O desequilíbrio
mental, excluindo-se as concepções neurológicas e psicológicas, significa o
excesso de atitudes voltadas para o mal ao invés daquelas voltadas para o
bem. Reino de Deus significa o estado de felicidade
proporcional ao grau de perfeição adquirida. Em outras palavras, o desequilíbrio
mental afasta-nos da perfeição, enquanto a prática do bem e da virtude
aproxima-nos dela.
As causas do desequilíbrio mental estão centradas no
excesso de egoísmo, de vaidade, de ódio, de ganância etc. Em proporção normal
são necessários, pois sem estes o mundo não andaria com a velocidade que anda.
Observe, por exemplo, a desonestidade. Podemos eventualmente cometer atos
desonestos, mas se não formos honestos por princípio, estaremos sempre em
débito para com a Lei Natural, que a seu tempo, nos punirá por tal
procedimento. É a lei de causa e efeito funcionando com toda a sua energia.
De acordo com o psiquiatra C. G. Jung, os seus pacientes, acima de 35
anos, adoeceram porque perderam a seiva que as religiões têm dado aos seus
fiéis em todos os tempos, e nenhum deles se curou, sem ter recuperado sua
atitude religiosa, o que evidentemente nada tem a ver com os credos
particulares ou filiação a uma Igreja. Nota-se, claramente, através desse
relato científico, que a obtenção do equilíbrio mental deve-se muito à crença
em um Deus todo poderoso e todo bondade.
O
Desequilíbrio mental opõe-se ao Reino de Deus. Se
a noção de Reino de Deus é a busca da perfeição, da felicidade, do altruísmo,
ou seja, da realização da obra divina em nossos corações, logo todo o desequilíbrio
mental é, por sua própria natureza, contrário a este conceito. Isso não quer
dizer que toda a pessoa desequilibrada esteja impossibilitada de alcançar o
Reino de Deus. Se o próprio mestre Jesus disse que Reino de Deus está dentro de
nós, o que precisamos é edificá-lo em nós mesmos, dia após dia.
A edificação do Reino de Deus equivale à conquista do
equilíbrio mental. Por que? Vejamos: quando confiamos em Deus, somos
mais calmos, mais tranquilos, mais resignados frente aos diversos
problemas que se nos apresentam. Em meio a uma catástrofe, somos o primeiro a
repetir a frase: "Pensa em Deus primeiro". Diante do ódio dos
adversários, dizemos: "Se Deus é por nós, quem será contra nós". Na
falta do necessário, lembramos: "Se Deus alimenta os pássaros, o que não
faria por nós?" Todas essas atitudes concorrem radicalmente para o
equilíbrio mental.
Estejamos cônscios de nossos estados mentais. Se em desequilíbrio,
saibamos acionar as alavancas da motivação, da força de vontade e da oração, a
fim de que possamos alcançar a paz e a harmonia do nosso Espírito imortal.
Fonte de Consulta
COSENDEY, E. B. Vacine-se Contra a Loucura. 5. ed., São Paulo, Edicel, 1980.
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