02 julho 2008

Loucura e suas Causas

louco é a pessoa que perdeu a razão. A alucinação é um erro de percepção da pessoa que crê "ver algo que não está ali". Às vezes ouve vozes sem ter ninguém por perto. A alienação – desarranjo das faculdades mentais –, usada como sinônimo de loucura (alienação mental), tem um significado mais amplo, pois produz lesões. Na mesma linha de pensamento há também o idiota, que é o sujeito que não ultrapassará dois ou três anos de idade mental.

Por uma condição moral, a sociedade sempre procura excluir uma parte de si mesma. Até o final da Idade Média, o leproso era a figura excluída. Com a diminuição dos leprosários, a loucura, tida como possessão demoníaca, passou a ser a bola da vez. Na época do iluminismo, o Cogito de Descartes elimina a loucura no processo de pensar. Daí, o campo de exclusão passa a ser o Hospital Geral. Os médicos desses hospitais, sem experiência, usavam métodos bárbaros e primitivos. Somente em 1792, o alienista Pinel iniciou um trabalho racional, libertando os loucos do regime inumano a que estavam sujeitos.

Predisposição física, cérebro fraco e ideia fixa são as causas orgânicas da loucura. Há muitas pessoas que reencarnam com um estoque limitado de fluido vital. O cérebro, não podendo processar muitas informações, desestrutura-se ao contato com um excesso de informações. Nesse sentido, a loucura pode ocorrer em todas as áreas do saber humano: Ciência, Artes, Religião, inclusive no meio espírita. A ideia fixa é apontada como causa orgânica, porque o cérebro não tendo capacidade de se diversificar, acaba por aderir a uma única ideia, conhecida como monoideísmo.

Decepções, desgraças e afeições contrariadas são as causas morais e espirituais da loucura e também do suicídio. Habitando um mundo de provas e expiações, todos nós estamos sujeitos aos revezes da sorte adversa: um lar desfeito, uma relação amorosa rompida, a perda de emprego e a queda da cotação na bolsa. A vida moderna aumenta o estresse, diminui o nosso poder de controlar as emoções e aumenta as nossas tensões com relação ao futuro incerto. Persistindo esses males, podemos ser levados à loucura ou ao suicídio.

Em face desta anomalia mental, questionamos a presença do Espiritismo em nossas vidas. Muitos acusam-no de ser o causador da loucura. Mas, compulsando criteriosamente os seus princípios fundamentais, veremos que ele é a solução e não a causa. Allan Kardec ensina-nos que o verdadeiro espírita olha as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado, que tudo o que se lhe acontece é tão pequeno e mesquinho. O futuro grandioso que o aguarda abre-lhe novos horizontes. Ele vive de modo transcendental num mundo marcado pela imanência material.

Tenhamos piedade daqueles que perderam o juízo. Quem, em sã consciência, pode se julgar livre de tal ocorrência? Peçamos sempre aos bons Espíritos que nos auxiliem em nossa vida terrena, para que possamos cumprir fielmente os nossos deveres.


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