Educação – etimologicamente a palavra deriva de duas
raízes: 1) educare, criar, alimentar; 2) educare,
direção para fora (mais antigo). Esta definição implica na seguinte
contradição: o ensino deve ser de fora para dentro (magister dixit) ou
de dentro para fora (posição liberal)?
A finalidade da educação e o aperfeiçoamento da personalidade humana.
Embora o conceito de educação esteja impregnado de idéias filosóficas e
religiosas dos diversos povos, o desenvolvimento e perfeição, permanecem comuns
em todas as definições, tanto as antigas como as modernas. Diante desta noção, pergunta-se:
que tipo de subsídios o Espiritismo pode oferece para auxiliar a evolução dos
indivíduos?
Na educação formal, os professores transmitem a instrução. Porém,
ensinar uma técnica não é educar, segundo o verdadeiro sentido que o conceito
expressa. No livro O Consolador, psicografado por Francisco Cândido
Xavier, Emmanuel esclarece-nos que somente o instituto da família pode educar,
pois é onde a criatura recebe as bases do sentimento e do caráter. Afirma,
ainda, que sem noções religiosas, não se pode edificar solidamente as almas.
A educação, segundo o Espiritismo, deveria começar no ato da concepção,
intensificar-se até os sete anos e continuar, moderadamente, até o resto da
existência. Explica-se: é no ato da concepção que se inicia a ligação entre o
Espírito e a matéria. Do nascimento aos sete anos, como o corpo físico ainda em
formação se mostra frágil, é o período mais favorável para os pais modificarem
o caráter e a personalidade do Espírito reencarnante.
A reencarnação, um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita, é
em si mesma um processo educacional. Ela tem relação com a lei de causa e
efeito. Essas duas leis permitem-nos conhecer melhor a realidade que nos
envolve. Desta forma, uma dificuldade sem explicação no presente pode ser
solucionada pela simples cogitação do passado. Muitas vezes, a causa dos
problemas que nos afligem na atualidade, encontra-se numa vivência anterior,
que pode ser nesta mesma existência ou numa vida passada.
Este estudo mostra que a compreensão dos processos educacionais
extrapola técnica e razão. O elemento chave é o sentimento. Cuidemos, pois, de
sentir plenamente o momento que estamos vivendo.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP,
1995.
SANTOS, T. M. Noções de Pedagogia Científica. São Paulo, Editora
Nacional, 1963.
XAVIER, F. C. O Consolador (pelo Espírito Emmanuel). 7. ed., Rio de
Janeiro, FEB, 1977.
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