A Sociologia é a ciência da
sociedade. Vem de societas (sociedade) e logos (estudo,
ciência). É a ciência que estuda as estruturas sociais e as leis de seu
desenvolvimento. Implica na análise do "fato social". O fato
social são todas as formas de associações e as maneiras de agir,
sentir e pensar, padronizadas e socialmente sancionadas.
Auguste Comte (1798-1857) criou, em 1839, o
vocábulo "Sociologia". Seu objetivo era emprestar ao conhecimento da
sociedade um caráter "positivo", desviando-o das concepções
teológicas e metafísicas. Utiliza os métodos das ciências naturais e constrói
comparativamente os fundamentos da Sociologia. Estabelece, assim, as leis
invariáveis para a sociedade, da mesma forma que a física ou química. Mostra
o que é a sociedade (ciência) e não o que deve ser (filosofia)
O Espiritismo oferece-nos amplas condições de
compreender o "fato social". Enquanto para a Sociologia o "fato
social" diz respeito ao presente (ela não cogita de Deus e nem de
Espíritos), para o Espiritismo ele tem conotação cósmica, ou seja, há um
entrelaçamento entre o "aqui e agora" com o "ontem" e o
"amanhã". Isto porque, tudo se encadeia na natureza.
"O Espiritismo é o iniciador da
Sociologia", diz-nos o Espírito Emmanuel no livro O Consolador,
psicografado por Francisco Cândido Xavier. A frase merece reflexão, porque
somente o Espiritismo pode dar à Sociologia uma dimensão. O "fato
social" acontece na terra, mas tem amplitude universal. São os
antecedentes intrínsecos do Espírito, os determinantes da trajetória da alma na
vida individual, familiar e social.
A indissolubilidade do casamento é um fato social e
pode ser analisado comparativamente. Os sociólogos estabeleceriam o dogma
falacioso da Igreja Católica "O que Deus juntou o homem não separe",
mostrando os excessos de população, os costume e os hábitos de alguns povos e a
desobediência humana como causas do divórcio. Os Espíritos superiores
instruem-nos que há fundamento na frase acima, porém, como o ser humano é
dotado de livre-arbítrio, a separação é factível de acontecer. Não são, pois,
contrários ao divórcio, contudo advertem-nos que deveríamos automatizar nossas
ações na "monogamia", uma forma mais evoluída de convivência humana.
O "fato social", segundo o Espiritismo,
tem dimensão cósmica. A posse desse conhecimento torna-nos seres responsáveis
por nós próprios, pelo mundo que nos rodeia e pelo cosmo que nos absorve.
Cuidemos, pois, de praticar "boas ações" na sociedade.
Fonte de Consulta
BAZARIAN, J. Introdução à Sociologia - As
Bases Materiais da Sociedade. São Paulo, Alfa-Omega, 1982.
KARDEC, A.. O Livro dos Espíritos. São
Paulo, FEESP, 1972.
PIRES, J. H.. Introdução à Filosofia
Espírita. 1.ed., São Paulo, Paideia, 1983.
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