Céu —
do lat. Caelu — significa espaço ilimitado e indefinido onde
se movem os astros; região para onde, segundo as crenças religiosas, vão as
almas dos justos. Inferno — do lat. infernu —,
lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de
pecado. Purgatório — do lat. purgatoriu —,
lugar de purificação das almas dos justos, antes de admitidas na
bem-aventurança.
A ideia que fazemos do Céu
é fruto da concepção grega e babilônica (calmo, imutável, vida eterna). Nicolau
Copérnico (1473-1543) quebra a tradição milenar e coloca o Sol no centro do
Universo. Com isso, a Terra entrou no Céu. Galileu Galilei (1564-1642), com o
auxílio do telescópio, dá prosseguimento às teses defendidas por Copérnico. O
"em cima" e o "em baixo" deixam de existir. A Ciência
parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele
foi feito.
A religião cristã
dogmática, baseando-se nas concepções tradicionais, estabeleceu os lugares
circunscritos no espaço, onde estariam localizados o Céu, o Inferno e
o Purgatório. O Céu, em cima, é a região para onde vão as almas dos justos
gozar da felicidade eterna; o Inferno, em baixo, zona de suplício, onde são
enviadas as almas dos que morreram em pecado; o Purgatório, lugar
intermediário, em que a alma é detenta a par da condenação perpétua.
Para o Espiritismo, Céu,
Inferno e Purgatório são figuras de linguagem e não lugares circunscritos. O
Céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos
superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as
tribulações da matéria. O Inferno não é um lugar materializado, com caldeiras
ferventes e rochedos em brasa, mas uma vida de provas extremamente penosas, com
a incerteza de melhoria. O Purgatório é uma figura pela qual se deve entender o
estado dos Espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação
completa que deve elevá-los ao plano dos Espíritos felizes.
As expectativas com relação
à vida futura dependem da concepção de mundo de cada um. Se materialistas, o
nada nos aguarda; se panteístas, retornaremos ao todo universal; se religiosos
dogmáticos, iremos para o Céu ou para o Inferno. Apesar de essas imagens
estarem automatizadas em nosso subconsciente, não significa dizer que a alma,
após o desencarne, encontrar-se-á nessas condições.
De acordo com o
Espiritismo, a alma é imortal e, mesmo depois da morte física, continua
individualizada e sujeita ao progresso.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/c%C3%A9u-e-inferno
&&&
— O inferno, a rigor, é obra nossa, genuinamente nossa, mas imaginemo-lo, assim, à maneira de uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é Criação de Deus. Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente. Para isso, o Infinito Amor do Pai Celeste nos auxilia de múltiplos modos, a fim de que possamos atender à Perfeita Justiça. Entendido? (Capítulo 10 — "Entendimento", do livro Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz)
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Motivos para se
Incomodar
Quando você nasce, de duas uma: ou você nasce rico
ou você nasce pobre. Se você nascer rico, não tem motivo algum para se
incomodar; se você nascer pobre, de duas uma: ou você ficará rico ou você
continuará pobre. Se você ficar rico, não haverá motivo algum para se
incomodar; se você continuar pobre, de duas uma: ou você terá saúde ou você
será doente. Se você tiver saúde, não haverá motivo algum para se incomodar; se
você for doente, de duas uma, ou você ficará bom ou morrerá. Se você ficar bom,
não haverá motivo algum para se incomodar; se você morrer, de duas uma: ou você
irá para o céu ou você irá para o inferno. Se você for para o céu, não haverá
motivo algum para se incomodar; se você for para o inferno, bom, você terá de
cumprimentar tantos conhecidos que não terá tempo algum para se incomodar!
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