Criança – do lat. creantis –
significa ser humano de pouca idade, menino ou menina; párvulo; pessoa ingênua,
infantil. Reino – Do lat. regnu, significa
monarquia governada por um rei; conjunto de seres ou de coisas que tem
caracteres semelhantes ou comuns. Reino de Deus – Governo pela
observância das leis divinas gravadas em nossa consciência.
"Apresentaram-lhe, então, criancinhas, a fim de que ele as tocasse;
e como seus discípulos afastassem com palavras rudes aqueles que as
apresentavam, Jesus vendo isso zangou-se e lhes disse: "Deixai vir a mim
as criancinhas e não as impeçais; porque o reino dos céus é para aqueles que se
lhes assemelham. Eu vos digo, em verdade, todo aquele que não receber o reino
de Deus como uma criança, nele não entrará". E as tendo abraçado, as
abençoou, impondo-lhes as mãos". (Marcos, cap. X, vv. 13 a 16).
O Espírito é sempre Espírito. Ele passa pela fase infantil, mas continua
sendo Espírito, ou seja: traz dentro de si as boas ou más qualidades de outras
vidas. A infância é um tempo de repouso para o Espírito. Não podendo manifestar
as suas tendências, principalmente as más, em virtude da debilidade do corpo
físico, este período torna-o acessível aos conselhos daqueles que devem fazê-lo
progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más
tendências.
O reino de Deus é para aqueles que se assemelham às
crianças. Jesus não disse que o reino dos céus é para as crianças, porque sabia
que o Espírito que nela habita não é um Espírito puro, porém, um ser que,
momentaneamente, não pode manifestar as suas tendências. Além disso, há,
também, o esquecimento do passado, que ajuda o Espírito a expressar-se
espontaneamente. Geralmente a criança age sem malícia e sem segundas intenções.
A criança é um símbolo de pureza de coração. Significa dizer que a
entrada no reino de Deus é decorrente da simplicidade e da humildade do
Espírito. Nesse sentido, os estados de fraqueza, as ações ingênuas e as
atitudes de obediência auxiliar-nos-ão eficazmente na percepção das leis
naturais. O reino de Deus não vem com aparências externas, ele é fruto de um
árduo trabalho de reformulação interior.
Aprendamos com a criança. A sua espontaneidade ensina-nos que a
humildade, a simplicidade e a pureza de coração são sumamente indispensáveis à
nossa evolução espiritual.
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— Imaginemos que a terra se recusasse a auxiliar
as sementes que esperam reviver. O solo expulsá-las-ia e, em vez dos germens
libertados para a vitória da plantação, teríamos tão somente pevides secas, em
aflitiva inquietude, desorientando a lavoura. Em verdade, a maioria das mães é
constituída por sublime falange de almas nas mais belas experiências de amor e
sacrifício, carinho e renúncia, dispostas a sofrer e a morrer pelo bem-estar
dos rebentos que a Providência Divina lhes confiou às mãos ternas e devotadas;
contudo, há mulheres cujo coração ainda se encontra em plena sombra. Mais
fêmeas que mães, jazem obcecadas pela ideia do prazer e da posse e,
despreocupando-se dos filhinhos, lhes favorecem a morte. O infanticídio
inconsciente e indireto é largamente praticado no mundo. E como o débito
reclama resgate, as delongas na solução dos compromissos assumidos acarretam
enormes padecimentos nas criaturas que se submetem aos choques biológicos da
reencarnação e veem prejudicadas as suas esperanças de quitação com a Lei.
(Capítulo X — "Preciosa conversação", do livro Entre
a Terra e o Céu, pelo Espírito André Luiz)
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