Muitos seres humanos, influenciados pelo realismo ingênuo, só
aceitam aquilo que as suas mãos podem pegar. Com isso, acabam negligenciando o
verdadeiro conhecimento, aquele vindo através da inspiração divina. Para eles,
qualquer outra realidade não tem fundamento; permanecem, assim, extremamente
focados em si mesmos, em suas teorias e em suas formas de interpretar o mundo
em que habitam.
A realidade, porém, é
muito mais vasta do que a capacidade sensorial dos nossos órgãos físicos.
Observe que os nossos receptores sensíveis à luz, nos olhos, são percebidos
numa faixa de 1/70 do espectro eletromagnético, que varia em extensão de ondas
de 10-14 a 108 metros; os nossos ouvidos, entre 20 a 20.000 vibrações por
segundo. Dentro deste enfoque, o Espírito André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, diz: "A onda herteziana
e os raios x vão ensinando aos homens que há som e luz muito além das acanhadas
fronteiras vibratórias em que eles se agitam, e o médium é sempre alguém dotado
de possibilidade neuropsíquicas especiais que lhe estendem o horizonte dos
sentidos".
Se, de relance,
pudéssemos vislumbrar o que o futuro nos aguarda, mudaríamos radicalmente todos
os nossos valores terrenos. O que nos tornaremos depois da morte física? Iremos
para o Céu? Para o Inferno? Nada disso. O que ocorre, com certeza, é a expiação
ou o regozijo do que fizemos em vida. É a lei do retorno, isto é, iremos colher
na mesma medida em que semeamos. Por isso, vale mais sofrer todo o tipo de
injustiça do que cometer um único erro que nos leva à perdição.
Para que a nossa mente
se expanda, deveríamos nos lembrar da aula do filósofo. Numa dada ocasião, ele
se apresentou com quatro vasos pequenos contendo, respectivamente, pedra
grande, pedregulho, areia e água e um vaso maior. Pegou o vaso com pedra e
despejou no vaso grande, depois o vaso com pedregulho, posteriormente o vaso
com areia e, por último, o vaso com água. A sequência tem que ser esta: pedra
grande, pedregulho, areia e água. Se começasse pela água, sobraria pedra grande
para encher o vaso grande. Moral da história: dê prioridade ao mais importante;
o resto serve para preenchimento.
Coloquemos, em primeiro
lugar, a pedra grande, ou seja, elejamos as prioridades que realmente auxiliem
o progresso de nossa alma. É como ouvir estas palavras: "Busca em primeiro
lugar o Reino de Deus e tudo o mais virá como acréscimo da Sua
misericórdia". Não nos importemos muito com o progresso do ímpio, o poder
adquirido pelo político e a fama conquistada por essa ou aquela pessoa.
Atendamos, sim, à Vontade daquele que nos enviou neste mundo, pois somente Ele
sabe o que é melhor para cada um de nós.
Vivamos plenamente a
vida espiritual. Lancemos guerra aos pensamentos inúteis e aos empecilhos que
nos estimulam a mudar de rota. Fortaleçamo-nos no Senhor e continuemos a nossa
caminhada. Mesmos cansados, ainda podemos ir muito longe.
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