Os grandes médiuns não foram os maiores
e nem os melhores. Eram assim cognominados, porque tinham grande capacidade de
exteriorizar o ectoplasma que, segundo Richet, é a "expansão fluídica
dotada de uma força mecânica inteligente". Submetidos a controles
científicos, ganharam notoriedade pessoal, especialmente pelos fenômenos que
provocavam: visuais (faíscas, luminosidades etc.); olfativos (vapores
odoríferos); táteis (sensação de frio ou calor) Para a British Society for
Psychical Research (Sociedade de Pesquisas Psíquicas Britânica) –
S.P.R. britânica –, a experimentação é a via científica de se chegar a uma
verdade científica. O rigor era tanto que, se um médium fosse surpreendido em
flagrante delito de fraude, era definitivamente excluído das investigações da
sociedade. Vejamos alguns nomes: Angélique Cottin A 15 de fevereiro de 1846, uma jovem de
quatorze anos de idade, chamada Angélique Cottin, costurava em sua casa de
Bouvigny (Orne) quando a mesinha colocada ao seu lado começou a se movimentar
sem causa aparente. No dia seguinte, foi a vez de uma pesada colméia e, durante
algumas semanas, a simples presença de Angélique parecia imprimir aos objetos
mais diversos movimentos mais extravagantes e menos explicáveis. Margaret e Kate Fox De acordo com Arthur Conan Doyle, em História do
Espiritismo, tradução incorreta do original The History of
Spiritualism, os espíritas tomaram a data de 31 de março de 1848 como o
começo das coisas psíquicas, porque o movimento foi iniciado naquela data.
Reportava-se ao episódio das pancadas e da conversa posterior que as meninas Fox
tiveram com o Espírito Charles B. Rosma, um mascate, assassinado naquela casa. Daí, as seguintes observações: 1) "A história do espiritualismo moderno começou por um
caso de assombração" (Léon Denis) 2) "As manifestações da casa mal-assombrada de Hydesville,
em 1848, e as tribulações da família Fox que a habitava são conhecidas. Todas
as noites algo invisível aí se revelava por barulhos violentos e contínuos,
abrindo e fechando porta, agitando móveis, arrancando as cobertas da cama. Mãos
frias e rudes agarravam as senhoritas Fox e o teto oscilava sob uma ação
desconhecida (...) Os curiosos afluíram; a casa tornou-se insuficiente para
conter a multidão vinda de todas as partes. Houve até quinhentas pessoas
reunidas para ouvir os barulhos". (Dans L’Invisible: Spiritism et
Médiumnité. Paris: Librairie des Sciences Psychiques, 1911, p.
218) Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home (1833-1886) destacou-se pelo seu poder
de previsão. Reconheceram-lhe o dom de clarividência, mas a sua faculdade
mediúnica residia principalmente no seu poder de deslocar objetos à distância,
de proceder à levitação de pesadas mesas e mesmo de seu corpo, de provocar a
audição de pancadas, de materializar membros humanos, que os assistentes podiam
tocar. Florence Cook "É uma das mais estranhas histórias deste século a
desta mulher, ao mesmo tempo ideal e real, invisível e visível, material e
imaterial, que numerosas testemunhas puderam ver, ouvir e apalpar durante três
anos no gabinete e no salão de um homem que ocupa o primeiro lugar mundo
científico europeu de hoje". (Mgr. Méric, Revue du Munde Invisible,
15 de fevereiro de 1900, p. 513) Esta é a opinião referente à narrativa das experiências de
William Crookes, realizadas entre 1870 e 1874, com a médium Florence Cook, em
que havia a materialização do Espírito Katie King. "Em 1871, um ‘espírito’, que diz chamar-se ‘Katie
King’, dirigiu-se aos vivos valendo-se, para o seu intérprete, de uma mesa
giratória ou então de uma mesa falante, à qual se sentou uma jovem de quinze
anos, a Srta. Florence Cook. Após haver dado a conhecer a sua existência, o
‘espírito’ se materializou parcialmente em 22 de abril de 1872, logo tomando a
aparência de um espectro completo que foi visto, ouvido e tocado".
(Amadou, 1966) Outros Grandes Médiuns: Swedenborg, Edward Irving, Eusapia
Paladino… Grandes Médiuns de 1870 a 1900: H. Foster, Mme d’Esperance,
William Eglinton, Stainton Moses Bibliografia Consultada AMADOU, Robert. Os Grandes Médiuns. Tradução de
Horvanir Alcântara Silveira. São Paulo: Loyola, 1966.
03 junho 2009
Os Grandes Médiuns
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário