As mensagens de Santo Agostinho podem
ser encontradas tanto nas Obras Básicas como nas Complementares. Relacionamos,
a seguir, algumas delas: em O Evangelho Segundo o Espiritismo, temos
os itens 13 a 19 do capítulo 3, o item 19 do capítulo 4, os itens 11 e 12 do
capítulo 12, o item 9 do capítulo 14 e o item 23 do capítulo 27; em O
Livro dos Médiuns, há anotações no item 1 e 16 do capítulo 31;
na Revista Espírita de 1859, página 22; na Revista
Espírita de 1862, as páginas 91, 122, 125, 156, 234, 249 e 283;
na Revista Espírita de 1863, as páginas 226 e 354; na Revista
Espírita de 1866, as páginas 186, 187 e 390.
Os temas abordados por Santo Agostinho são:
"Mundos de Expiações e de Provas", "Mundos Regeneradores" e
"Progressão dos Mundos", "O Mal e o Remédio", "O
Duelo", "A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família" e
"Alegria da Prece" (Evangelho Segundo o Espiritismo);
"Sobre o Espiritismo" e "Sobre as Sociedades Espíritas" (Livro
dos Médiuns); "Vinha do Senhor", "Os Mártires do
Espiritismo", "Perseguição", "Os Dois Voltaires",
"Sociedade Espírita de Constantina", "Valor de Prece",
"Férias da Sociedade Espírita de Paris" etc (Revista Espírita).
Santo Agostinho exalta sempre o amor, a
caridade e a prece a Deus. Ele acha que essas palavras revelam o teor
máximo do Espiritismo – conciliador de todos os povos e religiões. Para ele, o
Espírita deveria sofrer toda a sorte de afrontas e, mesmo sendo chamado
de Racca, nunca deveria empunhar a espada da vingança. Se sofresse
perseguições, não deveria esconder-se, pois os Espíritos superiores o estariam
assessorando. Dizia que o Espiritismo deveria deixar o reduto doméstico e ir às
ruas. E, para ir às ruas, necessitava de homens fortes, não como os antigos
mártires cristãos que iam morrer no circo, e, sim, como robustos divulgadores
das novas ideias que o Espiritismo veio edificar.
Entre suas inúmeras dissertações, há uma que nos
chama a atenção: Os Dois Voltaires. Ele permite que o próprio
Espírito Voltaire venha dar a sua manifestação. Nessa oportunidade, Voltaire
faz uma síntese do erro cometido em sua última encarnação. Diz que tinha a
missão de levar a palavra de Deus, mas estimulado pela glória de ver o seu nome
estampado nos anais da filosofia terrena, deixou-se guiar por essa fama,
esquecendo-se de sua tarefa evangélica. Os Dois Voltaires representa
o que foi no século XVIII e o que é agora, com a revelação de novas ideias.
Santo Agostinho dizia que o Espírita, embora
pudesse tirar as suas merecidas férias, nunca deveria estar inativo. Tomemos
como exemplo o Sol; ele nasce todos os dias. Para ele não há feriado, não há
dia santo. Podemos refazer as nossas forças, mas o dever tem sempre que ser
cumprido quando ele se nos apresentar, tanto no período de férias, como no
período de trabalho. Bezerra de Menezes falava que o médico não tinha hora de
almoço, de sono, quando houvesse necessidade de atender a um paciente. Conta-se
que certa vez, ao chegar em casa, ia medicar sua filha, que se encontrava
acamada. Nesse ínterim, vem uma mãe aflita pedir-lhe para diagnosticar a sua
filha. Deixou sua própria filha e foi atender à filha da outra. Quando voltou a
sua filha estava restabelecida.
As suas mensagens tratam da elevação moral do ser
humano, da ruptura com o homem velho e dos incentivos à propagação da boa-nova
do Cristo. Por essa razão, não há nenhuma contradição com relação aos
postulados espíritas trazidos por Allan Kardec.
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