Allan Kardec deixa bem claro que os ensinamentos ali contidos não são de sua autoria. Na realidade, são os ditados dos Espíritos superiores, que ele anotou e os dispôs de uma forma lógica e coesa. Dizia, inclusive, que muitos daqueles pensamentos divergiam da sua habitual maneira de pensar. Contudo, para que a obra tivesse um caráter universal, foi fiel às comunicações dos Espíritos, para não criar mais um sistema de idéias, como tantos outros que já existem.
O grande objetivo deste livro é a separação entre percepção sensorial e percepção extra-sensorial. A percepção sensorial é a expressão dos nossos conflitos e dos nossos preconceitos. A percepção extra-sensorial (ou mediunidade) é uma faculdade que suplanta o nosso modo tacanho de ver e de ouvir. A mediunidade amplia a nossa visão, pois nos faz entrar em contato com um mundo nunca antes imaginado. Nessa relação com os desencarnados, vamos aprendendo a lei do amor e da caridade, elementos substantivos no processo de salvação de nossa alma.
A obra foi dividida em 4 livros. No Livro Primeiro (75 questões) elabora sobre o princípio das coisas, entre as quais Deus, Espírito e Matéria. No Livro Segundo (538 questões) explora o mundo espírita ou dos Espíritos, onde discute a relação entre os encarnados e os desencarnados. No Livro Terceiro (306 questões) trata das Leis Morais e da perfeição moral. No Livro Quarto: (100 questões) especula sobre as esperanças e as consolações, incluindo perguntas sobre as penas e os gozos, terrenos e futuros.
Embora Allan Kardec, com sua humildade, tenha afirmado que a obra não lhe pertence, pois foram os Espíritos que a ditaram, cabe-nos destacar o seu poder de síntese a respeito de um conhecimento tão complexo. Formular 1019 questões que englobam todas as relações do indivíduo para consigo mesmo, de si para com o próximo e de todos os seres humanos para com o mundo, não é tarefa fácil. Os Espíritos superiores o auxiliaram, mas o seu trabalho braçal merece o nosso grato reconhecimento.
Por isso, esta proposta de um estudo pormenorizado das questões ali expostas, é de grande utilidade para o progresso de nosso Espírito imortal.
São Paulo, 17/03/2004
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