueza, mas por não se comunicar com o pobre, por não atender à lei de cooperação, em que um deve ajudar o outro. Ele preferiu cuidar apenas de si e dos seus familiares.
Cuidar de si e da sua família contraria a lei natural? Não. O que está em jogo é o problema do auxílio ao próximo e o da segurança pessoal. Nesta parábola, Jesus quer nos ensinar o desapego aos bens materiais. Lembremo-nos do homem rico que O procurou e perguntou-Lhe sobre a salvação de sua alma. Jesus disse-lhe para vender tudo e acompanhá-Lo. Este volta para as suas riquezas. Não estava preparado para largar tudo e seguir o mestre. Queria segurança, conforto, bem-estar. Jesus não quer que doemos todos os nossos bens materiais aos mais necessitados; Ele quer que combatamos o egoísmo, que sejamos desapegados desses bens.
Segundo o relato, Lázaro, no mundo espiritual, está numa situação superior à do rico. É justo? Na terra, Lázaro estava numa situação de "carência"; o rico, de "abundância". Isso tudo para atender à lei de causa e efeito. O rico, porém, tinha uma responsabilidade a mais: distribuir os seus bens com os mais desafortunados. Não o fez. Por isso recebeu, no mundo espiritual, as penas de sua má conduta.
Ser pobre não é a condição necessária para ser levado ao seio de Abraão. Aqui é uma parábola e numa parábola há comparação, enigma e simbologia, que procuram mostrar outras realidades, geralmente de ordem moral e espiritual. Nesse sentido, Lázaro cumpriu o seu dever: nasceu pobre, sofreu, mas não se rebelou contra a Divina Providência. Teve méritos para ganhar o Reino de Deus.
Ser rico não é condição necessária para ser levado ao inferno. O que sucedeu é que este rico, o rico da parábola, não foi um bom rico. Um rico que não soube compartilhar os seus bens com aqueles que os tinham em falta. Um rico que se apegou à riqueza, reservando-a somente aos seus familiares. Um rico que não se colocou como usufrutuário dos bens materiais, mas como o seu possuidor.
Ser pobre não é a condição necessária para ser levado ao seio de Abraão. Aqui é uma parábola e numa parábola há comparação, enigma e simbologia, que procuram mostrar outras realidades, geralmente de ordem moral e espiritual. Nesse sentido, Lázaro cumpriu o seu dever: nasceu pobre, sofreu, mas não se rebelou contra a Divina Providência. Teve méritos para ganhar o Reino de Deus.
Ser rico não é condição necessária para ser levado ao inferno. O que sucedeu é que este rico, o rico da parábola, não foi um bom rico. Um rico que não soube compartilhar os seus bens com aqueles que os tinham em falta. Um rico que se apegou à riqueza, reservando-a somente aos seus familiares. Um rico que não se colocou como usufrutuário dos bens materiais, mas como o seu possuidor.
O abismo entre o rico e o Lázaro refere-se à condição moral e espiritual. Estando encarnados, a presença física mascara tal distância. Podemos estar juntos, mas os pensamentos podem caminhar para campos totalmente opostos, sem que isso se faça notar. Desencarnando, a realidade mostra o que cada um é interiormente. É nisso que consiste esse abismo. Nesse sentido, é possível que estejamos hierarquicamente acima de muitos irmãos. Contudo, uma vez desencarnados, eles poderão se situar em campos evolutivos muito mais superiores do que o nosso.
O rico não podendo receber o auxílio de Lázaro, pede para que Abraão o mande de volta à terra, para avisar os seus 5 irmãos. Por que não foi atendido? Em primeiro lugar, por que só os seus cinco irmãos? Não é uma forma de egoísmo? Em segundo lugar, Moisés e os profetas já tinham sido enviados. Como iriam escutar Lázaro, que o tinham como pobre e desprezado, se nem aos profetas eles procuraram atender?
Abraão, patriarca bíblico vindo da Mesopotâmia para as terras de Canaã, no reino de Hamurabi, por volta de 1850 a.C. De acordo com a tradição bíblica, Deus o havia retirado de uma região politeísta, a fim de fazê-lo guardião da revelação e do culto monoteísta. Abraão simboliza o homem escolhido por Deus para preservar o sagrado repositório da fé; o homem abençoado por Deus que lhe prodiga as promessas de numerosas descendências e imensas riquezas. É pai da multidão, o homem de fé.
Riqueza e pobreza é um problema secular à espera de uma solução. Somente a reencarnação pode nos oferecer uma luz no fim do túnel. Por quê? Fisicamente, uma vez dividida a riqueza em partes iguais, não demoraria muito para voltar aos níveis atuais. Espiritualmente, o ser humano necessita de passar ora pela prova da riqueza, ora pela prova da pobreza. Aí está a grandiosidade da Lei de Deus. Estar na situação de pobre ou de rico é o menos relevante. Importa mais verificarmos se estamos ou não atendendo à vontade de Deus a nosso respeito.
Esta parábola mostra a oposição que há entre amar a Deus e amar a Mamon. A riqueza não é um mal em si mesma porque, em boas mãos, ela pode promover o desenvolvimento da indústria e do comércio, propiciando melhores condições de vida para os habitantes de uma dada região. Lembremo-nos de que somos usufrutuários e não possuidores, nem mesmo do nosso corpo físico.
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