Vontade -
do latim voluntate significa a faculdade de representar um ato
que pode ou não ser praticado. A vontade tende para a apreensão, pelo
intelecto, dos bens que são apresentados através da cognição subjetiva.
Portanto, a vontade é um grau mais perfeito do intelecto, pois o intelecto tem
como objeto o ser enquanto ser, mas a vontade tende para o objeto enquanto
apetecível.
Ação refletida é
o ponto central da educação da vontade. Urge termos plena consciência de cada
ação praticada. Somente depois de sopesarmos os prós e os contras de um ato é
que devemos tomar uma decisão a favor ou contra. O esforço de transformar esse
pensamento em hábito capacita-nos a disciplinar nosso querer.
Toda
mudança de rotina é difícil. Uma vez iniciada, não são poucas as sugestões
negativas a desencorajar-nos. Se mantivermos uma postura otimista, embora
sofrendo as investidas contrárias, tal atitude fortalecer-se-á por si mesma. É
que forças insuspeitas que estavam arquivadas no subconsciente emergem e
quebram a casca da inércia.
São
essenciais os exercícios para a disciplina da vontade. Afirmam os psicólogos
que todo o esforço despendido na mudança dos automatismos, por mínimo que seja,
produz resultados inesperados. Observe que a disposição de nos mantermos
sóbrios diante de uma dada situação cria a ideia de sobriedade para
o conjunto de nossos atos; a eliminação de uma atitude de preguiça deixa o
corpo alerta para a maioria de nossas atitudes.
A
evolução moral e a evolução espiritual não se dão aos saltos. A vigilância dos
nossos desejos é de vital importância para o progresso do nosso querer. Nesse
sentido, muito contribuirá para o bom êxito dos nossos propósitos a melhoria de
nosso comportamento: postura correta, roupas adequadas e isenção de cacoetes.
Tenhamos
em mente o dinamismo da vida. Nada de pusilanimidade, quando as circunstâncias
obrigarem-nos a mudar de conduta, pois somente assim eliminaremos os últimos
resquícios da rotineira comodidade.
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