Vida normal é
levantar-se pela manhã, tomar o desjejum, despedir-se dos familiares e
dirigir-se ao local do trabalho. O que pensar daqueles que não têm ocupação?
Como fazem para passar o dia? Uns optam pelo roubo; outros pela indolência;
poucos pelo bom aproveitamento do tempo. Contudo, é a vivência plena do tempo
que estrutura indelevelmente o nosso caráter e a nossa personalidade. Convém
não o desperdiçar, pois tempo perdido não se recupera mais.
O dia-noite, a semana de cinco dias, o mês e o ano
marcam a passagem de nossa vida. Estamos tão acostumados com essa medida do
tempo que não conseguimos imaginar-nos numa outra dimensão, como por exemplo, o
dia sem a noite. Observe a estada no Polo Norte. Lá não existe a oposição
dia-noite, as indústrias e o corre-corre das grandes cidades. Quer dizer,
nossos juízos de valores têm que ser reformulados para poderem adaptar-se à
nova situação.
Os compromissos são a tônica da sociedade moderna.
Há muitas crianças que têm uma agenda mais cheia do que a de muitos executivos.
Pergunta-se: quantos desses compromissos, dito inadiáveis, deveriam ser
realmente atendidos? Muitos de nós até nos deleitamos por estarmos atarefados.
Porém, a disposição de atender aos verdadeiros deveres da consciência não é
tarefa fácil: exige redobrados esforços vigilância.
O cosmopolitismo empresta ao
dinheiro o sinônimo de riqueza. Somos avaliados mais pelo que temos do que pelo
que somos. Por isso, vemos os parcos de recursos materiais sofrerem toda a
sorte de constrangimento. É preciso ponderar: onde se encontra os verdadeiros
valores do ser humano? Nos anais da riqueza ou na realização plena de um ideal?
O homem vale pelo que é e não por aquilo que pensam que ele é. É preciso, pois,
na falta da consolação humana e divina, sabermos bastar-nos a nós mesmos.
Os interesses próprios condicionam as opiniões. A
avidez pelo sucesso, a busca de um status social elevado e a aquisição do poder
político são tão intensas que raramente nos damos conta das atrocidades que
cometemos para concretizá-las. Isso é melhor visualizado pelo meio anti-natural
que o homem está sendo obrigado a viver: poluição, desmatamento, vida
insalubre, excesso de alimentação etc. Diante dessa realidade, é preciso
ponderar para que não sejamos tragados pela corrente materialista que envolve o
nosso planeta.
Nossa vida parece estranha e enigmática? Não nos
importemos com isso. Lembremo-nos de que cada ser é uma individualidade, e
ajamos através do sentimento do nosso próprio coração.
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